Desde 38 711 euros
Volkswagen T-Roc foi renovado. Mas mudou o suficiente para se manter competitivo?
Para descobrir se a renovação do Volkswagen T-Roc o manteve competitivo pusemo-lo à prova na versão R-Line com o 1.5 TSI de 150 cv.

Lançado em 2017, o Volkswagen T-Roc tem sido um caso sério de sucesso. Mas a concorrência não dá descanso, estando constantemente a evoluir, tornando mais difícil a tarefa do SUV «made in Portugal».
Ora, para garantir que continua a ser um dos protagonistas do segmento, o T-Roc foi alvo de uma atualização, a mais substancial até agora. Foi suficiente para manter a competitividade do SUV «português»?
Para descobrir testei o T-Roc na versão R-Line, de carácter mais desportivo, com o 1.5 TSI de 150 cv.
A NÃO PERDER: Hyundai Kauai Hybrid foi renovado e tem mais rivais. Ainda é opção a ter em conta?
Interior mudou por completo
Enquanto o exterior do T-Roc apresenta mudanças discretas, o interior do SUV alemão, por outro lado, foi substancialmente renovado e, à primeira vista, a aposta parece ter corrido bem.
Para começar, os materiais usados são mais agradáveis ao toque, colocando o T-Roc entre as referências do segmento neste capítulo. Ao mesmo tempo, o novo tabliê adota um visual mais moderno e em linha com o de outras propostas mais recentes da Volkswagen.

Felizmente não abandonou por completo os comandos físicos para a climatização. Ainda assim, os comandos hápticos adotados exigem alguma habituação, pois é fácil acioná-los inadvertidamente, exigindo um período maior de habituação.
LEIAM TAMBÉM: Nissan Juke Enigma testado. Será que ainda tem algo a esconder?Em tudo o resto o T-Roc continua igual a si próprio, e ainda bem. A habitabilidade coloca-o junto das referências do segmento, se bem que no campo da modularidade interior o seu «irmão mais novo», o T-Cross, faz um pouco melhor, cortesia dos bancos traseiros ajustáveis longitudinalmente.

Carácter desportivo ou «fogo de vista»?
O T-Roc nesta configuração, equipado com o 1.5 TSI de 150 cv e o nível R-Line, sinónimo de uma série de detalhes exclusivos, conferem ao SUV da Autoeuropa um carácter mais desportivo.
Pessoalmente, é uma configuração que «assenta» particularmente bem ao T-Roc. Afinal de contas, o modelo alemão sempre teve um traço mais jovial e dinâmico que outros modelos da Volkswagen, não assumindo tanto uma aparência de veículo familiar como acontece com alguns rivais.

Já o 1.5 TSI de 150 cv e 250 Nm mantém-se «igual a si próprio», e apesar de não contar com qualquer novidade, é, a meu ver, a opção mais equilibrada para quem quer um T-Roc a gasolina.
O 1.0 TSI de 110 cv acaba por ser algo «curto» para um SUV como o T-Roc e esta versão de 150 cv é capaz de conjugar bons consumos com prestações bastante interessantes.
Acoplada ao 1.5 TSI temos a caixa DSG (dupla embraiagem) de sete relações que revelou ser rápida a reagir e suave na sua atuação, permitindo efetuar ultrapassagens com à vontade e, acima de tudo, segurança.
Já quando circulamos com o T-Roc com passageiros e bagagem, os 250 Nm de binário disponíveis entre as 1500 rpm e as 3500 rpm permitem uma agradável desenvoltura.

