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Condução Autónoma

Carros autónomos são mais seguros? A resposta está nos números

Em mais de 11 milhões de quilómetros, os carros autónomos da Waymo registaram muito menos acidentes e ocorrências que os conduzidos por humanos.

Waymo Jaguar I-Pace frente
© Waymo

A Waymo, a divisão da Google dedicada à condução autónoma — surgida em 2016, mas remonta a 2009 —, conta agora com cerca de 700 mil boleias públicas nos dois estados norte-americanos onde opera (Califórnia e Texas) e quase 11,5 milhões de quilómetros percorridos com passageiros a bordo.

Uma amostra suficientemente grande para fazer um estudo comparativo entre os veículos autónomos e os conduzidos por humanos.

Waymo, Chrysler Pacifica e Jaguar I-Pace
© Waymo O Chrysler Pacifica e o Jaguar I-Pace são os dois modelos que compõem a frota de cerca de 250 veículos da Waymo

O que o relatório conclui é que a condução autónoma reduz significativamente as taxas de acidentes (reportadas pela polícia), comparativamente às taxas de acidentes por condutores humanos.

Como é feita a comparação?

Apesar de não haver uma métrica que consiga demonstrar a segurança da condução autónoma, a Waymo dá especial ênfase ao “número de acidentes durante a condução autónoma por milha (1,6 km) em comparação com a condução humana“.

Através desta métrica, a empresa da Google chega à conclusão que, em relação às estatísticas humanas, a condução autónoma diminui em 85% a taxa de acidentes com feridos, ou seja, é 6,8 vezes mais baixa. Só foram registados apenas três acidentes com feridos nos veículos autónomos da Waymo.

Também o número de ocorrências registadas é inferior em 57%, ou seja 2,3 vezes menos, em comparação à condução humana.

Sistema LIDAR da Waymo montado no tejadilho
© Waymo

Em números absolutos isto significa que a Waymo, em 7,1 milhões de milhas percorridas (cerca de 11,4 milhões de quilómetros), teve menos 17 acidentes e 20 menos ocorrências policiais registadas — comparando a mesma distância, na mesma área, com a condução humana.

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Porém…

A Waymo alerta que comparar diretamente as duas formas de condução — autónoma e humana — é algo deveras difícil, uma vez que nem todos os acidentes são registados, sobretudo os de menor gravidade (os «toques» a baixa velocidade).

Para além disto, as diferentes condições de condução entre as duas formas — uma vez que os dados de acidentes que envolvem condução humana incluem todos os tipos de estradas, como as autoestradas, vias onde os veículos da Waymo não circulam —, acabam por deturpar os números.

gráfico de acidentes e ocorrências nas cidades onde a Waymo opera e comparação com condução humana
Gráfico que compara incidência de acidentes e ocorrências entre condução autónoma e humana nas cidades onde a Waymo está localizada

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