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Apresentação

Novo BMW Série 7 revelado também com inédito elétrico i7

O novo BMW Série 7 chega em novembro e na Europa estará disponível apenas em versões eletrificadas, incluindo o elétrico i7. Conheça-o por dentro e por fora.

BMW i7

O BMW Série 7, que conta com 45 anos e deixa-se ver agora na sétima geração, conquistou um espaço como uma das mais importantes limusinas premium da história do automóvel, logo atrás do Classe S da Mercedes, o histórico dominador mundial neste exclusivo segmento.

A nova geração (G70/G71) usa uma plataforma muito flexível, de onde se vão extrair variantes a gasolina (seis e oito cilindros, apenas para os EUA e China), Diesel (740d xDrive, sendo mild-hybrid), dois híbridos plug-in (750e xDrive e 760e xDrive) e um inédito Série 7 elétrico que se chamará i7.

O novo BMW i7 será o único a chegar aos concessionários da marca bávara ainda este ano (em novembro), com os restantes Série 7 previstos para a Europa — híbridos plug-in e Diesel para sensivelmente dentro de um ano.

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BMW i7
Inédito. O BMW i7 é o primeiro Série 7 elétrico de sempre e assume-se como o topo de gama 100% elétrico da marca de Munique.

É um modelo de enorme importância para a BMW, tanto por imagem como por margem de lucros, mas também a nível industrial, uma vez que será o seu primeiro modelo a ser feito na mesma linha de montagem com todos os tipos de propulsão: gasolina, Diesel, híbrido plug-in e elétrico.

Será na fábrica de Dingolfing, Alemanha (a maior da BMW em território europeu), que será produzido, onde já são produzidos o iX, o Série 5.

Apenas uma carroçaria

Ao contrário do que acontecia com os seus antecessores, o novo BMW Série 7 passa a estar disponível com uma única distância entre eixos, a mais longa, que cresceu apenas 5 mm para 3,215 m). O que se percebe, porque os dois maiores mercados a nível global (China e Estados Unidos) apenas «consomem» o tamanho “XL”.

BMW i7
O novo BMW Série 7 é mais comprido em 13 cm (5,391 m), mais largo em 4,8 cm (1,95 m) e mais alto em 5,1 cm (1,544 m).

Os designers falam em “superfícies monolíticas” para definir a nova face do Série 7, reservado aos modelos de luxo do fabricante bávaro. Mas chama igualmente a atenção a fina moldura iluminada da enorme grelha frontal e os faróis bipartidos.

As óticas superiores ultra-esguias servem para as principais funções de iluminação (condução diurna, laterais e piscas). E pode usar, opcionalmente, vidro de cristal da Swarovski e ainda gerar várias cores e algo parecido com coreografias luminosas. As óticas inferiores, embutidas no para-choques, são os médios e máximos.

Frente Série 7

No caso do elétrico BMW i7, a grelha é totalmente fechada para otimizar a aerodinâmica e porque as necessidades de refrigeração são inferiores e exibe o logótipo da submarca BMW i num azul “elétrico”. Tom que é reproduzido na barra horizontal da entrada de ar inferior, nas saias laterais e para-choques traseiros e nas molduras dos símbolos da BMW à frente e atrás.

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Tanto nos flancos como na traseira impõem-se as linhas horizontais, superfícies planas e os poucos vincos na carroçaria, ao mesmo tempo que prevalece a aposta em óticas esguias e horizontais também na traseira.

Óticas traseiras Série 7

As jantes começam com o tamanho de 19” e vão até às 22”, existindo designs e construção específica para os Série 7 «assinados» pela M, que acompanham com vários elementos decorativos e funcionais que expiram um caráter desportivo, por dentro e por fora. E, pela primeira vez neste modelo, é possível pintar a carroçaria em dois tons distintos.

Saídas de ventilação dissimuladas numa barra interativa

O mesmo mundo de exclusividade, luxo e tecnologia pode ser vivido no interior, aos quais é possível aceder através de portas de abertura (e fecho) automático, se for esse o desejo do comprador.

