Notícias Bugatti despede-se do W16 mas não dos motores de combustão

Novidades 2023

Bugatti despede-se do W16 mas não dos motores de combustão

O sucessor do Bugatti Chiron chega este ano e prescinde do icónico W16, mas não do motor de combustão… Porém, os eletrões não vão faltar.

Bugatti Mistral vista aproximada frente 3/4
© Bugatti

Este artigo faz parte do Especial Novidades 2023. Mais de 100 lançamentos para descobrir, com o apoio do Millennium bcp.

Os receios de que a Bugatti se tornasse totalmente elétrica após a criação da Bugatti Rimac, liderada por Mate Rimac, foram totalmente infundados. Ainda há motores de combustão no futuro da Bugatti.

Foi o próprio Mate Rimac que o confirmou, já em várias ocasiões o ano passado, incluindo quando o entrevistámos, afirmando que o sucessor do Chiron não seria elétrico.

Futuro ainda a combustão, mas…

A mesma pessoa que está a mostrar melhor que ninguém qual é o potencial dos hipercarros elétricos com o Nevera, fala com igual entusiasmo sobre o novo motor de combustão que está a desenvolver para o sucessor do Chiron.

Bugatti Chiron Profilée frente 3/4
© RM Sotheby's Bugatti Chiron Profilée, o último Chiron

“É totalmente “de doidos” o que vão ver. Acho que todos irão ficar estupefactos quando virem o que fizemos. Começámos a desenvolver um novo motor de combustão dois anos antes de ficarmos com a Bugatti, o que é algo que ninguém esperaria.”

Mate Rimac, diretor executivo da Bugatti Rimac

O desenvolvimento precoce deste novo motor de combustão deve-se à própria atividade da Rimac. Eles desenvolvem tecnologia para a indústria automóvel, o que levou a parcerias mais próximas com, por exemplo, a Porsche e a Hyundai. Estes já usam tecnologia Rimac nos seus elétricos.

Também a Bugatti, na altura liderada por Stephan Winkelmann, abordou a Rimac para o desenvolvimento do próximo capítulo pós-Chiron. E poderia ser algo bastante distinto deste, como Mate Rimac confirmou em entrevista à Auto Express, afirmando que seria um crossover elétrico similar em formato ao que acabou por ser o Ferrari Purosangue.

Mais vale um usado na hora do que um novo que demora. Conheça as soluções de crédito auto usados online do Millennium.

Porém, quando se colocou a hipótese de ficar com a Bugatti, Mate Rimac reorientou totalmente a direção do projeto. Esqueçam (felizmente) o crossover elétrico, vai ser um hipercarro… híbrido.

… também eletrificado

Sim, apesar de haver um motor de combustão desenvolvido a partir de uma folha em branco para o sucessor do Chiron, também haverá uma componente elétrica neste modelo.

Bugatti Chiron Perfilée motor W16
O imponente motor W16 tetraturbo de 8,0 l do Bugatti Chiron Perfilée.

Por enquanto, não foram avançados detalhes sobre este motor de combustão que tomará o lugar do emblemático W16 tetraturbo, mas sabemos que o novo hipercarro será um híbrido plug-in.

E apesar de a revelação do sucessor do Bugatti Chiron estar prevista para este ano, além do facto de ser híbrido, pouco ou nada mais se sabe. A única certeza é que não partilhará um parafuso que seja com o Chiron ou com o Nevera:

“É completamente novo e por isso não haverá nenhuma parte vinda de outro carro; nem do Chiron, nem do Nevera. Tudo será feito do zero.”

Mate Rimac, diretor executivo da Bugatti Rimac

O adeus ao W16

O W16 tornou-se sinónimo da Bugatti neste século, após ter sido comprada pelo Grupo Volkswagen e ter lançado, em 2005, o Veyron.

Não houve nenhum outro motor a equipar um Bugatti desde então. O fim do W16 é, por isso, um momento impactante na história do construtor.

Bugatti Mistral lado
© Bugatti Bugatti Mistral.

O último novo Bugatti desenvolvido à volta do W16 foi o Mistral, o roadster revelado o ano passado e limitado a 99 unidades. Mas ainda há mais Bugatti a serem produzidos com o W16.

E estamos a referirmo-nos, é claro, ao Bolide. Que é, sem dúvida, o mais radical dos Bugatti a fazer uso do W16 e que pouco partilha com os «civilizados» Chiron, Divo ou Mistral.

O Bolide é um «monstro» exclusivo para pista, muito mais leve que qualquer Bugatti e não está preso às amarras da homologação. E por isso, à exceção do W16 e transmissão, pouco partilha com os outros Bugatti. Está limitado a 40 unidades que começam a ser entregues em 2024.

Este artigo faz parte do Especial Novidades 2023. Mais de 100 lançamentos para descobrir, com o apoio do Millennium bcp.