Adeus W16. Sucessor híbrido do Bugatti Chiron “já está pronto”

A era do Bugatti Chiron está a chegar ao fim e com ela chega a despedida do motor W16 com quatro turbos, que marcou a história recente da marca com sede em Molsheim, na Alsácia francesa.

Isto porque a Bugatti confirmou recentemente que o sucessor do seu hipercarro irá estrear uma nova mecânica híbrida e não será um W16.

O sucessor do Bugatti Chiron será lançado em 2026, mas a revelação acontecerá antes, já em 2024.

Além de ditar o caminho da Bugatti para os próximos anos (basta ver que a «carreira» do Veyron durou 10 anos e a do Chiron durou seis), este próximo modelo será também o último projeto assinado por Achim Anscheidt, diretor de design da Bugatti desde 2004.

Achim Anscheidt vai deixar o cargo após 19 anos, tendo assinado não só o Chiron, como o Divo, o Centodieci, o La Voiture Noire, o Bolide e o Mistral — vejam o fruto seu trabalho na publicação abaixo mostrada na conta de Instagram da marca.

Anscheidt supervisionou ainda do projetos especiais como o Veyron 16.4 Grand Sport L’Or Blanc ou o Veyron FBG Par Hermès, que foi desenhado de raíz nas oficinas da Hermès, em Paris (França).

Agora, apesar de deixar o cargo de diretor de design, que será ocupado por Frank Heyl, vai manter-se como consultor sénior de Mate Rimac, diretor executivo da Bugatti Rimac.

Sucessor do Chiron está finalizado

Tal como referimos acima, o sucessor do Chiron será o último projeto de Anscheidt, que em declarações aos britânicos da Autocar confirmou que “o carro está acabado”, antes de dizer: “Entregámos as ferramentas do protótipo há alguns meses e as ferramentas de produção serão entregue daqui a alguns meses”.

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Os detalhes em torno deste modelo ainda são muito escassos, mas Anscheidt afirma que o novo hipercarro terá de ser capaz de trazer a Bugatti para uma nova era, ao mesmo tempo que terá que manter alguns traços de assinatura da marca, como a famosa linha na lateral em “C” ou a conhecida ferradura na dianteira.

“(Desenhar o sucessor do Chiron) foi um exercício de pensamento, sobretudo no interior, e de tudo o que tentei aprender e compreender nos últimos 19 anos com a Bugatti, queria garantir que essa experiência era canalizada para o desenvolvimento do carro”, continuou Anscheidt.

Vai assentar num chassis completamente novo

Quanto aos detalhes técnicos, ainda não sabemos muito, mas o futuro hipercarro vai assentar num chassis completamente novo.

A grande novidade é a cadeia cinemática híbrida que vai tomar o lugar do emblemático W16 tetraturbo. Ainda não é possível confirmar, mas para fazer companhia ao ou aos motores elétricos e bateria, poderá estar um V8 único à Bugatti.

Os detalhes são curtos, mas uma coisa está assegurada: será tudo novo. Quem o disse, já há alguns meses, foi Mate Rimac, o novo «patrão» da Bugatti Rimac:

É completamente novo e por isso não haverá nenhuma parte vinda de outro carro; nem do Chiron, nem do Nevera. Tudo será feito do zero.

Mate Rimac, diretor executivo da Bugatti Rimac

Bugatti Bolide faz a despedida

A despedida do motor W16 vai fazer-se com o Mistral e com o Bolide, um «monstro» exclusivo para a pista que ainda recentemente vimos em ação no Festival de Velocidade de Goodwood.

Está limitado a apenas 40 unidades, que já estão todas vendidas e que vão ser entregues até 2024.

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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