Clássicos Zagato. Há 100 anos a criar os Alfa Romeo mais fascinantes e intrigantes

Lista

Zagato. Há 100 anos a criar os Alfa Romeo mais fascinantes e intrigantes

Há 100 anos a Zagato e a Alfa Romeo uniram esforços pela primeira vez. Nesta lista encontram cinco dos modelos mais marcantes dessa parceria.

Alfa Romeo SZ

Foi «levantado o pano» sobre o novo Alfa Romeo Giulia SWB Zagato, um coupé exclusivo (apenas um exemplar) com base no Giulia que volta a unir os nomes Alfa Romeo e Zagato.

A colaboração entre estes dois grandes nomes automóveis italianos teve início há mais de 100 anos — o primeiro «Alfa» a receber a atenção da carrozzieri Zagato foi o G1 em 1921 —, tendo originado alguns dos modelos mais icónicos a ostentarem o símbolo da marca de Arese.

A revelação do Giulia SWB Zagato levou-nos a recordar e redescobrir alguns deles e apenas veio confirmar uma coisa: os Alfa Romeo com o «toque» da Zagato continuam a apaixonar e a intrigar tanto hoje como quando foram lançados — fiquem a conhecer uma mão cheia deles.

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Alfa Romeo Giulietta SZ (1960)

E não podíamos começar esta viagem pelo passado sem referir o modelo que foi uma das principais «fontes» de inspiração do novo Giulia SWB Zagato: o Giulietta SZ, revelado em 1960 no Salão de Genebra.

O Giulietta SZ — de Sprint Zagato — tinha como destino os circuitos e distinguia-se do Giulietta «normal» não só pelas suas linhas, mais aerodinâmicas, como pela sua massa reduzida.

Estima-se que tenham sido produzidas 200 unidades, com as últimas 30-40 unidades (varia de acordo com a fonte) a ostentarem uma carroçaria distinta, mais longa, destacando-se a traseira cortada — codatronca em italiano — que o aproxima mais do novo Giulia SWB Zagato.

Uma solução baseada nas teorias de Wunibald Kamm (e ainda hoje usada), que garantia ainda mais vantagens aerodinâmicas em relação ao Giuletta SZ original, também conhecido como codatonda (traseira redonda).

Equipado com um quatro cilindros de 1,3 l — com potências entre os 100 cv e os 115 cv —, o Giulietta SZ codatronca aumentava a sua velocidade máxima em relação ao codatonda, fixando-se nos 200 km/h ao invés de 189 km/h.

Alfa Romeo SZ (1989)

O mais recente Alfa Romeo SZ (ES30) foi outra das «musas» do novo Giulia SWB Zagato. Revelado no Salão de Genebra de 1989, o SZ partilhava a base com o Alfa Romeo 75.

Devido ao brutalismo das suas formas, o SZ foi rapidamente alcunhado de “Il Mostro” (O Monstro) e ainda hoje continua a ser divisivo e a atrair e a repelir em igual medida como quando foi mostrado.

Mais consensual era a sua mecânica: o V6 “Busso”o V6 mais glorioso de sempre? Naturalmente aspirado e com 3,0 l de capacidade e 210 cv de potência, permitia ao Alfa Romeo SZ alcançar os 245 km/h de velocidade máxima.

O SZ foi produzido apenas durante dois anos e apenas em 1036 exemplares. Mas dele derivou ainda o roadster RZ em 1992 que é ainda mais raro: só foram produzidos 278 exemplares.

Alfa Romeo Giulia TZ (1963)

Falar da ligação entre a Alfa Romeo e a Zagato é também relembrar modelos (ainda) mais exclusivos como o Giulia TZ que foi revelado no Salão de Turim de 1962.

Enquanto os “SZ” (Sprint Zagato) tinham como ponto de partida os modelos de produção de Alfa Romeo, os “TZ” (Tubolare Zagato) recorriam a um chassis tubular ao qual se juntavam depois as mecânicas Alfa Romeo e as carroçarias com autoria da Zagato.

Tendo sido «pensado» originalmente para a competição — tomaria o lugar dos Giuletta SZ —, o Giulia TZ só seria produzido em 117 unidades entre 1963 e 1967. O motor era o mesmo 1600 do Giulia TI, mas um «tratamento» da Autodelta elevava a potência para os 160 cv na configuração de competição.

O Giulia TZ evoluiria para o ainda mais exclusivo Giulia TZ2, destinado exclusivamente à competição. Não parece, mas era bem mais curto e baixo que o TZ original, 40 kg mais leve (apenas 620 kg no total) e a potência crescia até aos 170 cv.

Comum a ambos era a carroçaria codatronca, que garantia uma silhueta única e que vemos refletida no Giulia SWB Zagato.

Alfa Romeo TZ3 (2010)

Bem mais recentemente, a Zagato traria de volta à ribalta o conceito codatronca, criando não um, mas dois novos TZ: o TZ3 Corsa e o TZ3 Stradale.

O TZ3 Corsa é um verdadeiro unicórnio. Baseado no Alfa Romeo 8C Competizione, trata-se de um exemplar único e não só era uma homenagem aos Alfa Romeo TZ (Tubolare Zagato) da década de 60, como ao ser revelado em 2010, celebrava o 100.º aniversário da marca italiana (1910-2010).

Já o TZ3 Stradale resultou do interesse gerado pelo TZ3 Corsa. Revelado em 2011, este tinha pouco ou nada de Alfa Romeo — apenas elementos visuais e os símbolos.

Limitado a nove unidades, o TZ3 Stradale recorria à base do… Dodge Viper ACR-X pensado para os circuitos. A animá-lo encontrávamos um gigante V10 com 8,4 l de capacidade e 600 cv. Já a transmissão estava a cargo de uma caixa manual de seis velocidades da Tremec.

Se houvessem dúvidas acerca das suas origens norte-americanas, o Alfa Romeo TZ3 Stradale dissipava-las no seu interior. Por lá, e com exceção dos revestimentos e dos símbolos, tudo era idêntico ao desportivo da Dodge.

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Alfa Romeo G1 (1921)

Era impossível reunir uma lista dos modelos resultantes da parceria entre a Alfa Romeo e a Zagato sem referir o primogénito, o Alfa Romeo G1.

Numa época em que os automóveis ainda assentavam em chassis de longarinas, era prática comum recorrer-se a carroçadores (os carrozzieri) para criar versões de modelos específicas e muitas vezes únicas.

Foi precisamente isso que levou à «união» entre a então jovem Alfa Romeo e a Zagato, que até então estava mais focada no mundo da aeronáutica.

O G1 foi o primeiro Alfa Romeo em que a Zagato começou a exercer a sua «magia». E não se ficou por apenas um modelo; a Zagato criaria duas carroçarias específicas. O G1 Lusso Zagato, uma berlina luxuosa; e o G1 Corsa Zagato, com destino à competição.

Seria o início de uma colaboração entre as duas empresas italianas, nem sempre contínua e por vezes a parecer algo «dormente», mas sempre capaz de impressionar de cada vez que ressurge.

O Alfa Romeo Giulia SWB Zagato relembra-nos do melhor que estes dois ícones transalpinos conseguem fazer juntos. Esperemos que não seja o último…

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