Clássicos Lembras-te quando as capotas metálicas eram a “última bolacha do pacote”?

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Lembras-te quando as capotas metálicas eram a “última bolacha do pacote”?

Descapotáveis com capotas metálicas chegaram a ser o "carro da moda", parecendo serem, teoricamente, o melhor de dois mundos. No entanto, hoje em dia quase desapareceram.

Volkswagen Eos

Podes já não te recordar, mas não há tantos anos assim os descapotáveis com capota metálica era o que estava na “berra. A sério, antes de os SUV terem “tomado de assalto” o mercado automóvel, poucas eram as marcas que não tinham um modelo com este tipo de solução.

Trazidas para a ribalta em 1996 quando a Mercedes-Benz revelou o SLK, as capotas metálicas depressa se democratizaram, muito por “culpa” do Peugeot 206 CC. Curiosamente, a marca francesa já tinha um histórico considerável em capotas metálicas: 401 Eclipse (1935), 601 Eclipse (1935) e 402L Eclipse (1937) recorriam a solução similar.

As capotas metálicas rapidamente ganharam fãs, parecendo oferecer o melhor de dois mundos: ter um descapotável sem as desvantagens de uma capota de lona, sobretudo o receio de atos de vandalismo, com outros a referir ainda a maior resistência ao desgaste e o superior nível de isolamento. Vantagens suficientes para compensar as desvantagens?

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Desvantagens? Sim. Além de serem bem mais pesadas, as capotas metálicas exigiam um sistema de abertura e fecho muito mais complexo — e bem mais caro… —, ocupando também muito mais espaço quando arrumadas na traseira. Foi uma das principais razões por detrás de algumas das traseiras menos elegantes da história automóvel.

A outra deve-se ao facto de maior parte dos modelos que chegaram ao mercado não terem nascido como descapotáveis (ao contrário do SLK, por exemplo), sendo adaptações de alguns dos modelos mais populares do mercado (utilitários e pequenos familiares), mantendo até, na sua maioria, duas filas de bancos.

São esses modelos os quais nos focámos na elaboração desta lista, deixando de fora os outros, desportivos de raíz, como o MX-5 (NC) ou no outro extremo, alguns Ferrari e McLaren (que ainda recorrem a esta solução).

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Peugeot 206 CC e 207 CC

Revelado no Salão de Paris de 2000, o Peugeot 206 CC não só veio democratizar as capotas metálicas como foi o primeiro utilitário a adotar esta solução. Produzido até 2006, o 206 CC foi, provavelmente, um dos modelos mais elegantes entre os que contavam com capota metálica, e aquele que mais sucesso comercial teve.

Ao 206 CC seguiu-se o 207 CC, que aplicava a mesma fórmula do seu antecessor mas não tão elegante, ao adotar o visual mais “insuflado” que caracterizava o 207. Lançado em 2007, esteve em produção até 2015, ano no qual a Peugeot desistiu de oferecer descapotáveis no segmento B.

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Mitsubishi Colt CZC

Revelado no Salão de Genebra de 2005 e lançado no ano seguinte, o Colt CZC inspirava-se no CZ2 Cabrio, um protótipo revelado pela Mitsubishi em 2003. Desenhado pela Pininfarina, o Colt CZC era parcialmente produzido na Holanda, com a montagem final a acontecer na fábrica da Pininfarina em Turim.

Esteticamente, o modelo nipónico contava com proporções algo “estranhas”, muito por culpa do formato monovolume que lhe servia de base. No total esteve em produção apenas dois anos, desaparecendo em 2008 sem deixar sucessor.

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Nissan Micra C+C

Como te dissemos, na primeira década do século XXI foram poucas as marcas que não tentaram ter um descapotável com capota metálica. Assim sendo, nem a terceira geração do Nissan Micra (sim, aquela com o visual mais “fofinho”) conseguiu “escapar”.

Revelado em 2005, o Micra C+C era (supostamente) inspirado no Nissan Figaro, um descapotável de desenho retro que a Nissan lançou em 1991 com… capota de lona. Eleito pela Top Gear em 2013 como um dos “13 piores carros dos últimos 20 anos”, o Micra C+C desapareceu em 2010 sem deixar rasto.

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Opel Tigra TwinTop

Depois de três anos na reforma, o nome Tigra regressou à gama Opel em 2004, não como um pequeno coupé mas como um descapotável com capota metálica, derivado do Opel Corsa, neste caso a da terceira geração do utilitário. Ainda assim, desta vaga de descapotáveis conseguia ser um dos mais bem conseguidos esteticamente, talvez por abdicar dos lugares traseiros.

As vendas, no entanto, ficaram bem longe das do primeiro Tigra — 90 874 unidades vendidas em cinco anos face às 256 392 unidades que a primeira geração vendeu em sete anos — com a produção a terminar em 2009.

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Renault Wind

Renault quê? Sim, é um desconhecido para muitos, até porque nem chegou a ser vendido oficialmente por cá. O Renault Wind foi a aposta da Renault no segmento dos pequenos descapotáveis com capota metálica.

