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Mercedes-Benz atualiza EQA e EQB mas perdeu oportunidade de fazer mais

A Mercedes-Benz atualizou os SUV compactos elétricos EQA e EQB, mas não lhes deu a melhoria que muitos de nós esperavam ver.

Mercedes-Benz EQA e EQB
© Mercedes-Benz

A Mercedes-Benz atualizou os SUV compactos elétricos EQA e EQB com melhorias gerais de produto e retoques no design.

Mas neste facelift dos dois modelos, que estarão à venda no primeiro trimestre de 2024, a marca da estrela perdeu a oportunidade de ampliar significativamente as respetivas autonomias.

Mercedes-benz EQA frente
© Mercedes-Benz A «grelha» dianteira foi ligeiramente redesenhada no EQA

Por norma, nestas atualizações, existe uma diversidade na abordagem de cada marca: ou os engenheiros renovam quase completamente o carro — como aconteceu agora com o Cayenne da Porsche —, ou limitam-se a retoques cosméticos e a melhorias nos sistemas de infoentretenimento.

No caso dos automóveis elétricos ainda não existe um histórico muito longo deste tipo de renovação a meio do seu ciclo de vida, mas começa a ser comum vermos a autonomia ser alargada — como aconteceu com os Volvo C40 e XC40 elétricos.

Não se trata de ciência nuclear: ou alteram a química e potenciam a densidade das baterias ou otimizam a eficiência de outros componentes (inversor ou até os motores elétricos) ou o software.

Mercedes-Benz EQB frente 3/4
© Mercedes-Benz Mercedes-Benz EQB

E o que decidiu a Mercedes-Benz fazer no caso das novas gerações dos seus elétricos mais acessíveis, o EQA e o EQB? Manteve as mesmas baterias que também mantém a sua capacidade líquida de 66,5 kWh e nos 70,5 kWh (versões Plus).

O que significa que o fabricante da Suábia perdeu uma oportunidade de ter dois veículos mais atrativos aos olhos dos clientes, que cada vez têm mais alternativas na concorrência.

Dito isto, não deixou de haver um aumento algo modesto da autonomia homologada do EQA Plus em 18 km (de 532 km para 550 km), pelo ciclo WLTP.

Aerodinâmica melhorada… mas pouco

Esta capacidade de chegar mais longe com uma única carga completa de bateria deve-se, entre outras coisas, a um coeficiente aerodinâmico melhorado em 0,01 pontos (Cx é agora de 0,27 no EQA). Para o alcançar o trabalho incidiu sobre pequenos detalhes aerodinâmicos.

São exemplo disso os spoilers na frente do arco da roda traseira ou as óticas traseiras, além dos novos pneus com menor resistência ao rolamento. No caso do EQB, o Cx de 0,28 não mudou.

E a potência de carregamento?

Também não houve evolução na potência de carregamento, que se mantém num máximo de 100 kW através de um carregador rápido DC (corrente contínua) ou 11 kW em AC (corrente alternada). Nesta classe, mesmo entre os não-premium, já há quem faça melhor em ambos os casos.

Olhando para os EQA/EQB que ainda se encontram à venda, os acumuladores de energia podem elevar o seu conteúdo de 10% a 80% em 32 minutos, em carregamento DC. Já em AC é necessário esperar cerca de sete horas até as baterias estarem uma vez mais totalmente carregadas.

Dois elétricos com «cara lavada»

Além dos retoques visuais, como a nova frente com estrelas da Mercedes-Benz que podem cintilar se assim o desejar, há novas jantes, volantes com superfícies táteis e peças decorativas na parte externa. Conseguem detetar as diferenças?

No interior, o infoentretenimento mudou, com o ecrã tátil central a medir agora um mínimo de 10,25″, de série. A instrumentação digital mantém (de série) a sua diagonal de 7″.

Com os novos ecrãs, estreia-se igualmente nos EQA/EQB a mais recente versão do sistema de infoentretenimento MBUX, que permite que o utilizador tenha acesso direto a mais funções no primeiro nível do interface gráfico, sem ter que navegar laboriosamente por vários menus.

E, felizmente, o conceito operativo não utiliza exclusivamente o ecrã tátil, subsistindo clássicos comandos físicos para o ar condicionado, através dos quais se pode fazer as configurações básicas mais depressa.

Ajudas à condução melhoradas

Outra área em que as evoluções são constantes a cada nova geração é a dos sistemas de ajuda à condução.

Os EQA/EQB passam a contar com uma câmara traseira de ajuda ao estacionamento mais potente e, com Assistência à Manutenção de Faixa de Rodagem, as correções passam a ser feitas diretamente na direção e não na intervenção dos travões do sistema controlo de estabilidade.

O gestor de produto, Felix Rothfelder, realça ainda a capacidade de reboque de 1700 kg das versões de quatro rodas motrizes (sendo de 1400 kg nas de tração dianteira).

E os preços?

Os preços não são ainda conhecidos, dado que os novos Mercedes-Benz EQA e EQB apenas irão chegar aos concessionários no primeiro trimestre de 2024.

Mas é de admitir que exista um ligeiro aumento de preços a partir dos valores de entrada das atuais gerações, que começam nos 59 250 euros no caso do EQA e de 60 900 euros no EQB.

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