Interior BMW Série 7

O conceito moderno dos mais recentes BMW, de tabliê digital curvo, que coloca lado a lado um ecrã de 12,3” para a instrumentação e um de 14,9″ para o infoentretenimento foi mantido (ainda que existam novos modos de apresentação), com a sua conhecida orientação para o condutor.

Novidade é a barra de interação, uma faixa horizontal abaixo dos ecrãs, que preenche toda a largura do painel frontal, e que integra funções de iluminação, decorativas e outras operacionais, além de saídas de ventilação dissimuladas.

O volante é também novo e pode ter dois ou três braços, está cortado na base e inclui novos comandos hápticos. A zona entre os bancos tem igualmente uma nova configuração e um seletor de transmissão com novo desenho.

O novo My Modes (modos de condução) é mais abrangente do que alguma vez foi, alterando a resposta dinâmica do veículo, mostradores e ambiente a bordo, podendo ser selecionados por comando vocal ou pelo botão na consola central que substituiu o comutador de controlo de experiência de condução.

São até sete modos disponíveis — Personal, Sport, Efficient, Expressive, Relax, Digital Art, Theatre —, que variam de acordo com a versão do Série 7, e alteram a resposta de chassis e motorização, estilo e conteúdo dos mostradores do ecrã curvo e head-up display (pela primeira vez) e iluminação ambiente.

Ir ao cinema sem sair do Série 7

Mas as sensações mais surpreendentes podem ser vividas na segunda fila de bancos, onde os passageiros podem usufruir dos bancos com mais reclinação e suporte para pernas para assistirem a sessões de cinema enquanto viajam.

Theater Screen BMW Série 7

Isto quando o Série 7 está equipado com o sistema Theatre Screen, que junta um ecrã tátil de 31,8” (definição até 8K e projeção em formatos 16:9, 21:9 ou 32:9) e sistema de som da Bowers & Wilkins (com 18 altifalantes e 655 W), opcionalmente integrado nos confortáveis encostos de cabeça traseiros.

Este «ecrã de cinema» recolhe para junto do tejadilho quando não está em uso e pode ser aproximado ou afastado dos passageiros/espetadores, para poder aceder às funções táteis ou para ter a distância ideal de visualização.

Se forem corridas as persianas das janelas laterais e óculo traseiro, e reduzida a iluminação ambiente, fica tudo a postos para uma espetacular sessão de cinema.

Os bancos podem ter funções múltiplas, ventilação ativa (aquecimento ou refrigeração) e funções de massagem, podendo os mesmos ser controlados a partir de novos painéis digitais de 5,5” inseridos nos apoios dos braços das portas traseiras.

O bem-estar relacionado com a temperatura a bordo dificilmente poderia ser mais sofisticado, pois às quatro zonas de climatização junta-se a possibilidade de haver painéis de portas, consola central e volante aquecidos.

E isto a juntar ao espaço adicional existente na traseira em comparação à geração atual — por apenas existir a versão de distância entre eixos longa —, a combinar com o aumento do volume da bagageira em 25 l para 540 l. Nos híbridos plug-in são 525 l  de capacidade, sendo mais 105 l do que na anterior geração, enquanto no i7 são declarados 500 l.

Em 2022 só haverá o i7, Série 7 elétrico

No lançamento comercial, pouco antes do final deste ano, o novo Série 7 apenas vai estar disponível globalmente como i7 xDrive60.

BMW i7

Comparativamente aos modelos i4 e iX, o inédito i7 já irá dispor de evoluções dos sistemas de carregamento e condicionamento de temperatura da bateria, além de software mais avançado no sistema de navegação que otimiza os pontos de paragem durante as viagens com as necessidades de carregamento.

O carregamento do i7 pode ser feito em corrente alternada até 11 kW e em corrente contínua até 195 kW, um pouco menos do que o rival EQS da Mercedes-Benz (22 kW e 200 kW, respetivamente).

BMW i7

Mas, pela primeira vez na BMW, o i7 permite gravar definições de carregamento para diferentes estações de carga (que serão automaticamente aplicadas quando o carro regressa a uma estação «conhecida») e a função de pré-aquecimento da bateria antes do carregamento pode agora ser ativada manualmente, com o sistema de navegação a não precisar de estar ativo.

