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Apresentação

Audi Sport lança edições limitadas de quase todos os seus desportivos

O corrupio de edições limitadas que a Audi lançou dos seus modelos mais desportivos, sobretudo RS, faz com que pareçam um tributo ao fim próximo dos motores de combustão.

A Audi Sport acaba de preparar uma série de edições limitadas e numeradas de alguns dos seus modelos RS mais importantes e deu-nas a conhecer no Circuito Monteblanco, entre Sevilha e Huelva (Espanha), onde nem faltou um exercício de drift com dois deles para sublinhar a diferença das suas personalidades — a publicar brevemente…

Quem compra um Audi RS geralmente gosta que os parceiros de estrada se apercebam que se trata de uma versão Racing Sport (ou, com mais rigor, Rennsport, o equivalente em alemão), mesmo parados, com a respiração ofegante, à espera da luz verde num semáforo.

Genericamente, são versões «carregadas» de esteróides anabolizantes, tanto por dentro como por fora. No exterior encontramos vários elementos distintivos na carroçaria como o logótipo quattro, a grelha de radiador escurecida e com perfis laminados na ligação ao para-choques, arcos das rodas mais largos, protuberantes soleiras das portas, inserção no difusor traseiro, defletor de ar traseiro (ou mesmo asa), faróis com assinatura de iluminação exclusiva e ponteiras de escape maiores e mais… racing.

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Audi RS Performance Days: r8 gt rwd, rs 3 performance edition, tt iconic rs e rs q3 10 years edition
Foto de família das edições especiais e limitadas dos desportivos by Audi Sport: R8 GT RWD,TT RS Coupé iconic edition, RS 3 perfomance edition e RS Q3 10 years edition.

No interior, onde o negro predomina, encontramos bancos de apoio lateral reforçado e encostos de cabeça integrais e cobertos por pele — ou bacquets RS pelas quais quase sempre há que pagar à parte —, siglas RS criteriosamente «semeadas» e fibra de carbono exposta em alguns casos.

O volante desportivo conta ainda com uma secção inferior achatada e marcador vertical «às 12 horas», e botão para «chamar» as afinações especiais de corrida com um único toque ou o modo de condução.

Volante do Audi TT iconic RS
Entre os elementos distintivos no interior do Audi TT RS Coupé iconic edition nem falta uma linha vertical a marcar a posição central do volante para situações em que a azáfama de movimentos dos braços do condutor seja mais intensa e não perdermos o «norte».

De uma assentada, a Audi Sport preparou versões especiais e numeradas de alguns dos seus modelos RS mais apreciados, com um certo sabor a despedida mais ou menos próxima — o TT RS, por exemplo termina a produção em 2023 —, outros vão continuar mais tempo, mas o final da era de motores de combustão será dentro de pouco mais de uma década e, antes disso, o apertar da malha das emissões de CO2 e outros poluentes (Euro 7) irá ditar a extinção de muitos deles.

Audi R8 GT RWD

Começando pelo topo, o Audi R8 GT RWD surge com uma injeção de mais 50 cv no motor V10 de 5,2 litros, que assim chega — tal como a versão Performance quattro — aos 620 cv (mantendo os 565 Nm de binário máximo), tornando-se o desportivo de tração traseira mais potente de sempre na marca dos anéis.

Audi R8 GT RWD em circuito
V10 naturalmente aspirado, 620 cv, 320 km/h de velocidade máxima e o disparo até aos 100 km/h pode ser feito em 3,4 segundos. Uma despedida em grande.

Doze anos depois do lançamento do primeiro R8 GT, este Audi — que partilha componentes com o Lamborghini Huracán — recebe uma melhorada caixa de velocidades automática de sete velocidades (de dupla embraiagem) com relações mais curtas e um software atualizado para passagens ainda mais rápidas.

Por outro lado, o R8 GT RWD — limitado a 333 unidades — estreia um sistema de variação de entrega de binário a que chama Torque Rear Mode, que permite que o condutor escolha um de sete níveis de derrapagem das rodas traseiras, através de um botão rotativo na face do volante.

Audi R8 GT RWD em circuito

O Torque Drive mode faz parte do sistema de controlo de estabilidade (ESC) e é gerido pelo sistema de controlo de tração (ASR). O nível “1” quase não permite deslizamento das rodas traseiras, no “7” o efeito é o oposto, com «felicidade canina» que nunca mais acaba. Em função dos dados que chegam dos sensores das rodas, do ângulo da direção, da posição do pedal do acelerador e da mudança engrenada é definida a força entregue a cada uma das rodas traseiras.

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Esta versão do R8 GT que assinala a despedida do motor V10 na Audi, pesa 70 kg menos do que a «normal» de tração traseira (total de 1570 kg), fruto da adoção de umas jantes em alumínio forjado, travões carbo-cerâmicos de série (opcionais noutras versões), bancos tipo-bacquet mais leves, barra estabilizadora em fibra de carbono e elementos da suspensão em alumínio anodizado.

