Primeiro Contacto Ford Mustang Mach-E. Merece o nome? Primeiro teste (vídeo) em Portugal

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Ford Mustang Mach-E. Merece o nome? Primeiro teste (vídeo) em Portugal

O novo Mustang Mach-E assinala o início da ofensiva 100% elétrica da Ford. Só chega em setembro, mas já o conduzimos nas estradas nacionais.

Ford Mustang Mach-E e Guilherme Costa
© Razão Automóvel

Já foi apresentado no final de 2019, mas uma certa pandemia criou todo o tipo de caos nas agendas dos construtores e só agora, quase dois anos depois da sua revelação, o novo Ford Mustang Mach-E chega a Portugal.

Isto é um Mustang? Ahh, sim… A decisão da Ford em chamar Mustang ao seu novo elétrico continua a dividir ainda hoje como quando foi anunciado ao mundo. Heresia dizem uns, brilhante dirão outros. Goste-se ou não, a verdade é que a decisão de chamar Mustang Mach-E a este crossover elétrico deu-lhe muito mais visibilidade e até uma dose de estilo adicional, com elementos visuais que o aproximam do pony car original.

Mas será que convence? Neste vídeo, o Guilherme Costa conta-vos tudo o que há de mais relevante e interessante sobre este crossover elétrico, no nosso primeiro contacto dinâmico em estradas nacionais:

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Ford Mustang Mach-E, os números

A versão testada trata-se de uma das mais potentes e rápidas da gama (AWD com a bateria de maior capacidade) sendo superada apenas pela versão GT (487 cv e 860 Nm, 0-100 km/h em 4,4s, bateria de 98,7 kWh e 500 km de autonomia) que chegará mais tarde.

Nesta versão AWD Alargada que o Guilherme conduziu, o Mustang Mach-E apresenta-se com dois motores elétricos — um por eixo —, o que lhe garante tração às quatro rodas, 351 cv de potência máxima e 580 Nm de binário máximo. Números que se traduzem em 5,1s nos 0-100 km/h e 180 km/h eletronicamente limitados.

Ford Mustang Mach-E
© Guilherme Costa / Razão Automóvel

A alimentar os motores elétricos temos uma bateria com 98,7 kWh de capacidade (88 kWh úteis) capazes de garantir uma autonomia máxima combinada de 540 km (WLTP). Anuncia ainda um consumo em ciclo combinado de 18,7 kWh/100 km, um valor bastante competitivo, mas tendo em conta as observações do Guilherme durante o seu contacto dinâmico, o Mustang Mach-E parece ser capaz de, facilmente, fazer melhor.

É possível carregar a bateria a 150 kW num posto de carregamento ultrarrápido, em que 10 minutos bastam para adicionar o equivalente a 120 km de autonomia em energia elétrica. Numa wallbox de 11 kW, carregar totalmente a bateria demora 10 horas.

Mustang, mas para as famílias

Assumindo o formato de crossover, o novo Ford Mustang Mach-E apresenta-se muito mais apto para um uso familiar, tendo uma oferta generosa de espaço atrás, ainda que os 390 l anunciados para a bagageira seja um valor ao nível de um segmento C — um dos seus principais rivais, o Volkswagen ID.4, tem 543 l, por exemplo. O Mach-E responde, porém, com uma segunda bagageira à frente com 80 l de capacidade adicional.

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No interior destaque para a posição dominante do ecrã vertical de 15,4″ do sistema de infoentretenimento (trata-se já do SYNC4), que revelou ser bastante responsivo. Apesar da quase ausência de comandos físicos, de destacar a presença de uma área separada no sistema para controlar a climatização, que evita andar a navegar em menus, e também temos um generoso comando físico circular para controlar o volume.

2021 Ford Mustang Mach-E
15,4 generosas polegadas dominam o interior do Mach-E.

A tecnologia a bordo é, aliás, um dos destaques do novo modelo. Desde os múltiplos assistentes à condução (a permitir condução semi-autónoma), a uma conectividade avançada (atualizações remotas disponíveis, assim como uma aplicação que permite gerir uma série de características e funcionalidades do veículo, como permite ainda usar o smartphone como “chave” de acesso), até às potencialidades do sistema de infoentretenimento que consegue “aprender” com as nossas rotinas.

Nesta versão destaque ainda para o elevado equipamento a bordo, praticamente todo de série — desde os bancos aquecidos e ventilados ao sistema áudio da Bose —, com muitos poucos opcionais (a cor vermelha da nossa unidade é um deles, adicionando 1321 euros ao preço).

mobile as a key Ford Mustang Mach-E
Graças ao sistema PHONE AS A KEY, basta o seu smartphone para destrancar o Mach-E e conduzi-lo.

O preço desta versão AWD com a bateria maior começa nos 64 500 euros e já está disponível para encomenda, com as primeiras unidades a serem entregues em setembro.

A versão mais acessível do Mustang Mach-E fica abaixo dos 50 mil euros, mas vem equipada com apenas um motor (269 cv) e duas rodas motrizes (as traseiras), assim como com uma bateria mais pequena de 75,5 kWh e 440 km de autonomia. Se optarmos por esta versão de tração traseira com a bateria de 98,7 kWh, a autonomia sobe até aos 610 km (é o Mach-E que vai mais longe), a potência até aos 294 cv e o preço até perto dos 58 mil euros.

Ford Mustang Mach-E. Merece o nome? Primeiro teste (vídeo) em Portugal

Primeiras impressões

8/10
O Ford Mustang Mach-E assinala o início da ofensiva 100% elétrica da marca da oval. Como é tradição na Ford, tem uma dinâmica irrepreensível. A melhor parte é que a Ford conseguiu este bom comportamento dinâmico sem prejudicar o conforto. Por outro lado, a autonomia e a performance do Mach-E também está em excelente plano. Os 540 km de autonomia anunciados não estão longe da realidade em condições reais e as acelerações correspondem às expectativas do símbolo que este modelo ostenta orgulhosamente na grelha dianteira.

Data de comercialização: Setembro 2021

Prós

  • Conforto;
  • Autonomia;
  • Dinâmica;
  • Equipamento de série;

Contras

  • Qualidade de alguns materiais;
  • Alguns detalhes ergonómicos.
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P300e. O que vale a versão híbrida plug-in do Land Rover Discovery Sport?