Notícias Os carros que mais gostámos de conduzir em 2023

Escolha dos Editores

Os carros que mais gostámos de conduzir em 2023

Em 2023 a Razão Automóvel publicou perto de duas centenas de testes. Quais foram os carros que a nossa equipa mais gostou de conduzir? Esta lista dá a resposta.

Hyundai Ioniq 5 N a curvar em circuito, frente
© Hyundai

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O ano de 2023 da equipa da Razão Automóvel foi em grande parte passado ao volante — não poderia ser de outra forma. Só o tempo que passámos em aeroportos por essa Europa fora rivaliza com o tempo passado a conduzir.

Contas feitas, efetuámos à volta de duas centenas de testes a novos modelos e novas versões em 2023, mas, como seria de esperar, alguns dos carros testados destacaram-se mais do que outros.

Reunimos a nossa equipa de editores — Diogo TeixeiraGuilherme CostaMiguel DiasFernando Gomes e André Mendes — e pedimos a cada um que destacassem o automóvel que mais surpreendeu em 2023 entre outros destaques.

Há muitas razões para sonhar, mas o melhor é fazer. Simule um Crédito Pessoal Credibom.

Guilherme Costa

Destacar apenas alguns modelos é difícil. Este ano, passaram pelas minhas mãos quase uma centena de modelos diferentes. Mas a vida é feita de escolhas, por isso aqui vai…

Tenho de destacar o Hyundai IONIQ 5 N. Foi uma enorme surpresa. As leis da física são iguais para todos, mas os engenheiros da Hyundai arranjam sempre forma de as contornar.

Por falar em leis da física, há outras mais difíceis de prever: as leis do mercado. O BYD Seal deixou-me impressionado e promete distorcer as coisas. A política de preços ainda não é agressiva, mas algo me diz que os chineses estão a «afiar as unhas» para 2024…

Quem também está a braços com as leis do mercado é a Volkswagen, nomeadamente com a lei da oferta e da procura — pelo menos no que diz respeito aos elétricos. O Volkswagen ID.7 é um excelente produto, mas o preço poderá fazer-lhe a vida difícil. Dito isto, é um Volkswagen e esse é o melhor elogio que lhe podia fazer.

E num setor em plena transformação, dois destaques pela consistência: Toyota Prius e Porsche 911 Carrera T. Dois modelos que parecem imunes a tudo o que se passa à sua volta, mantendo-se sempre atuais, ano após ano. Quanto gostei deles? Posso dizer-vos que os via na minha garagem — ainda que por motivos distintos.

O Toyota Prius e o Porsche 911 mostram que a tradição ainda é o que era.

Guilherme Costa

Diogo Teixeira

Foram largas dezenas de carros que pude testar em 2023 — das propostas mais urbanas a supercarros, fossem elétricos ou «monstros» a combustão. Mas foi um «especial de corrida» que conquistou este ano o meu voto: o Alpine A110 R.

É um A110 ainda mais leve, de aerodinâmica mais apurada e capacidades dinâmicas aumentadas. Um conjunto que parece ter sido pensado apenas e só para os circuitos, mas não: o A110 R, tal como os outros A110, pode circular na via pública.

A Alpine diz-nos que podemos fazer do A110 R o nosso carro do dia a dia. Estou pronto para colocar isso à prova.

Diogo Teixeira

Os outros meus destaques de 2023 não podiam ser mais diferentes. O primeiro é o Kia EV9, um imenso SUV elétrico de sete lugares. É o melhor Kia que já conduzi. A marca sul-coreana dá com este modelo outro salto evolutivo importante e até já se ouvem sussurros de ir atrás dos premium

Do outro lado da fita métrica temos o Volvo EX30, o SUV mais compacto do construtor sueco e que poderá muito bem ser o próximo «rei» do segmento. Convence por fora e por dentro e apesar de apontar ao lado premium do mercado, até o preço consegue ser competitivo em relação aos seus concorrentes.

Volvo EX30 frente 3/4
© Razão Automóvel

Por último, mas não menos importante, não posso deixar de mencionar o McLaren 720S. Sim, eu sei que já conhecemos o seu sucessor, o 750S — que também já pudemos testar —, mas pude passar uns dias com um 720S em Espanha algum tempo antes do 750S ser conhecido. Foi o primeiro McLaren que conduzi e… impressionou. Vídeo desse encontro está prometido.

