Notícias Novo Renault Rafale. Os 6 destaques que precisam de saber

Apresentação

Novo Renault Rafale. Os 6 destaques que precisam de saber

O Renault Rafale é um novo «SUV-coupé» e assume-se como o topo de gama do construtor. Lançamento previsto para o último trimestre do ano.

© Renault

Fomos a Paris, em França, conhecer o novo Renault Rafale, um novo «SUV-coupé» que se assume como o novo topo de gama do construtor gaulês.

O Rafale junta-se ao Espace como a aposta da Renault para o segmento D, depois de ter renovado e reforçado a sua aposta no segmento C, um patamar abaixo, com o Mégane E-Tech, Arkana e Austral.

A aposta nestes dois segmentos foi um dos elementos chave do plano Renaulution, revelado há um par de anos.

© Renault

O novo Rafale destaca-se por ser o primeiro desenhado de «fio a pavio» pelo novo chefe de design da Renault, Gilles Vidal; por estrear uma nova motorização híbrida plug-in de 300 cv; e por introduzir vários equipamentos tecnológicos.

Altura de conhecer o Renault Rafale em mais detalhe.

© Renault O nome Rafale vem de um avião fabricado pela… Renault. Fiquem a saber um pouco mais sobre as suas origens, seguindo esta ligação.

Não é rival do Peugeot 408

Talvez o primeiro aspeto a ser esclarecido sobre o Rafale é de que não se trata de um concorrente do Peugeot 408, apesar de serem inegáveis as semelhanças entre as duas propostas francesas.

Apesar do facto de ambos terem sido desenhados sob a batuta de Gilles Vidal — antes da Renault, Vidal era chefe de design da Peugeot —, a Renault reforça o distanciamento do Rafale pelo seu posicionamento superior.

A Renault posiciona o Rafale no segmento D, um segmento acima do 408, apesar de ambos terem dimensões similares, aparte à altura: o Rafale é 132 mm mais alto (1,61 m).

© Renault

Além disso, enquanto o 408 vê a sua gama começar com o mais modesto 1.2 PureTech de 130 cv, a motorização de acesso do Rafale é o E-Tech full hybrid de 200 cv.

O primeiro sob a batuta de Gilles Vidal

Gilles Vidal assumiu a liderança do design da Renault no final de 2020, mas só recentemente começamos a ver a sua «marca». O protótipo que antecipa o futuro Scénic — que já vos apresentámos em vídeo —, deu-nos a conhecer, em 2022, o que esperar do design dos futuros Renault.

O primeiro a adotar elementos da nova identidade foi conhecido já este ano: o restyling do Clio. Porém, o Rafale é o primeiro Renault desenhado de raíz sob a batuta de Vidal. Ou seja, é o primeiro a integrar totalmente a nova linguagem da marca.

Esta nova linguagem demarca-se pelas formas esculpidas e curvas generosas, integrando pormenores tecnológicos variados e linhas de «caráter» vincadas com o intuito de «esticar a pele» sobre a carroçaria.

Com a nova linguagem vem também uma nova «face». Esta integra uma nova assinatura luminosa — desaparece a assinatura em “C” —, inspirada pelo símbolo em forma de diamante da Renault. O tema visual do diamante é recorrente no exterior e interior do Rafale.

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Também a grelha dianteira adota um padrão em diamante tridimensional, cuja estrutura foi desenhada recorrendo a inteligência artificial usando um programa de modelação paramétrica (permitindo experimentar rapidamente múltiplos padrões mudando algumas variáveis).

Os grupos óticos traseiros também são novos e mais retilíneos no seu desenvolvimento, cuja forma foi inspirada pelo puzzle chinês tangram. Ao contrário do que é a norma, os farolins traseiros não estão unidos por uma barra luminosa.

Vai estrear uma motorização híbrida Plug-in de 300 cv

Uma das grandes novidades do Renault Rafale é a estreia de uma nova motorização híbrida plug-in, que anuncia 300 cv de potência.

© Renault O tom Alpine Blue é uma estreia nos modelos da Renault.

Contudo, a Renault acabou por não divulgar quase nenhuns detalhes sobre esta motorização — capacidade da bateria, autonomia em modo elétrico, performance.

