Primeiro Contacto Conduzimos o Nissan Juke 2024. Ficou melhor onde faltava

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Conduzimos o Nissan Juke 2024. Ficou melhor onde faltava

Pode não parecer, mas há várias diferenças importantes a assinalar no Nissan Juke 2024 — não é só a cor amarela. Venha descobri-las.

Nissan Juke

Primeiras impressões

7.5/10

Não consegue encontrar as diferenças pois não? No Nissan Juke 2024 a maior mudança foi no habitáculo.

Prós

  • Solidez geral
  • Espaço (habitáculo + bagageira)
  • Infoentretenimento
  • Consumos (Hybrid)
  • Equipamento

Contras

  • Design polarizador
  • Resposta da caixa em AE
  • Puxadores das portas traseiras

O Nissan Juke praticamente dispensa apresentações. A primeira geração, lançada em 2010, acabou por definir todo o segmento dos pequenos crossovers e vendeu… que nem pãezinhos quentes. Isto apesar do design polarizador, que ainda hoje divide opiniões, mas que não podia ser melhor resposta à queixa habitual de que os carros são todos iguais.

A segunda geração, lançada em 2020, manteve os traços mais divisivos do original, ainda que numa «embalagem» mais consensual e, sobretudo, versátil e prática.

Agora a Nissan refrescou o Juke para 2024, mas por fora, não mudou nada. Ou praticamente nada. Há novas combinações de cores — incluindo o muito badalado regresso do amarelo — e jantes. O mesmo não podemos dizer do interior. Foi aqui que a Nissan concentrou os seus esforços, atualizando o que era mesmo preciso e o Juke 2024 ficou a ganhar com isso.

A maior novidade? Destacamos um botão

Há um novo sistema de infoentretenimento, com um ecrã tátil 35% maior — tem agora 12,3″ —, e um novo quadrante 100% digital (também com 12,3″) com excelente definição e leitura. Também as câmaras apresentam uma definição em muito melhorada.

A Nissan, ainda assim, não prescindiu totalmente dos comandos físicos, deixando alguns abaixo do ecrã central, para algumas das operações mais básicas. No entanto, há um botão em especial que merece toda a nossa atenção.

Este botão encontra-se no volante e permite desligar os assistentes à condução (previamente configurados) sem termos de submergir nos menus e submenus do sistema de infoentretenimento. Não que esteja contra à presença destes sistemas de segurança ativa, mas nos trajetos diários, sobretudo os mais urbanos, algumas das funcionalidades acabam por irritar mais que ajudar.

A avaliação positiva do interior do Nissan Juke 2024 continua na apreciação dos novos materiais e acabamentos dos bancos dianteiros (ainda com apoios de cabeça integrados). A qualidade de montagem mostrou ser também bastante robusta.

Descubra o seu automóvel:

Responsabilidades familiares

Os crossovers ou SUV do segmento B-SUV, onde habita o Nissan Juke, são, em muitos casos, o único carro do agregado familiar, pelo que há alguma expetativa no cumprimento dessa missão. Uma expetativa que é cumprida com competência pela proposta japonesa.

Como pode ver no vídeo, o acesso à segunda fila é facilitado pela abertura ampla da porta, ainda que o posicionamento dos puxadores, ao nível da janela, não seja o melhor. A altura baixa das janelas também cria dificuldades de visibilidade aos petizes.

Nissan Juke - assentos traseiros
© Nissan

O espaço atrás é desafogado, havendo apenas alguma limitação em altura, por culpa da linha de tejadilho descendente. Os 422 l da bagageira chegam a superar muitos dos hatchbacks do segmento acima.

Porém, no caso do Nissan Juke Hybrid, a bagageira perde algumas dezenas de litros: fica-se pelos 352 l. Ainda assim, um valor que permite satisfazer a maioria das necessidades familiares.

Duas motorizações à escolha

O foco desta atualização do Juke parece ter ficado mesmo pelo interior. Por debaixo do capô não existem novidades, assim como não há nada de novo nas afinações do chassis.

Assim, o Nissan Juke 2024 as mesmas duas motorizações do antecessor: uma a gasolina e outra híbrida (não plug-in, ou seja, não se liga à tomada):

  • 1.0 DIG-T — 1,0 l, três cilindros, turbo; 117 cv e 180 Nm (200 Nm com função over torque); cx. manual de 6 vel. ou automática (dupla embraiagem) com 7 vel.;
  • 1.6 Hybrid — 1,6 l, quatro cilindros (94 cv e 148 Nm); motor elétrico (49 cv e 205 Nm); 143 cv (combinados); motor-gerador (15 kW); bateria de 1,2 kWh.

Ao volante, poderia criticar a decisão da Nissan em não ter mudado nada, mas o compromisso conforto/comportamento do Juke continua a merecer os meus elogios. A crítica deixo-a para a insonorização, que podia ser melhor e que a Nissan não aproveitou a ocasião para melhorar.

O Juke Hybrid que pude conduzir é uma proposta que se sente como um peixinho na água dentro da cidade. Apesar de não ser plug-in, permite que as deslocações urbanas sejam efetuadas em até 60% só com o motor elétrico. Fora da malha urbana, também convence. Afinal, sempre são 143 cv de potência combinada.

Quanto custa?

A chegada do Nissan Juke 2024 ao mercado nacional está para breve, mas de momento, ainda não foram anunciados preços. No entanto, não se esperam alterações relativamente aos atuais.

Recordamos que estes começam um pouco acima dos 25 300 euros para o Juke 1.0 DIG-T, saltando para mais de 34 500 euros no Juke 1.6 Hybrid.

É a versão híbrida que oferece mais vantagens económicas (consumos) e ambientais (CO2). É também a mais penalizada pela fiscalidade portuguesa, que continua a insistir em taxar a cilindrada. Este tópico já foi abordado na Razão Automóvel por várias vezes e deveria receber a devida atenção por parte dos nossos governantes:

Veredito

Nissan Juke

Primeiras impressões

7.5/10
O Nissan Juke continua igual a si mesmo. É competente em todos os aspetos, tem um preço competitivo e agora tem um sistema de infoentretenimento moderno capaz de ombrear com os melhores do segmento. Quem aprecia o design do Juke tem neste modelo uma escolha quase óbvia neste segmento.

Prós

  • Solidez geral
  • Espaço (habitáculo + bagageira)
  • Infoentretenimento
  • Consumos (Hybrid)
  • Equipamento

Contras

  • Design polarizador
  • Resposta da caixa em AE
  • Puxadores das portas traseiras