Volkswagen Passat 2024 é o maior de sempre e promete eHybrid capaz de 100 km

O Volkswagen Passat nunca foi um automóvel que despertasse paixões, tendo os critérios de racionalidade — espaço, qualidade técnica, relação preço/qualidade — como principal trunfo para convencer clientes ao longo do último meio século.

Agora entra na nona geração disponível apenas como Passat Variant, a carrinha. O que já acontecia na geração atual, desde 2022, com o fim de produção da berlina.

Em veículos de filosofia conservadora, como o Passat Variant, nunca acontecem revoluções quando chega uma nova geração e este caso não é diferente, podendo-se usar na perfeição a estafada expressão “evolução na continuidade” para o definir.

Apesar de estar a ser revelada agora, já pudemos conduzir a nova geração do Passat Variant em julho, ainda que aos comandos de uma unidade de pré-produção:

Chega ainda este ano

Mais espaço e autonomia. Ao volante do novo Volkswagen Passat eHybrid

A nova geração do Volkswagen Passat só existirá como Variant (carrinha). Chega ainda este ano e já conduzimos o novo eHybrid, com mais de 100 km de autonomia.

Joaquim Oliveira

A maior Volkswagen Passat de todas

Agora podemos finalmente ver a nova Passat Variant a descoberto, a maior de sempre, tendo crescido em (praticamente) todas as direções. Talvez não surpreenda, ao ter sido «associada» ao desenvolvimento da nova geração do Skoda Superb.

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Não foram só as dimensões que evoluíram. Uma das principais evoluções na carroçaria do novo modelo tem a ver com a sua (muito) mais apurada aerodinâmica — o C_x baixou de 0,31 para 0,25.

Dir-se-ia que os engenheiros e designers alemães terão aproveitado os ensinamentos colhidos no desenvolvimento do ID.7, tanto pela substancial melhoria aerodinâmica, como por alguma proximidade visual.

As muitas soluções técnicas adotadas reforçam essa proximidade com o elétrico ID.7: a persiana do radiador que só abre quando o arrefecimento é necessário e as cortinas de ar que otimizam os fluxos de ar junto às rodas e no arrefecimento dos travões.

Mas também os retrovisores exteriores desenhados para minimizar a superfície de contacto com o ar, a parte inferior traseira da carroçaria até ao difusor, orientação dos fluxos de ar junto aos pilares traseiros que, juntamente com o spoiler, reduzem a turbulência nesta zona.

Mais espaço…

Esta é a primeira aplicação da plataforma MQB evo — quase em simultâneo com o novo Tiguan que partilha o «esqueleto» e também o painel de bordo e motorizações —, que surge com diversas novidades tanto em termos de hardware como de software.

Chega em 2024

Conduzimos a terceira e última geração a combustão do Volkswagen Tiguan

Em fevereiro de 2024 chegará ao mercado o novo Volkswagen Tiguan, na sua terceira e última geração. Já o guiámos, ainda com camuflagem.

Joaquim Oliveira

Os visitantes do Salão de Munique (abre a 5 de setembro), onde o novo Volkswagen Passat Variant será uma das estrelas, irão poder confirmar que as maiores dimensões exteriores refletem-se na oferta de mais espaço a bordo.

Sobretudo nos bancos traseiros, onde o efeito de anfiteatro (segunda fila de assentos mais elevada do que a primeira) agrada.

… e mais tecnologia

A procura de coerência entre os Volkswagen com motores de combustão e os elétricos ID é igualmente visível no painel de bordo.

Essa «colagem» também é evidente no habitáculo onde o ecrã de infoentretenimento pode ser de 12,9”, de série ou, opcionalmente, de 15″. Os sliders (comandos táteis deslizantes) foram melhorados e possuem agora retroiluminação, uma lacuna muito criticada nos primeiros modelos ID da marca alemã.

O software usado no infoentretenimento (geração MIB4) é em tudo similar ao que acaba de ser estreado no ID.7. Toda a lógica de controlo, possibilidades de personalização, gráficos, vistas da instrumentação, etc, são os mesmos.

Também aqui o seletor da transmissão passou da consola central para a coluna de direção (uma haste com a mesma lógica de movimento que existe nos ID), libertando a zona entre os bancos dianteiros.

Outra evolução que agradará aos condutores do futuro Passat é a substituição do sistema de lâmina do anterior head-up display por um de projeção direta no para-brisas, como é comum nos automóveis de segmentos de mercado mais altos ou em marcas premium.

