Primeiro Contacto Conduzimos o Citroën C5 X PHEV na versão menos potente. Fórmula perfeita?

Desde 46 040 euros

Conduzimos o Citroën C5 X PHEV na versão menos potente. Fórmula perfeita?

O Citroën C5 X já tem disponível o sistema híbrido plug-in de 180 cv, que serve de alternativa a versão mais potente. Descubra as diferenças.

Citroën C5 X Plug-in Hybrid 180 ë-EAT8

Primeiras impressões

8/10

O C5 X, o modelo mais confortável da Citroën, acaba de receber uma versão híbrida plug-in com um preço mais comedido. Já a conduzimos.

Prós

  • Conforto no habitáculo
  • Médias de consumo
  • Eficiência do sistema híbrido

Contras

  • Comportamento dinâmico
  • Instrumentação compacta

A chegada do Citroën C5 X ao mercado, há cerca de dois anos, fez-me relembrar alguns dos modelos mais clássicos da marca francesa. Automóveis como o C6, o XM ou mesmo o CX pareciam ser a linhagem perfeita de antecessores para esta nova aposta da Citroën.

Tal como estes, o C5 X destacou-se de imediato pelo conforto oferecido a bordo. No entanto, agora, oferece um eficiente sistema híbrido plug-in, capaz de o fazer deslocar sem sequer precisar do motor térmico.

Durante estes dois anos, foram mais de 70 mil as unidades comercializadas, sendo que destas, 45% são híbridos plug-in. E agora, com o objetivo de aumentar esta percentagem e fazer com que o Citroën C5 X possa chegar ainda a mais consumidores, a marca do Double Chevron reforça a oferta PHEV com uma nova versão de 180 cv, que serve de alternativa à mais potente de 225 cv.

Já tinha sido anunciada no início do ano, mas só agora tivemos finalmente oportunidade de ter um primeiro contacto com esta novidade nos arredores de Paris.

Fórmula perfeita para o Citroën C5 X?

Para compor este sistema híbrido plug-in está presente um motor elétrico de 81 kW (110 cv), que é alimentado por uma bateria de 12,4 kWh, mas também um motor 1.6 a gasolina com 150 cv. Em conjunto, conseguem oferecer 180 cv de potência combinada e 360 Nm de binário, valores perfeitamente adequados para um modelo como o C5 X.

Em alternativa, a Citroën continua a ter disponível a versão com 225 cv de potência combinada, sendo que a única diferença está no motor térmico 1.6 PureTech, que passa a ser a versão de 180 cv, em vez da de 150 cv que equipa esta nova opção. O motor elétrico e a bateria destinada a alimentá-lo são precisamente os mesmos.

Nota de conforto «à antiga»

O habitáculo do Citroën C5 X não esconde o seu principal objetivo desde o primeiro segundo em que entramos, relacionado com o conforto e com a missão de fazer com que todos se sintam bem a bordo. O espaço disponível é bastante amplo, tanto nos lugares da frente como nos traseiros, e o ambiente é típico de um topo de gama.

Os assentos Advanced Comfort presentes no Citroën C5 X, são daqueles que gostaríamos sempre de encontrar no final de um dia de trabalho mais exigente. Perfeitos para aquele momento de respirar fundo, depois de fechar a porta, enquanto aguardamos apenas três ou quatro segundos antes de iniciar a viagem. Em modo 100% elétrico, claro.

A vertente mais tecnológica inclui o novo sistema de infoentretenimento com um monitor de dimensões generosas e com uma boa resolução. Além disso, também já esta presente a nova interface de utilizador, personalizável através de um conjunto de widgets, que acabam por simplificar a experiência de utilização.

Já o painel de instrumentos, que também é totalmente digital, inclui a configuração com um monitor demasiado compacto e que acaba por destoar do resto do conjunto. Inclui toda a informação necessária e também é personalizável, mas é demasiado «simples».

Um dia de rotina?

A presença de um sistema híbrido plug-in influencia de imediato a experiência de condução que estamos prestes a ter. Mesmo com um patamar de potência combinada mais reduzido, o arranque é sempre efetuado em modo 100% elétrico, tal como a grande maioria das manobras.

No painel de instrumentos do Citroën C5 X, infelizmente, o indicador de carga da bateria já não estava a 100%, pois este tinha acabado de chegar de um outro teste. No entanto, segundo os valores declarados pela marca, a autonomia máxima deste modelo em modo 100% elétrico ronda os 62 km, sendo que a velocidade máxima (sem usar o motor térmico) é de 135 km/h.

