Notícias Mais de 15 anos depois este é o sucessor do Nissan GT-R

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Mais de 15 anos depois este é o sucessor do Nissan GT-R

O Nissan Hyper Force antecipa um sucessor monstruoso para o GT-R que troca o V6 biturbo por vários motores elétricos que entregam 1360 cv de potência.

Nissan hyper Force traseira
© Nissan

Para aqueles que se perguntavam sobre o futuro do Nissan GT-R, o Hyper Force é a resposta. E que resposta…

Por detrás da designação algo abstracta e digna de uma série de animação podemos ver os primeiros contornos daquele que promete ser o futuro GT-R e não podia ser mais ousado, chocante até.

Os indícios de que o Hyper Force «esconde» o futuro GT-R são claros: da silhueta aos grupos óticos traseiros duplos e circulares, passando pela referência ao logótipo “GT-R” na dianteira por meio de uns píxeis coloridos iluminados, está tudo lá.

Mas nem essa familiaridade disfarça a brutalidade das formas, volumes e superfícies, precisamente definidas pela fibra de carbono.

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O Nissan Hyper Force parece ter saído de um cenário distópico, onde a agressividade visual, em muito empolada pela parafernália aerodinâmica — desenvolvida em colaboração com a Nismo —, define-o.

Elétrico, claro

O Hyper Force encerra com «estrondo» a família de protótipos Hyper que a Nissan deu a conhecer em rápida sucessão nas últimas semanas: Urban, Adventure, Tourer e Punk. Uma coleção que antevê o futuro da Nissan, não só em design como na transição para uma marca 100% elétrica. O Hyper Force não é exceção.

Família de protótipos Hyper da Nissan
© Nissan A família Hyper com o Hyper Force ao centro. Da esq. para a dir.: Hyper Punk, Hyper Adventure, Hyper Tourer e Hyper Urban

Por isso, esqueçam o VR38DETT, o excelente V6 biturbo que equipa o GT-R R35. O Hyper Force é anunciado com 1000 kW de potência, o mesmo que 1360 cv, entregues por vários motores elétricos — não sabemos ao certo quantos —, com o binário distribuído pelas quatro rodas (sistema e-4ORCE).

A alimentar os motores elétricos temos baterias de estado sólido e não é «fantasia»; a Nissan vai abrir em 2024 uma fábrica-piloto de produção de baterias de estado sólido, prevendo arrancar com a produção em massa em 2028. Mesmo a tempo de chegar um novo GT-R.

Fica por saber mais detalhes sobre a bateria em si, a autonomia prevista ou até mesmo a performance que os 1360 cv permitem.

Interior tão radical como o exterior

Se o exterior choca, o interior do Nissan Hyper Force não lhe fica atrás. Destaca-se a iluminação, que se adapta à medida dos dois modos de condução: R de Racing e GT de Grand Touring. No primeiro, otimizado para as pistas, domina o tom vermelho; enquanto no segundo, para estrada, o azul é a escolha.

Há espaço para dois ocupantes, que se sentam em bancos desportivos em fibra de carbono (cintos de quatro apoios) e o condutor/piloto é brindado com um pequeno volante retangular.

Este é suportado por quatro ecrãs satélite. No modo R mostram várias informações importantes para a condução em circuito: desde a relacionada com o estado dos pneus, à temperatura dos travões. Quando no modo GT, os ecrãs recuam e combinam-se mostrando um interface mais simples, com outro tipo de informações: desde a climatização ao audio, passando pelo tipo de amortecimento.

Volante e painel de bordo
© Nissan Os gráficos no interior foram desenhados em colaboração com a Polyphony Digital Inc., sim, esses mesmos, que nos deram o Gran Turismo

Apesar do Nissan Hyper Force ter um claro foco na performance, o construtor japonês entendeu por bem adicionar múltiplos sensores e até um LiDAR, adicionando uma camada de segurança com assistentes à condução, tanto na estrada, como na pista.

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E para fazer a fusão entre o real e virtual, é possível usar óculos de realidade virtual para «corridas no éter» e visores de realidade aumentada que permitem, por exemplo, seguir um «carro-fantasma» em circuito… como se jogássemos no Gran Turismo.

Nissan Hyper Force traseira 3/4
© Nissan