Audi RS 3 performance edition

Também o Audi RS 3 passa a contar com uma edição especial e limitada “performance edition”, com mais 7 cv do que até agora, fixando-se nos 407 cv, obtidos a um regime 100 rpm mais alto (e assim permanecendo entre as 5700 rpm e as 7000 rpm) e com o binário máximo de 500 Nm a ser entregue numa banda 100 rpm mais ampla (entre as 2250 rpm e as 5700 rpm).

Este não é o performance edition, mas também impressionou:

É o primeiro modelo da sua classe a atingir uma velocidade de ponta de 300 km/h — mais 10 km/h do que a versão RS 3 Dynamic Package Plus. Um hot hatch capaz de dar 300 km/h…

Estas melhorias no emblemático motor turbo de cinco cilindros de 2,5 l, resultaram do incremento da pressão do turbo para 1,6 bar (mais 0,1 bar que antes) e servem para marcar, quase simbolicamente, a diferença desta edição limitada a 300 unidades.

A acompanhar estas medidas no sistema de propulsão, também o chassis foi reforçado, com mais camber negativo nas quatro rodas, barras estabilizadoras mais resistentes à torção, discos dianteiros carbo-cerâmicos de série e suspensão adaptativa também de série.

Animação luminosa que forma o algarismo 300
Curiosidade: quando se abre ou fecha o carro é criada uma sequência de luz nos faróis dianteiros com os números 3-0-0 e no tabliê existe uma placa numerada (entre 1 e 300).
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Audi RS Q3 edition 10 years

Os SUV «furiosos» também não foram esquecidos. Nesta toada de comemorações e efemérides, o RS Q3 entra no seu décimo ano de vida, com a versão “edition 10 years” limitada a 555 unidades.

Audi RS Q# 10 years edition

Conta com alguns equipamentos de série que são opcionais no RS Q3 «normal» —  discos de travão carbo-cerâmicos, bancos desportivos do tipo bacquet com embalagem em fibra de carbono e costuras em cobre, tal como as dos tapetes, volante e apoios de braços —, jantes de 21″ com pneus 225/35 R21 e aumento da velocidade máxima até aos 280 km/h.

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Visualmente, nota-se que os faróis Matrix LED têm fundo escurecido e os frisos das portas projetam um losango vermelho na parte externa. As carcaças dos retrovisores, a moldura do teto, o friso das janelas, as ripas da grelha e também os anéis da Audi podem ter acabamento em negro brilhante e no tabliê há uma inscrição com o número a que aquela unidade corresponde entre as 555 fabricadas.

Audi TT RS Coupé iconic edition

Em 1998, a Audi surpreendia o mundo ao passar à produção em série o concept car de linhas ousadamente redondas e rigorosamente geométricas revelado três anos antes no Salão Automóvel de Frankfurt.

Audi TT iconic RS ao lado do TT Concept original
Entre o primeiro Audi TT e o último já passou um quarto de século.

Marc Lichte, VP de design da Audi, explica que “o TT foi inspirado pelas normas estilísticas da Bauhaus, em que “menos é mais”, neste caso com a eliminação de tudo o que é supérfluo, o que permitiu que o carro se tornasse um ícone”.

E assim, três gerações mais tarde, nasce este TT RS Coupé iconic edition para assinalar, numa série limitada a 100 unidades, o lançamento do TT há 25 anos.

Audi TT iconic RS em circuito
O Audi TT RS Coupé iconic edition simboliza também o adeus ao… icónico coupé.

Todos em Cinzento Nardo, numa vénia a essa pista de testes onde os modelos RS da Audi normalmente fazem os seus primeiros quilómetros de testes dinâmicos. A cor negra brilhante e baça vai salpicando o exterior, até mesmo nas jantes de 20” com o seu desenho de sete raios e pinças de travão negras a condizer.

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Os sinais de influência do desporto automóvel notam-se no lábio dianteiro, lâminas nas entradas de ar laterais dianteiras e, claro, o proeminente aileron traseiro fixo, em fibra de carbono, cujo impacto visual está em sintonia com as grandes ponteiras de escape ovais.

Audi TT iconic RS em estrada, traseira

O mesmo tom escuro domina o interior, desde os bancos de dois tons e materiais (pele cinza nas laterais e Alcantara negra ao centro, neste caso com costuras em amarelo calêndula, o mesmo tom da faixa vertical ao centro da parte superior do aro do volante) e as palavras “iconic edition” gravadas em relevo ao centro, à altura dos ombros.

A nota final de exclusividade é dada pela numeração de cada veículo, mesmo na face do punho do seletor da caixa e com os números 001 a 100.