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Nova greve a caminho? Motoristas de matérias perigosas entregam pré-aviso

Acusando a ANTRAM de "agir de má-fé", o SNMMP suspendeu as negociações e já entregou um pré-aviso de greve para 23 de maio.

Posto de combustível

Depois de na passada terça-feira a ANTRAM ter anunciado que a associação patronal e o sindicato tinham chegado a um pacto de paz social pelo prazo de 30 dias, as declarações emitidas ontem pela Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias vieram deitar por terra esse acordo.

Em causa está um comunicado no qual a ANTRAM anunciou que o sindicato teria desistido da exigência inicial de um salário base de 1200 euros para aceitar um salário base de 700 euros mensais ao qual seria adicionado um subsídio diário.

Este comunicado levou o SNMMP a acusar a ANTRAM de agir de “má-fé” durante as negociações e a enviar à ANTRAM, aos ministérios do Trabalho e da Economia, à ANAREC e à APETRO (as associações de revendedores de combustíveis e das petrolíferas) um pré-aviso de greve para 23 de maio.

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Os valores discutidos

Para além de, segundo o SNMMP, os valores divulgados pelo comunicado da ANTRAM não corresponderem aos abordados nas negociações entre as duas partes, o comunicado ontem divulgado viola o protocolo negocial assinado entre as partes que impedia a divulgação pública de detalhes concretos das negociações até que estas terminassem.

Em declarações dadas hoje à RTP, Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do SNMMP, afirmou que “Não cabe na cabeça de ninguém que o sindicato viesse recuar da exigência de dois salários mínimos nacionais para 700 euros. Isto não é verdade, não era isto que estava a ser discutido. Aquilo que estava pré-acordado era muito próximo dos dois salários mínimos”.

O vice-presidente do sindicato acrescentou ainda que a ANTRAL teria pedido um prazo que permitisse às empresas adaptarem-se ao aumento salarial, prazo esse que teria sido aceite e que se traduziria num aumento do salário base para 1010 euros em janeiro de 2020, 1100 euros em janeiro de 2021 e 1200 euros em janeiro de 2022.

Como é fácil perceber, os valores enunciados pelo sindicato são bem distantes dos 700 euros mencionados no comunicado da ANTRAM, tendo isto levado Pedro Pardal Henriques a afirmar que: “Houve quebra de confiança e isto coloca em causa a negociação. Não estamos em condições (de continuar as negociações). Não há clima para negociar”.

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A posição da ANTRAM

Acusada pelo SNMMP de agir de “má-fé” a ANTRAM veio afirmar que a divulgação do comunicado no qual anunciava que (supostamente) o sindicato teria recuado nas suas exigências “não teve o intuito de obstaculizar ou prejudicar as negociações que estão a decorrer. A ANTRAM está totalmente empenhada (…) em construir uma solução negocial de consenso com o SNMMP”.

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A  Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias afirmou ainda que “está totalmente empenhada em dar continuidade ao bom clima negocial e aos resultados obtidos na reunião”.

Entretanto, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação já assegurou em declarações à ECO que está em contacto com ambas as partes e que “continuará os esforços para que as partes se entendam e a greve seja desconvocada”.

Fontes: Jornal Económico, Observador, SAPO 24 e ECO.

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