Indústria
CEO do Grupo Volkswagen quer ultrapassar a Tesla até 2025
Herbert Diess, CEO do Grupo Volkswagen, mostrou-se surpreendido com o crescimento da Tesla, mas acredita que pode reclamar o trono dos elétricos até 2025.

Herbert Diess, diretor executivo do Grupo Volkswagen, admitiu que a Tesla o surpreendeu e que tem sido mais forte do que o esperado. Ainda assim, não atira a toalha ao chão e garante que não desistiu de ultrapassar a empresa liderada por Elon Musk até 2025.
“Ainda vejo uma oportunidade de sermos os primeiros (nos automóveis elétricos) até 2025. Será uma corrida renhida, mas nós não vamos desistir”, afirmou Diess na conferência Financial Times Future of the Car 2022.
“Tenho de admitir que não esperávamos que o nosso grande rival norte-americano estivesse tão rápido e tão bem preparado”, acrescentou, mostrando-se surpreendido com o comportamento da Tesla, que acaba de inaugurar uma fábrica em Berlim, na Alemanha.
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Mas apesar da dimensão do desafio, Diess acredita que o Grupo Volkswagen tem um trunfo importante face à rival Tesla nesta corrida à liderança dos automóveis elétricos: a maior oferta de produtos, distribuídos por várias marcas.
Recorde-se que em 2021 o Grupo Volkswagen vendeu 452 900 veículos 100% elétricos, sendo que a Volkswagen, enquanto marca, foi responsável por 263 200 dessas vendas. A Audi surge logo a seguir, com 81 900 elétricos vendidos no ano passado.
No que a modelos diz respeito, o Volkswagen ID.4 foi o elétrico mais vendido do grupo em 2021, com 119 600 unidades vendidas, seguido do Volkswagen ID.3, com 75 500 exemplares e do Audi e-tron (e e-tron Sportback), com 49 200.
E aqui, a diferença para a rival Tesla faz-se sentir. É que dos 936 172 veículos que a Tesla entregou em 2021 — mais do dobro em relação ao grupo alemão —, 500 713 eram Model 3 e 410 517 eram Model Y. Os que estão em falta são Model S e Model X.

Mercado norte-americano é para duplicar
Diess abordou ainda o mercado norte-americano, onde só em 2021 a Tesla vendeu mais de 300 000 automóveis. E aí, como seria de esperar, as ambições do Grupo Volkswagen também são gigantes, com Diess a admitir que o objetivo é mais do que aumentar a sua participação de mercado para o dobro, para 10%, mas que isso iria exigir uma fábrica adicional, bem como produção local de baterias.
VEJAM TAMBÉM: Herbert Diess da Volkswagen a liderar a Tesla? Era o que Elon Musk queriaRecorde-se que no final do passado mês de março o Grupo Volkswagen anunciou que ia investir 7,1 mil milhões de dólares (cerca de 6,73 mil milhões de euros) na produção de carros elétricos na América do Norte e que ia lançar 25 novos modelos 100% elétricos naquela região até 2030.
Procura por elétricos surpreende
No mesmo evento Diess ainda falou da procura que tem existido por automóveis elétricos e mostrou-se genuinamente surpreendido, sobretudo com o mercado chinês, afirmando que na China a empresa podia ter quadruplicado as suas vendas, caso pudesse fabricar carros de forma mais rápida.
Na sequência disso, e abordando a situação delicada que o mundo está a ultrapassar e que tem afetado a indústria automóvel, Diess reforçou a necessidade de um acordo rápido entre Rússia e Ucrânia que possa levar ao fim do conflito.
“Acho que devemos fazer o máximo para realmente parar esta guerra e voltar às negociações para tentar abrir novamente o mundo. Não devemos desistir dos mercados abertos e do livre comércio”, disse.
Fonte: Reuters
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