Stellantis Pro One quer dominar o mundo. Estas são as ferramentas

A Stellantis está determinada em dominar o mundo dos veículos comerciais ligeiros, com a sua nova unidade de negócios e estratégia designada por Stellantis Pro One, que foi apresentada em outubro do ano passado.

Na altura, foi anunciada a união de seis marcas do grupo: Citroën, Fiat Comerciais, Opel/Vauxhall, Peugeot e Ram. Agora chegou o momento de conhecermos a grande maioria dos novos modelos desta “ofensiva sem precedentes”.

Para isso, a Stellantis levou-nos até à histórica fábrica de Rüsselsheim, na Alemanha, onde nos aguardavam 12 novos modelos para um primeiro contacto. Ou seja, três formatos (pequeno, médio e grande), com quatro interpretações diferentes (Citroën, Fiat Profissional, Peugeot e Opel), todos equipados com motores elétricos.

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Esta aposta nos comerciais por parte da Stellantis é justificada pelos resultados: representam um terço dos lucros de todo o grupo e, apenas em 2023, acumularam 1,7 milhões de unidades entregues.

A Europa e a América Latina estão empatados no topo em número de vendas, seguindo-se a África, o Médio Oriente e, por fim, a América do Norte.

A ambição não se fica por aqui. Segundo o plano Dare Forward 2030 da Stellantis, o objetivo é o de duplicar o valor global das receitas referentes aos veículos comerciais, entre 2021 e 2030. Para ir de encontro a essa meta, a Stellantis Pro One renovou em simultâneo (praticamente) toda a gama.

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Parece um momento digno de um «ataque dos clones», mas as alterações visuais efetuadas deram novas «caras» aos modelos que os aproximam da imagem de família das marcas respetivas. E também é possível encontrar algumas diferenças nos respetivos habitáculos.

Citroën

A Citroën destacou, neste evento, a sua história centenária em veículos comerciais e também a gama atual: Berlingo Van, Jumpy e Jumper, além do pequeno AMI Cargo.

Há motorizações a combustão, 100% elétricas e até movidas a hidrogénio, que são conjugadas com diferentes configurações em termos de carroçaria.

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Um dos maiores destaques vai para a presença dos assentos Citroën Advanced Comfort do Berlingo Van, por exemplo, com espuma de alta densidade e um melhor apoio, destinados a oferecer um nível de conforto mais elevado.

No Berlingo Van 100% elétrico — 136 cv e bateria de 50 kWh —, a autonomia ronda os 343 km (WLTP). Sendo que esta está disponível em três versões, com dois formatos de carroçaria, uma delas para carga ou passageiros.

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No equipamento, as novidades vão para a nova consola central para o smarthphone, que o permite integrar com o sistema do carro e para o espelho retrovisor com imagens de duas câmaras diferentes.

Fiat Professional

Do lado da Fiat Professional é também destacado mais de um século de história nos veículos comerciais, com o Fiat 24 hp de 1903 a dar início a este percurso. A sua gama atual é composta pelos modelos Doblò, Scudo e Ducato, sendo este último o mais destacado.

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A primeira geração do Fiat Ducato foi apresentada em 1981, como o primeiro veículo comercial ligeiro de tração dianteira, já equipado com um motor Diesel de injeção direta. Mais de 40 anos e mais de 3,5 milhões de unidades comercializadas, o Ducato está já na sua quarta geração e continua a ser o modelo mais desejado como base de conversão para autocaravanas (pelo 16.º ano consecutivo) na Europa.

Claro que o Ducato também conta com diversas hipóteses de configuração, graças a quatro comprimentos de chassis e uma carroçaria com três hipóteses de altura.

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Na sua versão 100% elétrica, vem com uma bateria de 110 kWh, com possibilidade de carregamentos rápidos (DC) até 150 kW e anuncia uma autonomia máxima de 420 km (WLTP). O motor tem uma potência máxima de 270 cv e um binário de 410 Nm.

Durante o evento da Stellantis Pro One e ao volante do Fiat e-Ducato, pude comprovar que a câmara traseira oferece uma visão de tudo o que se passa «lá atrás», com as imagens a serem disponibilizadas no espelho retrovisor digital ou no enorme ecrã tátil central de 10”.

Opel

A «jogar» em casa, na fábrica de Rüsselsheim, a Opel recorda que, em termos de história, já são mais de 125 anos no currículo e que, atualmente, a sua gama de modelos eletrificados já conta com 15 propostas.

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No que diz respeito aos veículos comerciais, a escolha recai nos mesmos três formatos, mas com os nomes Combo, Vivaro e Movano. O Vivaro já se encontra em comercialização em versões com motor de combustão, 100% elétricas e até movidas a hidrogénio, com uma autonomia superior a 400 km.

A adição mais recente à gama de comerciais da Opel é o Rocks Electric Kargo, o irmão «gémeo» do Citroën AMI.

A gama comercial da Opel também acaba de ficar visualmente mais próxima à gama de carros de passageiros, ao receberem a identidade Opel Vizor, na secção dianteira.

Como elementos característicos da marca, destaque para a presença do sistema de iluminação Intelli-Lux LED Matrix.

Na Opel, é o Vivaro — furgão de tamanho médio — que é dado destaque, oferecendo quatro configurações de carroçaria e duas hipóteses de escolha em termos de comprimento.

Peugeot

A quarta marca em destaque neste evento da Stellantis Pro One é a Peugeot. A marca francesa dá maior destaque ao seu modelo mais pequeno, o Partner. Precisamente aquele que também sai da linha de montagem da fábrica de Mangualde.

O Peugeot Partner é até o que já tivemos oportunidade de conduzir na sua versão a hidrogénio.

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Além das diferenças visuais (sobretudo à frente), o habitáculo também já conta com uma versão adaptada do conhecido i-Cockpit que a Peugeot inclui nos seus novos modelos. Inclui um volante de tamanho mais compacto e um painel de instrumentos sobrelevado, para garantir uma melhor visualização.

Em termos de equipamento está presente um painel de instrumentos digital e um ecrã tátil central, além do espelho retrovisor digital com imagens da câmara traseira.

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O Peugeot E-Partner, na versão 100% elétrica, tem um motor de 136 cv e 270 Nm, que é alimentado por uma bateria de 50 kWh, suficiente, segundo a marca, para garantir uma autonomia máxima de 343 km. No volante, estão presentes hastes que permitem regular a intensidade do sistema de regeneração, num total de três níveis.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

Citroën, Fiat, Opel, Peugeot

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