Notícias Aston Martin Valhalla. 950 cv híbridos com “coração” AMG

Apresentação

Aston Martin Valhalla. 950 cv híbridos com “coração” AMG

A Aston Martin apresentou finalmente o Valhalla na versão de produção e com importantes mexidas, a começar logo no motor, que tem por base o V8 biturbo da Mercedes-AMG.

Aston Martin Valhalla

Apresentado em 2019 no Salão de Genebra, ainda sob a forma de um protótipo, o Aston Martin Valhalla foi finalmente revelado na sua especificação final de produção.

É o primeiro híbrido plug-in da marca de Gaydon e o primeiro modelo a ser apresentado sob a alçada de Tobias Moers, o novo diretor executivo da marca britânica. Mas o Valhalla é muito mais do que isto…

Com a “mira” apontada ao Ferrari SF90 Stradale, o Valhalla — o nome dado ao paraíso dos guerreiros na antiga mitologia nórdica — dá início a uma “nova definição” da marca britânica e é protagonista da estratégia Project Horizon da Aston Martin, que inclui “mais de 10 carros” novos até ao final de 2023, a introdução de diversas versões eletrificadas e o lançamento de um desportivo 100% elétrico.

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Aston Martin Valhalla

Muito influenciado pela recém-criada equipa de Fórmula 1 da Aston Martin, com sede em Silverstone, no Reino Unido, o Valhalla evoluiu a partir do protótipo RB-003 que ficámos a conhecer em Genebra, ainda que apresente muitas novidades, com grande destaque para o motor.

Inicialmente, cabia ao Valhalla a missão de ser o primeiro modelo da Aston Martin a usar o novo motor V6 híbrido de 3.0 litros desenvolvido pela marca, o TM01, o primeiro a ser desenvolvido na íntegra pela Aston Martin desde 1968.

Contudo, a Aston Martin optou por seguir um rumo diferente, e abandonou o desenvolvimento do V6, com Tobias Moers a justificar a decisão com o facto de este motor não ser compatível com a futura norma de emissões Euro 7, o que iria obrigar a um “enorme investimento” para o ser.

Sistema híbrido com “coração” AMG

Por tudo isto e sabendo nós da relação próxima entre Tobias Moers e a Mercedes-AMG — afinal, foi o “patrão” da “casa” de Affalterbach entre 2013 e 2020 —, a Aston Martin resolveu dar a este Valhalla um V8 de origem AMG, mais concretamente o nosso “velho” conhecido V8 biturbo de 4.0 litros, que aqui produz 750 cv às 7200 rpm.

Este é o mesmo bloco que encontramos, por exemplo, no Mercedes-AMG GT Black Series, mas aqui surge associado a dois motores elétricos (um por eixo), que adicionam 150 kW (204 cv) ao conjunto, que anuncia uma potência total combinada de 950 cv e 1000 Nm de binário máximo.

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Graças a estes números, que são geridos por uma caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades, o Valhalla é capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 2,5s e atinge os 330 km/h de velocidade máxima.

Aston Martin Valhalla
Asa está integrada na traseira do Valhalla mas tem uma secção central ativa.

Recorde do Nürburgring à vista?

São números impressionantes e que permitem à Aston Martin reivindicar um tempo de aproximadamente seis minutos e meio no mítico Nürburgring, o que a confirmar-se fará deste “super-híbrido” o carro de produção mais rápido de sempre no The Ring.

Tal como acontece com o Ferrari SF90 Stradale, o Valhalla recorre apenas ao motor elétrico montado no eixo dianteiro para andar em modo 100% elétrico, algo que este híbrido só consegue fazer durante aproximadamente 15 km e até aos 130 km/h de velocidade máxima.

Aston Martin Valhalla

Contudo, em situações de utilização ditas “normais” o “poder elétrico” é dividido entre ambos os eixos. Também a marcha-atrás é sempre feita em modo elétrico, o que permitiu prescindir de uma marcha-atrás “convencional” e assim poupar algum peso. Já tínhamos assistido a esta solução no SF90 Stradale e no McLaren Artura.

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E por falar em peso, importa dizer que este Aston Martin Valhalla — que conta com um diferencial de deslizamento limitado com controlo eletrónico no eixo traseiro — tem um peso (em ordem de marcha e com condutor) que ronda os 1650 kg (o objetivo da marca é o de atingir um peso a seco de 1550 kg, 20 kg a menos que o do SF90 Stradale).

Aston Martin Valhalla
O Valhalla conta com jantes de 20” à frente e 21” atrás, “calçadas” em pneus Michelin Pilot Sport Cup.

No que ao desenho diz respeito, este Valhalla apresenta uma imagem bastante mais “estilizada” face ao RB-003 que vimos no Salão de Genebra de 2019, mas mantém as semelhanças com o Aston Martin Valkyrie.

São notórias as preocupações aerodinâmicas um pouco por toda a carroçaria, nomeadamente ao nível da dianteira, que conta com um difusor ativo, mas também nos “canais” laterais que ajudam a encaminhar o fluxo de ar em direção ao motor e na asa traseira integrada, isto já para não falar da carenagem da parte inferior da carroçaria, que também tem um forte impacto aerodinâmico.

Aston Martin Valhalla

Contas feitas, e a uma velocidade de 240 km/h, o Aston Martin Valhalla é capaz de gerar até 600 kg de força descendente. E tudo sem recorrer a elementos aerodinâmicos tão dramáticos como encontramos no Valkyrie, por exemplo.

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Quanto ao habitáculo, a Aston Martin ainda não mostrou qualquer imagem da especificação de produção, mas revelou que o Valhalla vai oferecer “um cockpit com uma ergonomia simples, clara e focada no condutor”.

Quando chega?

Agora, segue-se a afinação dinâmica do Valhalla, que vai contar com o feedback dos dois pilotos da Aston Martin Cognizant Formula One Team: Sebastian Vettel e Lance Stroll. Quanto ao lançamento no mercado, só vai acontecer na segunda metade de 2023.

A Aston Martin não revelou o preço final deste “super-híbrido”, mas em declarações aos britânicos da Autocar, Tobias Moers afirmou: “Acreditamos que existe um ponto ideal no mercado para um carro entre os 700 000 e os 820 000 euros. Com esse preço, acreditamos que podemos fazer cerca de 1000 carros em dois anos”.

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