Miguel Dias

Em 2023 estive muitas vezes em modo 100% elétrico e pude assistir de perto (no lugar do condutor…) ao regresso do Fiat 600, que agora é um B-SUV, e testar o inédito i7, o primeiro BMW Série 7 totalmente movido a eletrões.

Qualquer um me surpreendeu pela positiva, daí estar nesta lista, mas nenhum chegou ao nível de surpresa do renovado Tesla Model 3, que foi, para mim, o grande destaque do ano.

Todos esperávamos um mero facelift, mas a Tesla surpreendeu ao atualizar de forma profunda o seu best seller, que está na melhor forma de sempre.

De forma silenciosa, sem grandes alaridos, a marca norte-americana tornou o seu best seller ainda melhor e reforçou o estatuto de «alvo a abater» no segmento. Se isto não merece destaque, não sei o que merece.

Miguel Dias

Podia ter escolhido o caminho mais fácil e destacado o Toyota GR86, um desportivo «puro e duro» e fora do seu tempo, que nos lembra, curva após curva, porque gostamos de automóveis.

Ou então podia ter premiado a eficiência do C-HR ou o refinamento e o conforto do Renault Espace — um nome histórico que ganha agora um significado totalmente novo.

André Mendes

Não é preciso puxar muito pela cabeça: o Renault Clio é o meu grande destaque — e sei que não estou sozinho na equipa, mas tentámos não repetir escolhas.

Renault Clio TCe 100 GPL - vista de perfil
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Pode ser um mero utilitário, mas é um modelo que continua a ser tão relevante hoje como era na primeira geração. Com a vantagem de agora estar melhor do que nunca. Meio milhão de portugueses concorda comigo.

O Renault Clio já merecia uma rua com o seu nome em Portugal.

André Mendes

Colocando a racionalidade de parte, ainda estou perplexo com o Porsche Cayenne. Não mudou muito, mas mudou o suficiente para continuar a ser a referência do segmento. Mais uma confirmação de 2023. O SUV da Porsche está literalmente aí para as curvas.

Finalmente, o Peugeot 408 e o Hyundai Kauai. O primeiro pela ousadia de ser diferente, sem abdicar do melhor que a marca tem para oferecer.

E o Hyundai Kauai por continuar a evoluir no sentido certo. Espero em 2024 ver uma «briga» entre este e os renovados Peugeot 2008, Renault Captur e Volkswagen T-Cross. Como fizemos em 2020, lembra-se? Recorde esse momento.

Fernando Gomes

Os hot hatch parecem estar em declínio, mas este ano pude dar gosto aos pés — ainda são três pedais —, e às mãos aos comandos do rei deles todos, o novo Honda Civic Type R (FL5). É o meu destaque do ano. Só o conduzi em estrada, mas o Miguel pôde conduzi-lo no Estoril:

É uma máquina que nos faz esquecer que está a decorrer uma revolução elétrica na indústria e que celebra tudo o que há de bom nos «velhinhos» motores a combustão e caixas manuais.

É difícil imaginar o futuro do mundo automóvel sem máquinas com o apuro mecânico do Honda Civic Type R.

Fernando Gomes

O Civic Type R não foi o único hot hatch que me passou pelas mãos. O Ford Focus ST é outro dos destaques de 2023: a adição do Track Pack tornou-o melhor que nunca. Ainda custa a acreditar que já tem o destino traçado: o Focus vai seguir o caminho do Fiesta e sair de cena em 2025; o ST, provavelmente antes.

Antes que me acusem de ser um «velho do Restelo», duas adições recentes e eletrificadas acabaram por ser também dois dos maiores destaques dos carros que testei este ano: Mazda MX-30 R-EV e Lexus LBX.

Lexus LBX 2024 dianteira
© Lexus

O primeiro resolve o maior problema do muito agradável e alternativo MX-30, ou seja, a sua parca autonomia e traz um ingrediente exótico chamado motor Wankel. Enquanto o segundo estilhaça qualquer percepção de que é apenas um Yaris Cross com outras vestes. O trabalho feito pelos engenheiros da Lexus é notável: é mesmo um concentrado de Lexus.

Este artigo faz parte do Especial Calendário do Advento 2023. Neste Natal dê crédito aos seus sonhos com o Banco Credibom.