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Os próximos Honda híbridos vão ter o motor a combustão mais eficiente do mundo

A aposta nos híbridos é para continuar e a Honda diz que a próxima geração também equipará o motor a combustão mais eficiente do mundo.

Honda Prelude 2025 - 3/4 de frente
© Honda

Os veículos 100% elétricos não estão a ter a receção que se esperava. A Honda foi mais um dos construtores a dar um passo atrás e a adaptar a sua estratégia para investir na tecnologia que está a ganhar momento: os híbridos.

Entre 2027 e 2030, a marca vai lançar 13 novos híbridos que, segundo a própria, vão ajudar a atravessar este período de transição para a mobilidade 100% elétrica. A Honda continua a acreditar que os elétricos são a solução ideal para alcançar a neutralidade carbónica a longo prazo.

O lançamento desta nova geração de híbridos não é uma novidade absoluta — já o tinham anunciado —, mas agora sabemos que serão equipados com o que a Honda descreve como o “motor a combustão mais eficiente do mundo”.

Sistema e:HEV mais eficiente

Ainda não sabemos muitos detalhes, nem que modelo irá estrear esta nova motorização, mas já sabemos que vão estar disponíveis em duas variantes: 1,5 litros e 2,0 litros. Precisamente as mesmas capacidades que encontramos nos Jazz e Civic atualmente em comercialização.

Honda Jazz
© Honda O Honda Jazz equipa um motor 1.5 l e anuncia uma potência combinada de 109 cv e 4,4 l/100 km em ciclo combinado WLTP.

Fica assim por saber se são unidades novas ou evoluções das atuais, mas uma coisa é certa: vão ser muito mais eficientes, de acordo com a Honda.

Se nos cingirmos aos motores a gasolina, a eficiência não é um argumento. A família de motores Dynamic Force da Toyota — 2,0 litros e 2,5 litros — é, atualmente, a que declara maior eficiência térmica: 40% ou 41% quando integrado num sistema híbrido. O construtor já está a desenvolver uma nova geração de motores, mais eficiente, mas também com maior performance.

A Nissan tem em desenvolvimento um motor a gasolina com 50% de eficiência térmica — bem superior à dos motores Diesel atuais —, mas servirá apenas de gerador em sistemas híbridos — não está ligado às rodas. A especificidade da função, que limita o funcionamento a um intervalo reduzido de rotações (o mais eficiente), é uma das medidas para alcançar os 50%.

Não é o caso da Honda. O seu sistema híbrido é do tipo série-paralelo, o que implica, em determinados cenários de condução, que o motor de combustão seja o de propulsão — vai continuar a ser assim na próxima geração?

Para aumentar a eficiência, a Honda diz que estes motores vão conseguir operar com o máximo de eficiência num intervalo mais alargado de rotações. Como exemplo, a marca japonesa diz que o bloco de 1,5 litros disponibilizará o seu binário máximo numa faixa de rotações ampliada em 40%, sem prejudicar a performance. Terá “a melhor performance térmica do mercado”, garante a Honda.

Redução de custos é uma certeza

Além do motor a gasolina mais eficiente, a Honda também diz que a unidade elétrica do sistema híbrido também será mais leve e compacta que as atuais. Além disso, este novo sistema híbrido será estreado numa nova plataforma, que deverá reduzir em 90 kg o peso do veículo. No final, a Honda espera uma poupança de 10% nos consumos.

Honda Civic, perfil
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel O sistema híbrido (e:HEV) do Civic recorre a um motor de 2,0 litros com 184 cv de potência máxima combinada e anuncia 4,7 l por cada 100 quilómetros percorridos.

Mas há mais garantias. Do ponto de vista da produção, a Honda assegura que os 13 modelos previstos entre 2027 e 2030 serão mais baratos de fabricar, graças à partilha de, pelo menos, 60% dos seus componentes e à redução de 30% nos custos de produção do novo sistema híbrido.

Apesar de ter revisto em baixa o investimento planeado nos veículos elétricos, a Honda continua a ver os 100% elétricos como parte essencial da sua estratégia futura.

Para já, no entanto, será com os híbridos que a marca pretende atravessar este “período de transição” até à eletrificação total.

Como afirmou Toshihiro Mibe, diretor-executivo da Honda, o objetivo passa por oferecer uma gama híbrida abrangente e competitiva, ao mesmo tempo que se prepara o caminho para a massificação dos elétricos.

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