Notícias Quando é que os alemães terão “um elétrico que tenha metade da sensualidade de um da Tesla?”

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Quando é que os alemães terão “um elétrico que tenha metade da sensualidade de um da Tesla?”

A pergunta no título vem de um ministro alemão direcionada aos poderosos construtores alemães. Elétricos sexy? Aparentemente só na Tesla — ouch…

Tesla Model S

“Eu realmente pergunto-me quando você, o Sr. Zetsche (CEO da Daimler), ou você, o Sr. Diess (CEO do grupo Volkswagen), ou o Sr. Krüger da BMW será capaz de construir um carro elétrico que tenha metade da sensualidade de um Tesla. No que diz respeito à atratividade dos vossos carros elétricos, vocês poderiam surgir com ideias novas.”

As palavras são do ministro dos assuntos económicos e energia alemão, Peter Altmaier, proferidas durante um evento relacionado com inteligência artificial, referindo-se aos elétricos sexy da Tesla e à falta deles nos construtores alemães.

De acordo com o Spiegel, o ministro alemão não teve resposta direta dos visados, mas também é verdade que os mesmos não se encontravam presentes. Mas estará ele correto ou é apenas uma questão de gosto pessoal?

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Tesla Model 3 Performance

Tesla, sinónimo de elétricos sexy

O que é certo é que o sexy vende, também nos automóveis, independentemente do tipo de motorização. Basta olhar para a Tesla.

Por muitos problemas que tenham, se há feito que ninguém tira à pequena Tesla é o de ter mudado a percepção que tínhamos do carro elétrico e sem dúvida que o seu design e estética em muito contribuiram para isso.

O Model S, o primeiro desenhado e desenvolvido do zero pela marca (o Roadster era uma adaptação do Lotus Elise), apostou na elegância e consensualidade — poderemos dizer até que é conservador ao “colar-se” aos paradigmas do design dos automóveis com motores térmicos — até uma “grelha” dianteira estava presente, entretanto retirada…

Tesla Roadster
Novo Tesla Roadster

Sem dúvida, que resultou, e tanto o Model S como o Model 3 podem ser percepcionados como elétricos sexy, pelo menos quando comparados com os outros elétricos à venda — exceção ao Model X que de sexy não tem nada. Até as denominações dos modelos da Tesla apostam no sexy ou… S, 3, X, Y (o próximo modelo a ser lançado) — Elon Musk com sentido de humor…

Resposta alemã

Os construtores alemães, sobretudo o poderoso trio premium, demoraram a responder à Tesla, e verdade seja dita, os seus esforços, para já, não receberam as melhores críticas — Audi e Mercedes-Benz revelaram este ano os crossovers e-tron e EQC, respetivamente — não só pela proximidade visual aos modelos com motor térmico, como pelas opções estéticas tomadas para os diferenciar destes.

Dificilmente crossovers e SUV dão origem a modelos sexy — nem a Tesla o conseguiu —, mas olhando para o Jaguar I-Pace, percebemos que é possível combinar um novo sistema de propulsão e packaging, com novas proporções e linhas consensualmente apelativas.

A redenção poderá vir com a apresentação das futuras berlinas elétricas previstas, uma carroçaria mais apta a qualidades sensuais — o Porsche Taycan promete bastante nesse sentido…

Vulnerabilidades

A poderosa indústria automóvel alemã, antes quase intocável e imune a críticas, tem vivido tempos difíceis. O escrutínio pós-Dieselgate tem sido meticuloso e a pressão para mudar de paradigma de mobilidade — do motor de combustão para o elétrico — tem sido imensa.

Esta “vulnerabilidade” atual da indústria automóvel alemã tem dado azo a mais comentários e críticas, onde, como podemos ver, até o aspeto dos seus modelos “v2.0” merece reparos por uma figura política.

Não se duvide, no entanto, é da aposta destes na mobilidade elétrica — todos os analistas referem o futuro papel dominador dos alemães nos automóveis elétricos durante a próxima década, usufruindo não só de uma superior capacidade produtiva como também de superiores economias de escala.

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Pode encontrar a resposta aqui:

Porsche Taycan gera tanta expetativa que 20 000 por ano podem não chegar