Toyota tem Prius de corridas para testar combustíveis neutros em carbono

Depois de ter mostrado protótipo Prius 24h Le Mans Centennial GR Edition, para assinalar a edição dos 100 anos da mítica prova de resistência, o Toyota Prius regressou às pistas — durante 10 anos foi uma presença assídua no campeonato Super GT japonês.

Desta vez não foi no campeonato Super GT, mas sim numa prova de resistência, de 10 horas, na Tailândia.

Além do Prius, a Toyota apresentou-se com mais dois carros: um GR86 que, tal como o Prius, era alimentado por combustível neutro em carbono; e um GR Corolla a hidrogénio, que tinha na equipa nada mais nada menos que Akio “Morizo” Toyoda, ex-diretor executivo e atual presidente da Toyota.

Sobre este GR Corolla há muito pouco a acrescentar, até porque começa a ser presença recorrente em corridas de resistência naquelas latitudes: em meados de 2023 destacou-se nas 24 Horas de Fuji, onde estreou uma solução de abastecimento rápido de hidrogénio líquido.

Porém, a história com este Prius de competição é totalmente diferente, uma vez que se trata de uma estreia absoluta nas corridas. Terminou na 11.ª posição à geral (6.º lugar da sua categoria) e completou um total de 272 voltas.

Com um «fato» a condizer, marcado por um difusor dianteiro proeminente, cannards nas extremidades do para-choques, e por uma enorme asa traseira, este Prius tem um aspeto bem mais agressivo do que o do modelo de série, que nós já testámos em vídeo:

O que muda para um Prius «normal»?

Contudo, a Toyota não revela as alterações feitas ao conjunto nem a motorização que está a ser usada. Só podemos assegurar que se trata de uma versão híbrida convencional, que pode ter por base ou o motor de 1,8 l ou o de 2,0 l.

Recorde-se que nenhuma destas versões se comercializa na Europa, onde o novo Prius disponibiliza apenas uma variante híbrida plug-in.

O que a Toyota apenas confirma é que este Prius está a «correr» com combustível neutro em carbono, para (mais uma vez) avaliar a viabilidade deste tipo de solução no melhor «laboratório de testes» que há: uma pista de corridas.

A juntar a isso, e suportados pela publicação japonesa Car Watch Impress, é fácil antecipar algumas alterações feitas a este Prius de competição: bateria de maior capacidade, motor de combustão mais potente e um sistema de arrefecimento reforçado.

Podemos ainda ver que este Prius de corridas está visivelmente mais próximo do solo e os travões foram também alterados para suportar os rigores deste tipo de provas.

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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