E a propósito de para-brisas, a preocupação em tornar o interior mais silencioso levou a que fosse aplicado vidro duplo tanto no para-brisas como nas janelas laterais, dianteiras e traseiras.

Percebe-se, portanto, que existem alguns «tiques» premium neste novo Passat. Desde os faróis HD Matrix, ao mencionado isolamento acústico reforçado, passando pelos bancos com vários programas de massagem e mesmo o upgrade no chassis.

Chassis evolui

O novo Volkswagen Passat Variant repete o esquema de suspensão do antecessor: MacPherson nas rodas dianteiras e independente multibraços (quatro braços) na traseira.

A grande novidade está no sistema opcional DCC Pro — amortecimento eletrónico variável —, que conta agora com duas válvulas. Uma válvula serve para a compressão e outra para a extensão, de forma a melhor controlar os movimentos da carroçaria.

É a primeira marca generalista a dispor desta tecnologia projetada para isolar melhor a carroçaria das irregularidades do piso e já pudemos constatar a sua eficácia — fiquem com as nossas primeiras impressões ao volante.

Empurrão elétrico

Ao olharmos para a oferta de motorizações percebemos o maior protagonismo da propulsão elétrica. Contudo, não há versão 100% elétrica. Se estão à procura de um «Passat» 100% elétrico, o ID.7 é essa opção:

Apresentação

Novo Volkswagen ID.7. “Passat” elétrico chega este ano com 700 km de autonomia

A Volkswagen acaba de apresentar o seu novo elétrico topo de gama, o ID.7, que vai chegar ao mercado português no outono.

Miguel Dias

O protagonismo elétrico é garantido pelas novas versões híbridas plug-in, ou eHybrid, em linguagem Volkswagen.

Estas passam agora a combinar um motor elétrico com um novo motor a gasolina com turbo de geometria variável com 1,5 l de capacidade — em vez do anterior de 1,4 l —, apresentando-se com dois níveis de potência: 204 cv (150 kW) ou 272 cv (200 kW).

Uma diferença que se deve a distintas aplicações de software: a versão menos potente dá prioridade à autonomia elétrica. Em ambos os casos, o binário máximo é de 400 Nm, estando limitado pela caixa automática de dupla embraiagem (DSG) de seis velocidades, a única aqui disponível. Todas as restantes motorizações usam a DSG de sete velocidades.

A propulsão elétrica do novo Volkswagen Passat Variant eHybrid é alimentada por uma bateria de 19,7 kWh (utilizáveis), praticamente o dobro do antecessor (10,6 kWh). Isto significa que a autonomia elétrica quase que duplica, para um valor a rondar os 100 km.

Como a geração anterior, a nova não permite combinar a motorização híbrida plug-in com a tração às quatro rodas, tal só é possível nas motorizações a combustão. Por outro lado, a capacidade de reboque do eHybrid aumentou de 1,6 toneladas para 2,0 toneladas.

Nas restantes motorizações destaque para a 1.5 eTSI de 130 cv ou 150 cv, que usa um pequeno motor elétrico e uma pequena bateria de 48 V para ajudar o motor de gasolina a andar mais e a gastar menos. Este quatro cilindros consegue ainda «desligar» dois cilindros quando há baixa ou nenhuma carga de acelerador para esse objetivo.

De resto, o novo Volkswagen Passat vai continuar a dispor de motorizações Diesel (2.0 TDI de 122 cv, 150 cv e 193 cv) e a gasolina (2.0 TSI de 190 cv ou 265 cv). As versões mais potentes de cada um deles só existem com tração às quatro rodas.

Quando chega?

O novo Volkswagen Passat Variant será revelado no Salão de Munique e as primeiras unidades deverão estar na estrada antes do encerrar do ano.

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Em Portugal, no entanto, só deverá iniciar comercialização no primeiro trimestre de 2024, não havendo ainda informações sobre os preços.

Já sabemos, contudo, as motorizações que integrarão a gama nacional do novo Volkswagen Passat Variant. Além das duas versões eHybrid (204 cv e 272 cv), estarão disponíveis o 1.5 eTSI de 150 cv e os 2.0 TDI nas versões de 122 cv e 150 cv.

Atualizado a 31 de agosto: adicionámos a informação relativa às motorizações que vão estar disponíveis em Portugal.

Joaquim Oliveira

Com mais de 30 anos de carreira, Joaquim Oliveira é um dos mais reputados jornalistas do setor automóvel. Colabora com a Razão Automóvel desde 2019.

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