Quanto ao comportamento, a adoção de jantes de 19” e pneus 225/40 revelou ser uma boa escolha, com o T-Roc a ser seguro e previsível sem se tornar «aborrecido» de conduzir. É verdade que não é tão divertido como o Ford Puma, mas o modelo alemão não desilude quem não abdica de um comportamento mais interativo.
Tudo isto é conseguido sem prejudicar em demasia o conforto, algo crucial num modelo de carácter mais familiar. O único «senão» da adoção destas jantes de maiores dimensões é o maior ruído de rolamento em autoestrada.
Anda bem, mas com apetite moderado
Por fim, e como referi, o 1.5 TSI permite conjugar boas prestações e consumos moderados, algo que ficou patente nas médias que o computador de bordo anunciava no final deste teste: 6,5 l/100 km. Um valor alcançado com uma condução que esteve longe de estar focada nos consumos.

Quando conduzir para os consumos se tornam uma prioridade as médias fixaram-se nuns simpáticos 5,5 l/100 km, muito por «culpa» da capacidade deste motor em trabalhar apenas com recurso a dois cilindros quando circulamos a velocidade estabilizada e moderada.
Descubra o seu próximo carro:
É o carro certo para si?
O Volkswagen T-Roc consegue alcançar algo particularmente interessante: sem estar focado totalmente nas tarefas familiares, o SUV alemão consegue estabelecer-se como uma proposta eficaz a esse nível, sendo capaz de responder às necessidades de uma jovem família sem «alienar» os clientes que procuram um modelo com um pouco mais de estilo.
Nesta versão R-Line com o 1.5 TSI de 150 cv os consumos continuam contidos ao mesmo tempo que as prestações que oferece já permitem explorar mais os dotes dinâmicos do T-Roc.
Preço
unidade ensaiada
Versão base: €38.711
IUC: €172
Classificação Euro NCAP:
- Motor
- Arquitectura: 4 cilindros em linha
- Capacidade: 1498 cm3
- Posição: Dianteira transversal
- Carregamento: Injeção direta + Turbo + Intercooler
- Distribuição: 2 a.c.c., 4 válvulas por cilindro (16 válv.)
- Potência: 150 cv entre as 5000-6000 rpm
- Binário: 250 Nm entre as 1500-3500 rpm
- Transmissão
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: Automática DSG de 7 relações
- Capacidade e dimensões
- Comprimento / Largura / Altura: 4251 mm / 1819 mm / 1584 mm
- Distância entre os eixos: 2590 mm
- Bagageira: 445 litros
- Jantes / Pneus: 225/40 R19
- Peso: 1339 kg
- Consumo e Performances
- Consumo médio: 6,5 l/100 km
- Emissões de CO2: 149 g/km
- Vel. máxima: 205 km/h
- Aceleração: 8,6s
-
Equipamento
- Digital Cockpit Pro
- Faróis dianteiros em LED Performance
- Park Assist
- Ar Condicionado Climatronic "Touch"
- Espelhos Rebatíveis eletricamente
- Câmara Traseira
- Jantes em liga leve 17' "Valência"
- Barras de tejadilho cromadas
- Volante multifunções em couro
- Apple Car Play e Android Auto
- Pacote Driver Assistance (inclui: Cruise Control Adaptativo ACC; Sistema "Front Assist" com sistema de travagem de emergência em cidade; Assistente de luzes máximo)
- Sensor de chuva
- Sistema "Lane Assist"
- Sistema de detecão de fadiga
- Monitorização da pressão dos pneus
- Light Assist
Avaliação
- Qualidade dos materiais melhorada
- Espaço habitável
- Relação conforto/comportamento
- Conjunto motor/caixa
- Comandos hápticos da climatização e do volante exigem habituação
- Preço
Sabe responder a esta?
Qual é a capacidade da bagageira do Citroën C4?
Não acertou..
Mas pode descobrir a resposta aqui::
Testámos o Citroën C4. O regresso dos Citroën de outros tempos?Em cheio!!
Vá para a próxima perguntaou leia o artigo sobre este tema:
Testámos o Citroën C4. O regresso dos Citroën de outros tempos?Mais artigos em Testes, Ensaio
©2022 RAZÃO AUTOMÓVEL