Honda CR-V Hybrid Racer. Monstro de 800 cv tem V6 biturbo híbrido da IndyCar

Familiar, económico, confortável. São vários os adjetivos que podemos usar para descrever o Honda CR-V, mas “desportivo” não era um deles.

Agora, a Honda Performance Development (HPD) veio mudar isso com a sua criação mais recente, o insano CR-V Hybrid Racer.

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A HPD refere-se a este Honda CR-V cheio de esteróides como a “Besta HPD”, mas, de forma mais séria, dirige-se a este como um “laboratório rolante eletrificado para descobrir até onde a equipa talentosa da HPD e da Honda consegue ir na eletrificação, tecnologia híbrida e combustíveis renováveis”.

Um trabalho de «corte e costura»

Por baixo da carroçaria da nova geração do CR-V — que ainda não chegou à Europa — encontramos um 2,2 l V6 biturbo híbrido de competição, precisamente o motor que a Honda vai usar na IndyCar a partir de 2024.

Ao contrário do CR-V de produção que tem o motor à frente, o CR-V Hybrid Racer monta o motor atrás do piloto — posição central traseira — e este é «alimentado» com combustível 100% renovável da Shell (etanol derivado do desperdício da cana do açúcar e outros biocombustíveis).

A máquina elétrica, por outro lado, é «alimentada» por um supercondensador da Skeleton Technologies, uma solução similar à do Lamborghini Sián. Apesar dos supercondensadores não conseguirem armazenar tanta energia como uma bateria, conseguem entregá-la de forma muito mais rápida, o que combina bem com veículos de alta performance, como este CR-V Hybrid Racer.

A HPD não avança com números concretos, mas refere uma potência à volta dos 800 cv, que são transmitidos para as rodas traseiras via uma caixa de seis velocidades com patilhas da Xtrac.

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E para garantir que toda a performance desta motorização híbrida é explorada da forma mais eficaz possível, este CR-V herdou a suspensão dianteira do Acura NSX GT-3 e a suspensão traseira (adaptada) do Dallara IR-18 de Indycar.

O sistema de travagem é da Brembo, herando do Acura NSX GT-3 os discos dianteiros de 380 mm de diâmetro, enquanto os discos traseiros de 355 mm são únicos para encaixar na suspensão traseira adaptada do monolugar de Indycar da Dallara.

A Honda diz que da linha de cintura para cima este é um CR-V igual aos outros — para-brisas e volume do habitáculo são os mesmos do modelo de série.

Já da linha de cintura para baixo, o CR-V Hybrid Racer não tem nada a ver: este «monstro» conta com um chassis tubular e a parte inferior da carroçaria é feita em fibra de carbono.

Para já a Honda não revelou quaisquer detalhes acerca da performance deste «Frankenstein do asfalto», mas a julgar pelas características e poucos números divulgados devem ser impressionantes.

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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