Clássicos Ainda te lembras dos pequenos coupé dos anos 90?

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Ainda te lembras dos pequenos coupé dos anos 90?

Nos anos 90, os pequenos coupé captaram as atenções e alimentaram os sonhos de muitos recém-encartados. Neste artigo relembramos alguns desses bólides.

Ford Puma

Por vezes, escrever um artigo acerca de “glórias do passado” tem destas coisas. Começamos por relembrar o Opel Tigra e acabamos a discutir sobre todos os pequenos coupé que povoaram o mercado na década de 90.

Os anos 90 foram férteis no ressurgir de tipos de veículos que pareciam estar condenados aos livros de história, e entre eles estavam os pequenos coupé. Acabariam por se tornar no sonho de muitos jovens, e não só de idade. Nesta lista reunimos todos aqueles que marcaram o nosso mercado

Podes recordar uma época na qual os engenheiros das marcas não usavam a plataforma dos modestos utilitários só para criar SUV, como hoje em dia.

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Ford Puma

Já elaborámos um artigo mais extenso sobre o Opel Tigra, pelo que começamos esta lista com aquele que acabaria por ser o seu maior rival. Antes de se ter tornado num SUV, o Ford Puma foi um dos mais desejados pequenos coupé da década de 90 do século passado.

Tal como o Tigra estava para o Corsa B, o Puma estava para o Fiesta Mk4, tendo sido lançado em 1997.  Com uma carroçaria de linhas bastante dinâmicas (apesar de parecer algo estreito e alto) e influenciado pela filosofia de design da Ford naquela época, o New Edge Design, o Puma manteve-se em produção até 2001.

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Apesar da extensa partilha de partes com o Fiesta (base, interior, algumas mecânicas), o Ford Puma trouxe com ele um novo motor 1.7 16v, desenvolvido em conjunto com a Yamaha, que debitava 125 cv, dando-lhe uma vantagem clara em prestações — dinamicamente também não dava hipótese ao Tigra.

Ford Racing Puma
O interior do Ford Puma, aqui na versão Racing, era igual àquele que encontrávamos no Ford Fiesta contemporâneo.

Ainda ao nível das motorizações, o Puma contou com um 1.4 l de 90 cv e um 1.6 l de 103 cv (2000-2001).

Não poderíamos terminar sem falar no Ford Racing Puma, uma edição especial e limitada a 500 unidades — ficaram todas no Reino Unido —, em que elevava a potência do 1.7 16v até aos 155 cv. Tinha também uma aparência muito mais musculada, devido à presença de novos guarda-lamas bem mais largos e rodas de maior dimensão (17″).

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Opel Tigra

Lançado em 1994 apenas um ano depois de ter sido revelado sob a forma de protótipo no Salão de Frankfurt, o Opel Tigra foi um dos principais responsáveis pela “explosão” do segmento dos pequenos coupé nos anos 90.

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Desenvolvido com base na plataforma do Corsa B, o Tigra partilhava com este o tablier e a mecânica.

Por falar nela, o Tigra contou com dois motores, um 1.4 l com 90 cv e 125 Nm e um 1.6 l com 106 cv e 148 Nm já conhecido do Corsa GSi.

Opel Tigra
Onde é que já vimos este interior? Ahh, pois é, no Opel Corsa B.

Produzido até 2001, o Opel Tigra apenas teria sucessor em 2004, mas nessa altura este assumiu o formato da moda e surgiu como um descapotável com capota metálica. Se ainda não leste, aproveita para saberes em mais detalhe tudo sobre o Tigra:

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SEAT Córdoba SX

Mais conhecido na sua versão de cinco portas, também o SEAT Córdoba conheceu uma variante coupé. Designado SEAT Córdoba SX, este abdicava das portas traseiras e recebia um spoiler — tivesse chegado aos EUA, os norte-americanos o chamariam mais depressa de sedã de duas portas do que coupé. Já o interior era em tudo igual ao que encontrávamos na segunda geração do SEAT Ibiza.

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De todos os pequenos coupé nesta lista, este seria o mais indicado para as famílias, ao ter uma mala tão grande como a versão de quatro portas, com 455 l de capacidade.

Essa característica seria estendida ao nível das motorizações, sendo o único também disponível com motorizações Diesel, tendo sido equipado com o famoso 1.9 TDI (com 90 e 110 cv) do grupo Volkswagen. A gasolina tínhamos um 1.6 l com 75 cv e 100 cv; um 1.8 l de 16 válvulas com 130 cv;  e um 2.0 l, com 8 e 16 válvulas, respetivamente, 116 e 150 cv.

Produzido entre 1996 e 2003, o SEAT Córdoba SX foi alvo de um profundo restyling em 1999 (em baixo). Foi também um dos primeiros SEAT a ter uma versão CUPRA, equipada com com o 2.0 l na variante de 150 cv.

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Mazda MX-3

Produzido entre 1991 e 1998, o Mazda MX-3 foi a aposta da marca nipónica no segmento dos pequenos coupé no decorrer da década de 90.

Se a maioria dos outros membros desta lista relacionavam-se mais com o universo dos utilitários, o MX-3 relacionava-se mais com o Mazda 323 contemporâneo, tendo sido desenvolvido com base neste.

