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Nissan vai lançar 30 novos modelos até 2026 mas há mais novidades

Ambição não falta ao novo plano "The Arc" da Nissan: além dos 30 novos modelos, quer aumentar vendas globais em um milhão de unidades.

© Nissan

A Nissan apresentou um novo plano para os próximos três anos a que chamou The Arc e é, no mínimo, ambicioso.

Afinal, a Nissan quer apresentar 30 novos modelos; aumentar as suas vendas globais anuais em um milhão de unidades; e reduzir em 30% os custos da próxima geração de elétricos. Tudo até ao final do ano fiscal de 2026 (que termina a 31 de março de 2027, de acordo com as regras japonesas).

Este novo plano quer servir de «ponte» entre o plano NEXT terminado em 2023 e o já conhecido Ambition 2030, que também viu algumas das suas metas serem revistas.

Teaser com múltiplos modelos a apresentar pela Nissan até 2026
© Nissan Até ao final do ano fiscal de 2026, a Nissan vai «invadir» o mercado com 30 novos modelos.

30 novos modelos

Dos 30 modelos anunciados, 16 deles serão eletrificados, enquanto os restantes 14 serão a combustão. Além de que prevê ainda atualizar 60% dos seus veículos ligeiros a combustão.

Para a Europa, a Nissan espera lançar seis novos modelos, mas há dois que se destacam: uma nova geração do Micra, 100% elétrica — deriva diretamente do novo Renault 5; e um crossover 100% elétrico que vai tomar o lugar do Leaf.

A ofensiva de produto, sobretudo no que respeita a modelos eletrificados, não vai perder intensidade para lá de 2026. A Nissan prevê lançar 34 modelos eletrificados entre este ano fiscal de 2024 e o de 2030, em todos os segmentos.

© Nissan Esta silhueta esconde um crossover 100% elétrico que será o sucessor do Leaf.

O construtor japonês espera que 40% das suas vendas globais sejam de modelos eletrificados no final do ano fiscal de 2026, subindo para 60% no final da década (2030) — 10 pontos percentuais mais do que o inicialmente anunciado para o plano Ambition 2030.

Mais um milhão de vendas globais

Nos últimos anos o discurso dos fabricantes automóveis deixou de focar em objetivos de vendas e mais em objetivos de margens de rentabilidade.

Se a Nissan também anunciou a meta de atingir uma margem de lucro operacional superior a 6% na apresentação deste plano, o que surpreendeu mais foi o seu anúncio em objetivos de vendas.

Makoto Uchida, presidente e diretor executivo da Nissan
© Nissan Makoto Uchida, presidente e diretor executivo da Nissan

O construtor japonês quer aumentar as suas vendas globais em um milhão de unidades anuais até à conclusão do plano The Arc. E todas as regiões do planeta onde está presente terão de contribuir para esse objetivo.

Assim, até ao final do ano fiscal de 2026 (e em comparação com o de 2023) a Nissan quer aumentar as vendas em 330 mil unidades na América do Norte; 200 mil na China; 90 mil no Japão; e na (mega) região compreendida pela Europa, Médio Oriente, África, Índia e Oceânia, o objetivo é subir as vendas anuais em 300 mil unidades.

Na Europa em particular, a Nissan anunciou ainda o objetivo de que 40% do seu total de vendas sejam de modelos 100% elétricos até à conclusão do plano The Arc.

Reduzir os custos até 30%

Outra das metas traçadas pela Nissan no plano The Arc é fomentar a competitividade dos veículos elétricos, reduzindo os custos destes em 30% (usando como referência o Ariya). Um passo essencial para obter até 2030 a desejada paridade de custos de produção entre os veículos elétricos e os veículos a combustão.

Como o vão conseguir? Através de novas técnicas de desenvolvimento e produção, como o desenvolvimento de novos modelos em «famílias». Só neste ponto, a Nissan prevê uma redução de 50% nos custos de desenvolvimento e quatro meses nos tempos de desenvolvimento dos modelos subsequentes derivados do modelo principal dessa família.

Além disso, as parcerias estratégicas serão fundamentais para atingir as metas de reduções de custo. Além da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi existente, vimos recentemente a Nissan e a Honda assinarem um memorando de entendimento para uma possível parceria no desenvolvimento comum de uma nova geração de elétricos.

Por fim, claro, a redução de custos terá também de incluir as baterias. A Nissan vai melhorar as baterias de iões de lítio NCM (níquel, manganês, cobalto) que usa atualmente, prometendo tempos de carregamento mais rápidos em 50% e uma densidade energética superior em 50% em comparação com as usadas no Ariya.

Não se ficará pelas NCM, pois além destas vai apostar nas baterias de iões de lítio LFP (fosfato de ferro-lítio) — mais baratas em 30% e que vão ser desenvolvidas e produzidas no Japão —, e nas prometidas baterias de estado sólido.

No entanto, estes novos desenvolvimentos em baterias, sejam de iões de lítio ou estado sólido, só começarão a chegar ao mercado no ano fiscal de 2028.

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