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Ferrari, Lamborghini, Aston Martin ganham mais tempo para reduzirem emissões

A UE deu mais tempo a marcas como a Ferrari, Lamborghini ou Aston Martin para reduzirem as emissões e não «fechou a porta» aos combustíveis sintéticos.

Fabricantes mais pequenos como a Ferrari, a Lamborghini, a Aston Martin vão ter mais tempo para reduzirem as suas emissões de CO2 no espaço da União Europeia.

Até agora estava estabelecido um período de derrogação até ao final de 2028, onde estes pequenos fabricantes — menos de 10 mil unidades por ano ou 22 mil unidades de veículos comerciais — negociavam com a UE as suas próprias metas de redução de emissões de CO2. Contudo, a União Europeia decidiu prolongar o período de derrogação até ao final de 2035.

O prolongamento deste regime de exceção pode ser visto como uma «vitória» para a “European Small Volume Car Manufacturers Alliance” (ESCA), da qual fazem parte marcas como a Aston Martin, Bugatti, Ineos Automotive, Koenigsegg, Pagani ou Rimac.

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Lamborghini Sian
O Sián foi o primeiro modelo eletrificado da Lamborghini.

Esta organização — na qual não estão a Ferrari e a Lamborghini — já tinha alertado para a necessidade das metas aplicadas aos supercarros terem de ser específicas devido a três fatores: os seus modelos têm um impacto limitado nas emissões gerais, o ciclo de vida de cada modelo é mais longo e, claro, os recursos para esta transformação são mais limitados.

Há quem aponte este adiamento como uma concessão à Itália que, em conjunto com Portugal e outros três países, chegou a propor que as novas metas de emissões entrassem em vigor apenas em 2040.

Combustíveis sintéticos ainda são hipótese

Além do prolongamento deste regime de exceção, a União Europeia deixou em aberto a possibilidade de os combustíveis sintéticos desempenharem um papel na meta para reduzir em 100% as emissões de CO2 em 2035.

Os apoiantes dos combustíveis sintéticos — que tem tido na Porsche a sua face mais visível — têm até 2026 para demonstrar a sua utilidade no alcançar das metas impostas pela União Europeia.

Relembramos que os combustíveis sintéticos requerem CO2 para os fazermos e este pode ser captado da atmosfera, o que faz deles, neutros em carbono, ou muito perto disso, dependendo dos métodos de produção e distribuição.

A Comissão Europeia diz que “terá uma mente aberta” quanto à eficácia destes combustíveis. Pelo menos foi esta a promessa de Frans Timmermans, o político holandês que lidera o trabalho da Comissão Europeia sobre o “Green Deal”.

Eletrificação já começou

Apesar destas exceções, os construtores de nicho já iniciaram a sua jornada em direção à eletrificação. A Aston Martin, a Ferrari e a McLaren já contam com modelos híbridos plug-in e os primeiros elétricos das mesmas irão surgir durante esta década.

 

A Lamborghini ainda não anunciou uma data específica para revelar o seu primeiro modelo 100% elétrico — tudo indica que seja apenas em 2028 —, mas já anunciou o investimento de 1,5 mil milhões de euros para o desenvolvimento de modelos híbridos plug-in, que vão abrir caminho para o Lamborghini elétrico da marca.

"Colocar uma bateria grande num supercarro tem um impacto negativo nas emissões da produção porque não são muito conduzidos (para compensar as emissões extra na produção da bateria)."

Phillippe Houchois, analista automóvel global do banco de investimento Jefferies

Fonte: Automotive News

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