Renovação ou nova geração? Tudo o que mudou no Porsche Cayenne

A Porsche renovou o Cayenne, mas as modificações são de tal forma significativas que quase o podíamos considerar uma nova geração.

Dos motores ao chassis, passando pelo exterior e interior, nada foi deixado ao acaso pela Porsche e é o próprio Oliver Blume, o seu CEO, que afirma que se trata de “uma das mais extensas actualizações de produtos na história da Porsche”.

Mais de 20 anos depois de termos conhecido o primeiro dos Porsche Cayenne, a evolução tem sido tremenda. Nestas duas décadas conhecemos três gerações do SUV, que já viu comercializadas mais de um milhão de unidades e contribuiu para que a marca de Zuffenhausen fosse o que é hoje.

Este significativamente renovado Cayenne ainda pertence à terceira geração do Cayenne. Mas as diferenças são mais que muitas. Basta colocar duas imagens uma ao lado da outra, com o atual e o seu antecessor, para que as primeiras diferenças são reveladas de imediato.

Na secção dianteira, por exemplo, temos um novo pára-choques com um desenho mais desportivo e grupos óticos com a tecnologia de iluminação HD Matrix LED, a mais recente da marca. Na zona posterior, a faixa de iluminação em LED é agora mais larga e inclui as letras com o nome da marca num efeito tridimensional mais elaborado.

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Menos visíveis são novidades como o novo capô e as linhas que fazem com que o novo Cayenne pareça ainda mais largo do que já é.

Estão presentes também novos pacotes de equipamento que acentuam o visual desportivo, como conseguem reduzir mais de 30 kg ao peso final deste modelo. E nas jantes, as medidas variam agora entre as 20″ e as 22″ de diâmetro.

Gama de motores mais potente e híbridos mais eficientes

A versão de entrada na gama Cayenne continua a ser equipada com o 3.0 V6 turbo, mas agora com uma potência máxima de 353 cv e 500 Nm de binário (mais 13 cv e 50 Nm que antes).

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Esta opção de seis cilindros é também a que está incluída no Cayenne e-Hybrid. No entanto, com a ajuda de um motor elétrico melhorado e agora com 130 kW (177 cv) de potência (mais 30 kW ou 41 cv que antes), o valor máximo de potência combinada alcança uns muito interessantes 470 cv.

A melhor parte, no entanto, é que esta versão híbrida também já consegue percorrer até 90 km em modo puramente elétrico, graças, essencialmente, à presença de uma nova bateria com 25,9 kWh de capacidade, que substitui a anterior de 17,9 kWh.

E para os carregamentos, a Porsche também incluiu um novo carregador interno de 11 kW, que consegue reduzir os tempos de carga, mesmo com esta bateria de maiores dimensões.

Para quem não liga muito a versões híbridas, a Porsche propõe o Cayenne S, que viu o motor V6 substituído por um mais grave V8 biturbo com 474 cv de potência e 600 Nm (mais 34 cv e 50 Nm que o V6). Com esta nova opção, a aceleração dos 0 aos 100 km/h é agora efetuada em 4,7s e a velocidade máxima anunciada é de 273 km/h.

Caso não seja suficiente, o Cayenne Turbo GT será então a melhor opção… Mas não para os europeus. O mais rápido dos Cayenne — e recordista no Nürburgring-Nordschleife — deixa de estar disponível na Europa, por culpa das normas de emissões.

Continua apenas a estar disponível na carroçaria Coupe e mantém o 4.0 V8 biturbo, mas este debita agora 659 cv, mais 19 cv que antes. Suficientes para o «catapultar» até aos 100 km/h em 3,3s, ou mesmo até aos 305 km/h.

No lugar do Cayenne Turbo GT teremos, brevemente, um Cayenne GTS mais «agressivo».

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Dinâmica apurada

Independentemente da potência ou da versão escolhida, a Porsche efetuou diversas melhorias no chassis do novo Cayenne. O objetivo foi o de oferecer o melhor de dois mundos: o máximo de conforto em cidade a velocidades reduzidas, com a máxima eficácia num ritmo mais desportivo.

Uma das principais diferenças está na adição de novos amortecedores com tecnologia de duas válvulas, mas também uma nova suspensão pneumática com duas câmaras e duas válvulas.

Com esta solução, o Cayenne não só melhora a precisão de condução como consegue minimizar os movimentos da carroçaria.

Interior mais refinado e digital

No habitáculo do muito renovado Porsche Cayenne as diferenças são ainda mais óbvias. O design do tabliê está mais aproximado do que conhecemos no Taycan, mas inclui mais novidades.

A marca alemã já tinha dado a conhecer o novo interior do SUV há umas semanas. Fiquem a conhecê-lo em mais detalhe:

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Esta profunda renovação do Cayenne reverte-se de significado especial, pois será a última antes do SUV incontornável da Porsche prescindir dos motores de combustão e passar a ser exclusivamente elétrico. Fiquem a saber mais sobre o futuro elétrico do Cayenne… e da Porsche.

Antevisão

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André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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