Citroën C5 X PHEV - perfil
© Citroën

Para compensar a quantidade de energia disponível, o percurso previsto para o Citroën C5 X era o mais longo, com a maioria dos quilómetros em ambiente urbano, mas também com alguns efetuados em via rápida. Na realidade, muito semelhante ao trajeto que uma grande maioria de condutores acaba por efetuar na sua rotina diária.

O enorme trunfo do conforto

Pouco depois de arrancar, é impossível passar ao lado da capacidade que o Citroën C5 X tem de «flutuar» em cima do asfalto, ignorando muitas das irregularidades do piso. A suspensão controlada eletronicamente e com a presença do sistema de batentes hidráulicos, ajuda a esquecermos por uns momentos tudo o que se passa fora do habitáculo.

Pode não ser o modelo que escolheríamos para «aquela» fabulosa estrada sinuosa que todos conhecemos, mas está certamente no topo da lista para as viagens mais longas. Em contrapartida, esta suavidade também contribui para uma maior dose de atenção da nossa parte, para percebermos se o sistema híbrido está a utilizar, ou não, o motor térmico.

Mais ou menos a meio do percurso previsto, com 38 km percorridos a uma média de 53 km/h, a média de consumo estava apenas em 3,9 l/100 km.

Em modo elétrico, mesmo sem eletricidade

O facto de a bateria não estar a 100% no início da viagem contribuiu para que, a dado ponto, já não existisse carga disponível, ou seja, 0% com 0 km de autonomia. No entanto, esta situação (que não deve ser usada frequentemente, uma vez que está longe de ser a mais eficiente) acaba por revelar um pouco da eficiência do sistema e a sua capacidade de regenerar energia.

Sempre com o mostrador nos 0%, o Citroën C5 X continua a circular em diversos momentos com o motor térmico desligado, aproveitando tudo o que conseguimos extrair em termos de regeneração de energia nos momentos de travagem e desaceleração.

A aproximação a rotundas e cruzamentos ou a paragem em semáforos é sempre feita em modo 100% elétrico e só mesmo se não existir outra hipótese é que o motor 1.6 se ativa, de forma a fazer locomover o C5 X e adicionar um pouco de energia ao sistema.

Tal como já referimos, esta solução está longe de ser a mais eficiente, mas a verdade é que este sistema híbrido plug-in não lida mal com a situação. E a prova disso é que, no final do trajeto, agora com 71 km percorridos a uma velocidade média de 45 km/h, o consumo subiu apenas para os 5,5 l/100 km.

Descubra o seu próximo automóvel:

Um degrau mais acessível

Ignorando a versão do Citroën C5 X que está equipada apenas com um motor térmico e tendo apenas em consideração as versões híbridas plug-in, a introdução deste novo sistema menos potente, traz também o preço deste modelo para um patamar mais acessível.

Citroën C5 X PHEV - logótipo da versão híbrida
© Citroën

As versões equipadas com o sistema híbrido de 225 cv têm um preço base muito próximo dos 50 mil euros, até porque a versão de equipamento mais acessível é a nova Max. Com o sistema de 180 cv já temos acesso à versão Plus, de entrada na gama, e com um preço base de 46 040 euros. Com níveis de equipamento idênticos, a diferença entre os dois sistemas é de 1500 euros.

Citroën C5 X
VersõesPreço
1.2 PureTech 130 S&S Plus38 920 €
1.2 PureTech 130 S&S Max40 140 €
Híbrido Plug-in 180 S&S ëEAT8 Plus46 040 €
Híbrido Plug-in 180 S&S ëEAT8 Max47 890 €
Híbrido Plug-in 225 S&S ëEAT8 Max49 390 €
Híbrido Plug-in 225 S&S ëEAT8 Shine Pack51 240 €
Híbrido Plug-in 225 S&S ëEAT8 Hypnos53 540 €

Veredito

Citroën C5 X Plug-in Hybrid 180 ë-EAT8

Primeiras impressões

8/10
Tal como a versão equipada com o sistema híbrido mais potente, o grande destaque do Citroën C5 X continua a estar no conforto e na sua capacidade de nos fazer sentir bem a bordo, mesmo que isso inclua uma viagem com centenas de quilómetros. No entanto, com esta nova versão, tudo isto se torna mais acessível, facilitando o acesso a um modelo topo de gama e com um sistema híbrido bastante eficiente, perfeito para a maioria das rotinas diárias.

Prós

  • Conforto no habitáculo
  • Médias de consumo
  • Eficiência do sistema híbrido

Contras

  • Comportamento dinâmico
  • Instrumentação compacta