Autopédia Conhece todos os níveis da condução autónoma

Condução autónoma

Conhece todos os níveis da condução autónoma

Numa altura em que se fala muito de condução autónoma, é importante saber que existem diferentes níveis de automaticidade, e quais as diferenças entre eles, é isso que explicamos neste artigo.

Volvo, condução autónoma

Os sistemas de apoio à condução vão evoluindo, cada vez mais, para sistemas de condução autónoma. Alguns construtores já os têm até muito evoluídos, castrados ainda pelas legislações, como é o caso dos novos Audi A6, A7 e A8. Outros, como é o caso da Porsche, vão resistindo alegando o “prazer de condução” dos seus modelos. Certo é que o mesmo aconteceu com a eletrificação dos automóveis e hoje, arriscaríamos dizer que não há construtor generalista sem um modelo eletrificado.

Certo é que a Jaguar Land Rover investiu  2,4 milhões de euros no projeto de condução autónoma, que já testa veículos com nível 4 no Reino Unido, desde novembro de 2017. A BMW investiu sete mil milhões de euros em elétricos e condução autónoma, e a Lexus anuncia a condução autónoma já para 2020. Isto para dar apenas alguns exemplos.

Regressando à condução, e ainda que já tenhamos publicado sobre o tema, é importante saber os níveis que existem e as diferenças entre eles, para perceber quais os que exigem intervenção do condutor e os que… nem por isso.

A classificação de um veículo como autónomo ou não depende, naturalmente, do papel do condutor. Há um consenso a nível mundial, entre as várias entidades que têm procedido a esta classificação, sobre os níveis de autonomização dos veículos. Em 2014, a Sociedade Internacional de Engenheiros Automóveis (SAE), classificou a autonomização em níveis: do primeiro nível em que é necessária a intervenção constante do condutor e o automóvel está desprovido de qualquer sistema de ajuda à condução, ao último nível em que o sistema é totalmente autónomo, dispensando qualquer intervenção do condutor.

Os níveis

Nível 0Tudo é controlado pelo condutor. Não existem sistemas de cruise control, assistência à travagem, nem qualquer outro tipo de auxílio à condução;

Nível 1 — Existe um ou mais sistemas de ajuda à condução, no entanto o condutor tem de assumir o controlo frequentemente;

Nível 2 — Existem vários sistemas de ajuda à condução, no entanto o condutor é obrigado a detetar a presença de obstáculos e a assumir o controlo da viatura quando necessário;

Nível 3 — É o primeiro nível mais avançado, com uma condução “semi-autónoma”, e que em alguns países já requer autorizações para utilização na via pública. Permite que o condutor desvie a atenção da estrada em determinadas situações, como em auto-estradas, já que o sistema deteta a presença de outros veículos e consegue ler a maioria da sinalização vertical. O condutor deve estar preparado para assumir o controlo se e quando necessário;

Nível 4 — É o nível já muito avançado de condução autónoma em que o automóvel é capaz de controlar tudo em redor. Por questões de segurança o condutor no entanto pode ter que intervir. Já existem construtores com automóveis com condução autónoma nível 4, no entanto a legislação da maior parte dos países ainda não permite que esta funcione a 100%.

Nível 5 — É o nível máximo. A definição do destino, o arranque do motor e todas as manobras são efetuadas de forma 100% autónoma, não sendo necessária qualquer intervenção humana na condução.

O que é o LIDAR?
O LIDAR é o sistema base da condução autónoma. É uma tecnologia ótica de deteção remota que mede propriedades da luz refletida de modo a obter a distância e/ou outra informação a respeito de um determinado objeto distante, através da tecnologia de Laser. Por ser um sensor remoto ativo, ou seja, envia sinais à superfície da Terra e regista o sinal refletido, não é afetado pela falta de luminosidade nem por outras variáveis como as condições climatéricas.

Para terem uma noção, o sistema AutoPilot da Tesla, um dos mais conhecidos e falados, corresponde “apenas” ainda ao nível 2.

Os testes com níveis mais avançados vão acontecendo um pouco por toda a parte, incluindo no nosso país, mas a legislação terá que ser criada para prever todas as situações.

Não se sabe ao certo quando teremos automóveis com condução autónoma de nível 5 a circular em estradas europeias de forma legal — as previsões variam entre 2025 e 2030 — mas uma coisa é certa, a condução autónoma vem revolucionar o conceito de automóvel tal como o conhecemos hoje.

Agora um desabafo… o que me preocupa não é a evolução e a chegada dos avançados sistemas de nível 5, é mesmo o facto de estes poderem vir a não ser opcionais.

Atualmente, a maioria dos sistemas de auxílio à condução são possíveis de serem desligados. Podemos usar ou não o cruise control, podemos usar ou não o controlador da faixa de rodagem, assim como a travagem de emergência. E no futuro? Teremos pedais e um volante para poder conduzir, nem que seja para descomprimir?

Vota aqui o que tu achas:


RAZÃO AUTOMÓVEL NO YOUTUBE: tens mais um motivo para acompanhar a Razão Automóvel. Subscreve o nosso canal.

Sabe esta resposta?
O que significa AVMS nos sitemas de um automóvel?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

ASC, DSC, ESC, TCS, DTC… sabes o que significam todas estas siglas?