Primeiro Contacto Não gasta quase nada. Primeiro teste ao novo Toyota C-HR (2024)

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Não gasta quase nada. Primeiro teste ao novo Toyota C-HR (2024)

A primeira geração do Toyota C-HR foi um enorme sucesso na Europa. O segundo ato tem o que é preciso para continuar o sucesso?

Toyota C-HR

Primeiras impressões

8/10

Data de comercialização: Novembro 2023

A segunda geração do Toyota C-HR ainda é muito sobre estilo. Altura de descobrir se a substância saiu reforçada

Prós

  • Sistema híbrido e consumos
  • Estética exterior
  • Acabamentos do interior
  • Comportamento dinâmico

Contras

  • Caixa CVT algo ruidosa
  • Capacidade da bagageira
  • Visibilidade traseira

Quando foi apresentado ao mundo, em 2016, o Toyota C-HR deu que falar. Estávamos habituados a ver a Toyota como uma marca conservadora e, de repente, o C-HR cortou com tudo isso.

Irreverente e disruptivo, o C-HR combinava elementos típicos dos SUV com traços de coupé, tudo embrulhado numa carroçaria de aspeto agressivo e com arestas muito bem vincadas.

O resultado desta aposta arrojada não tardou e rapidamente as vendas do C-HR começaram a transformá-lo num dos modelos mais importantes da marca nipónica na Europa. Tão ou mais importante, o C-HR permitiu à Toyota ir atrás de uma clientela mais jovem, que nunca tinham tido um carro da construtora japonesa.

Agora, na segunda geração, a Toyota não só quer repetir a façanha como quer reforçá-la. Para isso deu novos argumentos ao C-HR, ainda que a fórmula geral do modelo original tenha sido mantida.

Fomos à solarenga ilha de Ibiza, em Espanha, conduzi-lo pela primeira vez e ficámos surpreendidos com a evolução que este modelo sofreu. Vejam o novo Toyota C-HR em ação:

Mais maduro e com interior de ponta

Se o primeiro C-HR tinha uma imagem disruptiva e atrevida, para apelar a um público mais jovem, na segunda geração o C-HR apresenta-se mais sofisticado e maduro, ainda que continue a apostar em linhas muito vincadas.

Curiosamente, sobretudo quando o vemos ao vivo, tem uma presença ainda mais forte do que o seu antecessor: o facto de ser 3 cm mais largo e 3 cm mais baixo só reforça essa ideia.

Toyota C-HR traseira
© Toyota

Quanto ao interior, tal como digo por mais do que uma ocasião no vídeo acima, este é para mim o melhor interior da Toyota da atualidade.

Tem a dose certa de tecnologia e funcionalidade, e tudo parecer estar no sítio certo. Desde o volante ao painel de instrumentos digital (12,3”), passando pelo ecrã multimédia (8” ou 12,3”) e pelos botões físicos que permitem controlar a climatização.

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Mas se quiserem ver em detalhe o exterior e o interior do novo Toyota C-HR, bem como o espaço que ele oferece nos bancos traseiros e na bagageira, então o melhor mesmo é verem (ou reverem) o vídeo que o Guilherme Costa gravou durante a apresentação estática do modelo:

Sistema híbrido é o maior trunfo

Construído sobre a mesma base do Prius, o C-HR vai chegar a Portugal com duas motorizações: uma híbrida e outra híbrida plug-in.

A primeira, híbrida — a que testei neste primeiro contacto —, vai estar disponível desde o lançamento agora em novembro, e combina um motor de quatro cilindros de 1,8 l com 98 cv, com um propulsor elétrico de 70 kW (95 cv) e uma pequena bateria com menos de 1 kWh de capacidade.

C-HR motor
© Toyota

O resultado deste «casamento», que já conhecemos e testámos no Toyota Corolla Cross, é uma potência máxima de 140 cv e um binário máximo de 185 Nm, enviados às rodas dianteiras através de uma caixa CVT.

Graças a estes números, o Toyota C-HR 1.8 HEV é capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 9,9s e de atingir os 170 km/h de velocidade máxima. Podem não ser números impressionantes, mas são mais do que suficientes para uma proposta do género, como podem ver e ouvir no vídeo.

PHEV chega em março de 2024

Quanto à versão híbrida plug-in, denominada 2.0 PHEV, chega mais tarde, em março de 2024. Promete 62 km em modo 100% elétrico, graças a uma bateria com 13,6 kWh de capacidade.

Este sistema é, de resto, o mesmo que encontramos no Toyota Prius e junta um motor a gasolina de quatro cilindros e 2.0 l com 151 cv, com um motor elétrico com 120 kW (163 cv).

Nesta configuração, o C-HR acelera dos 0 aos 100 km/h em 7,4s e atinge os 180 km/h de velocidade máxima.

Consumos são trunfo importante

Sobre o comportamento dinâmico do C-HR em estradas secundárias, em cidade e em autoestrada, o chassis e a afinação da direção merecem uma nota muito positiva.

C-HR volante
© Toyota

Contudo, considero que o maior trunfo deste C-HR é mesmo o seu sistema híbrido, que é sempre muito agradável de utilizar — apesar do ruído da caixa CVT — e muito poupado.

Durante este primeiro contacto, sem grandes atenções ao andamento, consegui fazer médias em circuito urbano em torno dos 4,5 l/100 km, sendo que muitas vezes cheguei até a fazer melhor, muito perto dos quatro litros.

Naturalmente, no modo Sport e a ritmos mais elevados, quando exploro os atributos dinâmicos deste pequeno SUV, os consumos subiram até perto dos sete litros. Sempre com o ar condicionado ligado.

Fique convencido: são números muito interessantes para um modelo deste género. E com 140 cv de potência máxima, prova, uma vez mais, que os híbridos são uma excelente solução para esta fase de transição energética.

Quanto custa?

As primeiras unidades do novo Toyota C-HR chegam a Portugal durante este mês de novembro, com os preços a começar nos 36 900 euros da versão Comfort. Esta já oferece, de série, jantes de 17”, faróis LED, painel de instrumentos digital de 12,3”, ar condicionado automático de duas zonas, câmara auxiliar traseira e cruise control adaptativo.

  • Toyota C-HR 1.8 HEV Comfort — 36 900 euros;
  • Toyota C-HR 1.8 HEV Square Collection — 40 800 euros;
  • Toyota C-HR 1.8 HEV Lounge — 43 600 euros

Os preços estão em linha com os do Toyota Corolla Cross com a mesma motorização, ainda que o C-HR perca claramente em versatilidade e espaço. Porém, compensa com uma dinâmica mais bem resolvida, com um interior de maior qualidade e com uma imagem mais premium.

Toyota C-HR traseira
© Toyota

Veredito

Toyota C-HR

Primeiras impressões

8/10
Visualmente mais maduro, com um interior que atualmente só tem réplica no Prius (dentro da Toyota) e com um sistema híbrido competente, agradável de usar e com consumos baixos, o C-HR está em melhor forma do que nunca nesta segunda geração, tendo argumentos mais do que suficientes para continuar a ser um sucesso da marca na Europa.

Data de comercialização: Novembro 2023

Prós

  • Sistema híbrido e consumos
  • Estética exterior
  • Acabamentos do interior
  • Comportamento dinâmico

Contras

  • Caixa CVT algo ruidosa
  • Capacidade da bagageira
  • Visibilidade traseira