Notícias Ex-chefe de design da Ferrari redesenha o novo 296 GTB

Design

Ex-chefe de design da Ferrari redesenha o novo 296 GTB

Revelado recentemente, o novo e inédito Ferrari 296 GTB é escrutinado e reestilizado pelo ex-diretor de design da marca, Frank Stephenson.

Ferrari 296 GTB

O lançamento de um novo Ferrari é sempre um evento e no caso do 296 GTB foi marcado ainda por uma série de estreias relevantes, sendo o primeiro modelo da marca do cavalinho rampante a adotar um motor V6 — se excetuarmos os 206 e 246, que foram lançados sob a marca Dino.

Se já escrutinámos as características técnicas da nova coqueluche da Ferrari — além de V6 é também um híbrido plug-in —, hoje focamos a nossa atenção no seu design e não poderíamos ter melhor guia para esta análise, o sr. Frank Stephenson.

Stephenson foi chefe de design da Ferrari desde 2002, tendo chegado a chefiar praticamente todos os departamentos de design do Grupo Fiat de então, saindo em 2008 para assumir o lugar de diretor de design da McLaren. O seu lugar na Ferrari seria tomado por Flavio Manzoni em 2010, que ainda hoje mantém.

VEJAM TAMBÉM: 296 GTB. Primeiro Ferrari de produção com motor V6 é um híbrido plug-in
Ferrari 296 GTB

Durante o seu “turno” na Ferrari, vimos nascer, por exemplo, o F430 ou o FXX (com base no Ferrari Enzo), mas também o Maserati MC12. Na McLaren, foi o responsável pela primeira geração de modelos de estrada contemporâneos, do MP4-12C ao P1, com o 720S a ser o último com a sua assinatura.

Ainda no currículo podemos encontrar modelos tão distintos como o Ford Escort RS Cosworth ou o primeiro BMW X5, assim como o primeiro Mini da era BMW (R50) ou o Fiat 500 (que se encontra ainda em comercialização).

Não deve haver pessoa melhor no meio para analisar, criticar e até mostrar o que faria diferente no novo Ferrari 296 GTB do que Frank Stephenson:

A apreciação global de Stephenson sobre o novo 296 GTB é, no geral, bastante positiva — ele avalia-o no final, colocando-o um pouco acima do também novo McLaren Artura, mecanicamente muito próximo do 296 GTB.

Stephenson mostrou ser fã da combinação do passado com o contemporâneo, com o 296 GTB a evocar o 250 LM, sobretudo na definição do volume traseiro (entrada de ar e guarda-lamas), sem cair na agressividade visual fácil que tanto afeta os automóveis de hoje. O 296 GTB parece ser um Ferrari e parece corresponder às nossas expetativas do que é um Ferrari.

O que Frank Stephenson mudaria?

Porém, o seu escrutínio sobre as diferentes partes do novo superdesportivo italiano revelam que há espaço para, segundo o seu ponto de vista, melhoramentos.

Se na frente e lateral falamos sobretudo de alguns detalhes e alinhamentos — exceção feita à área à volta do pilar B, que levaria modificações mais acentuadas —, a sua maior crítica vai para a parte traseira do 296 GTB, aquela que transmite pior a ideia de que se trata de um Ferrari. No seu ponto de vista, “Ferrari que é Ferrari” tem de ter óticas circulares — o 296 GTB foi revelado com óticas retilíneas, mais quadrangulares na forma —, sejam apenas singulares ou duplas.

As suas críticas e sugestões dão o mote para umas alterações digitais ao modelo original, que mostramos de seguida (podem ver o “antes” e o “depois” para melhor serem comparadas). Concordam com as alterações que ele propõe?

Ferrari 296 GTBFrank Stephenson redesign Ferrari 296 GTB
VEJAM TAMBÉM: Heresia ou bom uso? Este Ferrari F40 é conduzido como nenhum outro foi
Frank Stephenson redesign Ferrari 296 GTB
VEJAM TAMBÉM: Há um pouco de Countach no novo Lamborghini Huracán Super Trofeo EVO2
Ferrari 296 GTBFrank Stephenson redesign Ferrari 296 GTB
Ferrari 296 GTBFrank Stephenson redesign Ferrari 296 GTB