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V12 Cosworth do T.50 de Gordon Murray já se deixou ver e ouvir
Mais um importante marco alcançado no desenvolvimento do T.50. É a primeira vez que vemos o 3.9 V12 Cosworth completamente montado e a funcionar.

O futuro T.50 da Gordon Murray Automotive promete. O “pai” do McLaren F1, Gordon Murray, partilhou com o mundo o alcançar de mais um marco no seu desenvolvimento: o primeiro acordar do 3.9 V12 desenvolvido pela Cosworth.
Desde que ficámos a saber que estava a desenvolver um novo superdesportivo, Gordon Murray não tem sido tímido na divulgação das especificações do futuro modelo.
Do que já foi avançado daquele que consideramos como o verdadeiro sucessor do McLaren F1, temos de admitir que as expetativas são grandes.
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Três lugares, com o do condutor ao meio, tal e qual o F1; V12 atmosférico capaz de fazer 12 100 rpm (!); tração traseira e caixa manual de seis velocidades; menos de 1000 kg; e nem falta uma ventoinha de 40 cm de diâmetro atrás para efeitos aerodinâmicos (e não só).
Não é comum podermos “acompanhar” passo a passo o desenvolvimento de um superdesportivo que promete uma experiência de condução com muito pouco de digital ou sintética.
E agora, alguns meses após termos conhecido o três cilindros que serviu de modelo para validar todas as soluções a colocar no 3.9 V12 atmosférico que equipará o T.50, a Gordon Murray Automotive publicou um pequeno filme, onde vemos o motor, agora sim, completo, ser ligado pela primeira vez num banco de potência:
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Sendo o primeiro teste ao estridente motor desenvolvido pela Cosworth, ainda não é desta que o vemos, ou melhor, ouvimos atingir as prometidas 12 100 rpm — ficou-se por umas “pachorrentas” 1500 rpm.
Quando o desenvolvimento estiver completo, este 3.9 V12 da Cosworth, debitará 650 cv às 12 100 rpm (700 cv com efeito “ram air”) e 467 Nm… às 9000 rpm. Não te assustes com as 9000 rpm em que o binário máximo é atingido. Para garantir uma fácil utilização no dia a dia, a Gordon Murray Automotive diz que 71% do binário máximo, ou seja, 331 Nm, estará disponível às 2500 rpm.
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O 3.9 V12 além de prometer ser o “V12 naturalmente aspirado com a mais alta rotação, mais rápida resposta, (e) maior densidade de potência”, promete também ser o mais leve alguma vez usado num automóvel de estrada.

Acusa “apenas” 178 kg, um valor notável para um V12 e um importante contributo para garantir os 980 kg prometidos para o T.50, um valor extraordinariamente baixo considerando o tipo de veículo que se trata.
Para efeitos de comparação, o fantástico BMW S70/2 usado no McLaren F1 acusa na balança mais de 60 kg de diferença. Como conseguiu ser tão leve assim? O bloco do motor é em alumínio de elevada densidade, e a cambota, apesar de ser em aço, pesa apenas 13 kg. Há depois uma série de componentes em titânio que ajudam a reduzir a massa do V12 como bielas, válvulas e a carcaça da embraiagem.
Como já referimos mais acima, acoplado ao V12 estará uma transmissão manual de seis velocidades que também promete ser um peso-pluma, com apenas 80,5 kg — cerca de 10 kg abaixo da usada no F1. E com Murray também a prometer “o melhor passar de caixa no mundo”.
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Quando é que o T.50 será revelado?
Apesar do desenvolvimento ainda estar a decorrer, o T.50 será revelado brevemente, no dia 4 de agosto. A produção, no entanto, só arrancará em 2021, e as primeiras unidades só serão entregues em 2022. Serão produzidos apenas 100 T.50, com 25 unidades adicionais a terem como destino os circuitos — Gordon Murray quer levar o T.50 às 24 Horas de Le Mans.
O preço por unidade deverá começar nos… 2,7 milhões de euros.
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