Além do seu estilo futurista, o MX-3 celebrizou-se por contar com um dos mais pequenos motores V6 alguma vez instalados num modelo de produção. Com apenas 1.8 l de capacidade, este exótico e pequeno V6 debitava 131 cv e 156 Nm.

Mazda MX-3
O famoso V6 do Mazda MX-3

Para além deste motor, o MX-3 contou ainda com um 1.5 l e um 1.6 l que conheceu dois níveis de potência: 90 cv até 1993 e 107 cv a partir desse ano.

Em Portugal, houve ainda o episódio curioso e simultaneamente aberrante de o MX-3 ter chegado a ser vendido durante algum tempo como comercial, para contornar a punitiva fiscalidade automóvel. E não foi o único… Portugal deve ter sido o único mercado onde era possível comprar um Citroën Saxo Cup com dois lugares… e antepara em acrílico!

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Toyota Paseo

Talvez um dos pequenos coupé menos conhecidos por cá, e até já podes te ter esquecido que existiu, mas também a Toyota teve um representante nesta classe, o Toyota Paseo.

Com duas gerações, apenas a segunda, lançada em 1995 e produzida até 1999 foi vendida por cá, também em resposta ao enorme sucesso que o Opel Tigra estava a conhecer. No que às motorizações diz respeito, em Portugal o Toyota Paseo teve apenas uma, um 1.5 l, 16 válvulas com 90 cv.

Tecnicamente relacionado com o pequeno Starlet e Tercel, a carreira do Paseo foi bastante discreta pelos nossos lados. A verdade é que nunca convenceu em nenhum ponto relevante para um pequeno coupé: estilo, motor ou dinâmica.

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Hyundai S Coupe

Antes de ter dado a conhecer o razoavelmente bem sucedido e cheio de estilo Hyundai Coupé, a marca sul-coreana já tinha um representante no segmento dos pequenos coupé: o Hyundai S Coupe.

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Produzido entre 1990 e 1995, em 1993 este pequeno coupé que partilhava a plataforma com o Hyundai Pony foi alvo de um restyling que lhe deu um visual menos anónimo e mais curvilíneo em linha com as tendências da década de 90.

Hyundai S Coupe
O restyling incidiu, quase exclusivamente, na secção dianteira.

Apesar de talvez não te lembrares, o S Coupe chegou a ser comercializado por cá, coincidindo com o lançamento da marca coreana em Portugal, e estava disponível com um 1.5 l com 92 ou 116 cv, um motor de origem Mitsubishi.

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Os outsiders

Ok, temos de admitir que os próximos e dois últimos modelos desta lista não são bem pequenos coupé, mas sim… pequenos targa, apesar de concorrerem no mesmo nicho. No entanto, achámos que era impossível fazer uma lista de pequenos desportivos dos anos 90 sem os mencionar.

Honda CR-X Del Sol

Produzido entre 1992 e 1998, o Honda CR-X Del Sol surgiu com a difícil tarefa de substituir o icónico e bem sucedido Honda CR-X.

Trocou a carroçaria coupé por uma tipo targa — nesta altura também foram vários os desportivos, e não só (quem se recorda so Suzuki X-90?), a adotar este tipo de carroçaria — e assumiu as formas arredondadas muito em voga nos anos 90. A plataforma era, como seria de esperar, a mesma do Honda Civic contemporâneo.

No que aos motores diz respeito, o CR-X Del Sol contava com duas opções, ambas com 1.6 l designadas ESi e VTi. A primeira debitava 125 cv, já a segunda chegava aos 160 cv — um dos primeiros motores a ultrapassar os 100 cv/l, cortesia de quatro das letras mais lendárias na história automóvel, VTEC.

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Nissan 100NX

O último membro desta lista é o Nissan 100NX, um modelo de uma época em que a família de desportivos da Nissan na Europa contava ainda com o 200SX e o todo-poderoso 300ZX Biturbo.

 

Tal como o seu compatriota, também o pequeno Nissan 100NX era um targa. E tal como o MX-3, o seu estilo era bastante original, até futurista, mas nem sempre considerado o mais atraente.

O Nissan 100NX, ao contrário do 200SX e 300ZX, era um típico “tudo à frente”, derivado da base mecânica e técnica do Sunny (o “Golf” da Nissan), esteve em produção entre 1990 e 1996.

Na Europa conheceu apenas dois motores, um 1.6 l e um 2.0 l. O primeiro debitava entre 90 e 95 cv consoante recorresse a injeção eletrónica ou carburador, enquanto o segundo oferecia uns bem mais interessantes 143 cv que já garantiam as prestações esperadas de um pequeno desportivo.

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Tal como a maioria dos pequenos coupé, não teria um sucessor. Este nicho conheceu a sua ascensão e queda ao longo da década de 90, e pouco tempo depois, outra “moda” tomaria o seu lugar: a dos descapotáveis com capota metálica. Solução que procurava combinar duas tipologias, as dos descapotáveis com as dos coupé — para saberes mais sobre estas criaturas, segue a ligação abaixo:

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