O que sabemos é que para atingir este valor de potência foi adicionado um motor elétrico ao eixo traseiro, fazendo deste Rafale um veículo com tração às quatro rodas.

A motorização base é a E-Tech full hybrid de 200 cv, que já conhecemos do Austral e Espace. Esta é composta por um três cilindros com 1.2 l e turbocompressor com 131 cv, mais dois motores elétricos. Um com responsabilidades motrizes, com 50 kW (68 cv) e outro que faz de gerador com 25 kW (34 cv).

© Renault Ainda não sabemos os detalhes da nova motorização híbrida plug-in do novo Rafale, mas aqui podemos ver um esquema da mesma, com o motor de combustão e os dois motores elétricos.

A transmissão é uma caixa multimodo que associa quatro relações ao motor de combustão e duas ao motor elétrico. As diferentes combinações possíveis permite até 15 relações.

Por enquanto não foram anunciadas mais motorizações, mas as agora conhecidas vão ser associadas ao sistema 4Control, ou seja, o eixo traseiro será direcional.

As aptidões dinâmicas do Rafale são enaltecidas pela Renault. Não só pela agilidade e estabilidade que o sistema 4Control adiciona, como pelo eixo traseiro multilink, as vias 40 mm alargadas relativamente ao Espace e a direção mais direta (13:1).

© Renault As rodas do Rafale são também mais largas que as do Espace. A Renault anuncia 245 mm de largura.

É um «SUV-coupé», mas tem muito espaço atrás

Se os «SUV-coupé», devido à sua silhueta, podem limitar o espaço dedicado os passageiros traseiros, especialmente em altura, a Renault assegura-nos que isso não acontece no Rafale.

O topo de gama da Renault anuncia 880 mm de altura útil atrás, apenas 12 mm a menos que o Espace, que tem uma linha de tejadilho horizontal.

Os predicados familiares do Rafale são também enaltecidos pela capacidade da bagageira que ascendem a generosos 647 l, mais que suficientes para a maioria das necessidades.

Tem um teto panorâmico que escurece aos nossos comandos

O generoso espaço em altura atrás foi também conseguido devido à estreia do novo e vasto teto panorâmico Solarbay (1470 mm por 1117 mm), que permitiu ganhar 30 mm adicionais em altura.

Um ganho só possível pela tecnologia empregue. O teto panorâmico Solarbay prescinde das habituais cortinas físicas e integra um sistema ativo que pode escurecer, à nossa vontade, os nove segmentos que o compõem. E até o podemos controlar com comandos de voz, via o Google Assistant integrado.

Apesar de não ser uma tecnologia nova, é a primeira vez que a vemos num modelo que não pertence a uma marca de luxo ou premium.

Há novos grafismos para os instrumentos e infoentretenimento

O design do interior do Renault Rafale segue a linha já vista nos Austral e Espace, com os dois ecrãs a ganharem destaque: um horizontal de 12,3″ para o painel de instrumentos e outro vertical central de 12″, para o sistema de infoentretenimento.

Se o sistema OpenR introduzido pelo Mégane E-Tech, e atualizado para o Austral e Espace, é em tudo idêntico (tem como base o Android Automotive 12 da Google), visualmente é novo.

O sistema OpenR ao integrar várias aplicações e serviços do Google, permite instalar até 50 aplicações (dependendo da região e mercado), diretamente do Google Play. Não faltam, no entanto, o Android Auto e o Apple CarPlay, sem fios.

O novo Renault Rafale vem ainda com 32 assistentes à condução divididos em três categorias: condução, segurança e estacionamento. E inclui o controverso ISA ou Assistente Inteligente de Velocidade, um dos novos sistemas impostos pela UE. Previsivelmente, o Rafale já permite condução semiautónoma (Nível 2).

Quando chega?

O Renault Rafale será lançado no último trimestre deste ano e, por agora, não foram avançados preços.

Contudo, tendo em consideração o Espace, cujo preço começa pouco acima dos 48 mil euros no nosso país, com a motorização E-Tech full hybrid 200 cv, o Rafale deverá apresentar um preço de entrada similar.