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O rendimento máximo do sistema é de 400 kW (544 cv) e 745 Nm — motor traseiro entrega 230 kW (313 cv) e o dianteiro 190 kW (258 cv), suficientes para levar o i7 xDrive60 até aos 240 km/h, sendo a aceleração de 0 a 100 km/h concluída em 4,7s.

Frente BMW i7

A autonomia prometida pela bateria de 101,7 kWh é de 590 km a 625 km, que decorrem de um consumo homologado de 19,6-18,4 kWh/100 km.

Há vários níveis de recuperação de energia através da travagem/desaceleração, que oscilam entre o nível normal (na posição de condução D) e os níveis alto, médio e baixo, segundo escolha do condutor. Conduzir apenas com o pedal da direita é possível se optar por colocar o seletor na posição B, em que é ativado o nível mais alto de recuperação.

Em meados de 2023 haverá uma segunda versão do i7 (M70 xDrive), com 660 cv.

Os motores que chegam em 2023

Todos os motores de combustão, gasolina e Diesel, passam a estar equipados com um sistema híbrido ligeiro (mild-hybrid) de 48 V, que integra um motor elétrico dentro da transmissão e que atua como gerador/motor de arranque. O sistema pode gerar 200 Nm e 12 cv, dependendo da situação de condução.

Na Europa só vai estar disponível no diesel 740d xDrive (à venda em janeiro de 2023), já que os motores a gasolina de seis e oito cilindros a gasolina não estarão disponíveis no «velho continente».

O bloco de 3,0 l e seis cilindros em linha está acoplado à transmissão automática de oito velocidades e rende um máximo de 300 cv e 650 Nm, que são ampliados até 670 Nm durante um período limitado de aceleração. Faz 6,3s de 0 a 100 km/h e um consumo médio de 6,9 l/100 km a 5,9 l/100 km, o que mostra que deverá ser possível juntar o útil ao agradável.

Já na primavera do ano que vem, a gama do novo BMW Série 7 será alargada com a chegada dos híbridos plug-in. Ambos combinam um motor de seis cilindros em linha a gasolina com 3,0 l com um motor elétrico de 200 cv e 280 Nm inserido na caixa de velocidades.

O 750e xDrive declara um rendimento total de 490 cv e 700 Nm, enquanto o M760e xDrive, o primeiro híbrido plug-in da BMW M, sobe esses valores até aos 571 cv e 800 Nm.

Ambos vão buscar a energia a uma bateria de iões de lítio de 18,7 kWh (incremento de mais de 50% face à anterior geração), traduzindo-se numa autonomia elétrica de até 80 km.

O carregador de bordo viu a sua potência duplicar de 3,7 kW para 7,4 kW, o que permite que a bateria seja totalmente carregada em menos de três horas. Os consumos homologados (WLTP) em ciclo combinado destes dois modelos oscilam entre 1,0 l/100 km e 1,2 l/100 km.

Melhorias no chassis

Além do revisto sistema de suspensão independente com duplos triângulos sobrepostos à frente e multibraços atrás, foi instalado um montante elástico na direção no sub-chassis dianteiro, montantes específicos nos motores do i7 e um painel de alumínio para aumentar a rigidez dianteira.

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A suspensão usa molas pneumáticas nos dois eixos com função de autonivelamento e amortecedores eletrônicos variáveis. Além do conforto adicional proporcionado pela suspensão pneumática, a altura ao solo é reduzida em 10 mm em modo Sport ou em todos os restantes modos acima dos 140 km/h (120 km/h no i7). Para transpor obstáculos salientes na estrada ou subir/descer rampas é possível subir a suspensão em 20 mm pelo toque de um botão.

BMW M760e

O eixo traseiro direcional permite que as respetivas rodas girem até um máximo de 3,5º (menos 1º a 6,5º que o rival EQS), para diminuir o raio de viragem do carro (em 0,8 m) ou melhorar a estabilidade a velocidades de cruzeiro.

Outra novidade é o sistema de estabilização ativo, que faz com que a carroçaria adorne menos em curva e diminua as vibrações da carroçaria no rolamento, além de aumentar o conforto geral.