O nome provinha de um protótipo revelado em 2004 e foi mesmo a única coisa que a versão de produção foi buscar ao concept. Em vez de adotar o belo e elegante visual de pequeno roadster antecipado pelo protótipo, o Wind derivava do Twingo, sendo bastante mais alto do que seria de esperar e quase que o poderíamos chamar de… targa.

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Produzido entre 2010 e 2013, o Renault Wind acabou por fazer jus ao nome e “foi com o vento” afirmando-se como um flop na senda de modelos como o Vel Satis ou Avantime. Curiosamente, a capota metálica consistia numa peça única que rodava 180º para trás tornado o Wind descapotável.

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Peugeot 307 CC e 308 CC

Tal como aconteceu com o 206, também o 307 se “rendeu” aos encantos das capotas metálicas. Lançado em 2003 e reformado em 2008, o 307 CC foi, curiosamente, o modelo escolhido pela Peugeot para correr no WRC, sendo o único descapotável do género a ter tido carreira tão ilustre na competição.

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Já em 2009 foi a vez do 308 CC tomar o lugar do 307 CC. Ao contrário do seu antecessor não andou pelos ralis e manteve-se em produção até 2015, ano em que a Peugeot decidiu abandonar de vez os descapotáveis (o 207 CC também desapareceu nesse ano).

Renault Mégane CC

No total, o Mégane CC conheceu duas gerações. A primeira, baseada na segunda geração do Mégane surgiu em 2003 e manteve-se em produção até 2010, sendo, sem muitas dúvidas, a mais elegante e apelativa esteticamente das duas.

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Já a segunda geração do Mégane CC surgiu em 2010 e manteve-se em produção até 2016. Desde então nunca mais houve Mégane sem capota, sejam metálicas ou não.

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Ford Focus CC

Nascido em 2006, o Focus CC foi a resposta da Ford ao sucesso que os modelos com capota metálica estavam a conhecer no final da primeira década do século XXI.

Desenhado pela Pininfarina, o Focus CC foi alvo de um restyling em 2008 e viu a sua produção chegar ao fim em 2010. Desde então, o único descapotável que a Ford vende na Europa não tem capota metálica e não podia ser mais diferente — recorda o nosso teste ao Ford Mustang.

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Opel Astra TwinTop

Depois de duas gerações em que se manteve fiel à capota de lona, em 2006 a versão descapotável do Astra passou a contar com uma capota metálica. Com esta mudança, o Astra descapotável passou de Cabrio a TwinTop, usando a nomenclatura estreada no pequeno Tigra.

Apesar de visualmente até ser um dos exemplos mais elegantes entre os descapotáveis com capota metálica, o Astra TwinTop despediu-se do mercado em 2010, quatro anos antes do desaparecimento do Astra que lhe servia de base. No seu lugar surgiu o Cascada, no entanto este já recorria à tradicional capota de lona e conheceu igualmente fim prematuro.

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Volkswagen Eos

Este tem mais significado para nós que os outros, pois foi produzido em Portugal, mais precisamente em Palmela, na Autoeuropa.

O Volkswagen Eos era, muito provavelmente, um dos mais elegantes descapotáveis com capota metálica da sua geração. Apesar de se basear no Golf, o Eos contava com uma personalidade distinta, algo bem visível na dianteira (até ao restyling), o que nem sempre se podia dizer dos seus concorrentes.

Produzido entre 2006 e 2015, o Eos foi mais um dos descapotáveis com capota metálica que não tiveram sucessor direto. Curiosamente, hoje o lugar que o Eos deixou vago na gama Volkswagen é, de forma indireta, ocupado pelo… T-Roc Cabriolet.

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Nem os derivados do segmento D escaparam

Apesar do sucesso que as capotas metálicas chegaram a conhecer, quanto mais se subia na “escada dos segmentos” mais raras estas se iam tornando. Ainda assim, há três modelos derivados do segmento D que não lhes “escaparam”.

O primeiro foi o Volvo C70, que depois de na primeira geração ter contado com capota de lona, na segunda acabou por receber uma capota metálica, tomando o lugar também do coupé, que desaparecia sem sucessor direto.

Desenhado pela Pininfarina e com a mesma base do S40 — sim, sabemos que era a mesma do Focus, mas comercialmente posicionava-se um segmento acima — o Volvo C70 manteve-se no mercado entre 2006 e 2013, tendo recebido um facelift em 2010.

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Para além do Volvo C70, também a versão descapotável da anterior geração do Lexus IS contou com capota metálica. Apresentada em 2008 e lançada no ano seguinte, a variante descapotável do IS viria a desaparecer em 2015, sem sucessor.

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Por fim, também o BMW Série 3 contou com uma capota metálica. Nascido em 2007, este manteve-se em produção até 2014. Foi o último Série 3 a perder o teto, com o papel de descapotável de segmento D na BMW a ser ocupado hoje em dia pelo Série 4, o último dos descapotáveis de quatro lugares ainda a fazer uso de uma capota metálica.

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