Chega em março
Já testámos o novo Hyundai i10 em Portugal. Um segmento B em miniatura?
Apesar das reduzidas dimensões, o Hyundai i10 apresenta-se com grandes ambições. Mas será que tem argumentos? Fomos descobrir neste primeiro contacto.

Numa altura em que a maioria das marcas parecem “fugir” do segmento A (até a Fiat, líder do segmento pondera abandoná-lo), a marca coreana segue num caminho inverso, apostando forte na 3ª geração do pequeno Hyundai i10.
Assim, para manter o i10 competitivo num mercado que, cada vez mais, parece virar as costas aos citadinos, a Hyundai adotou uma estratégia simples: olhar para cima.
O que quer isto dizer? Simples. A marca coreana decidiu que a melhor forma de tornar o i10 apetecível era oferecer um nível de qualidade e, acima de tudo, de equipamento capaz de fazer inveja a alguns segmento B, mantendo as reduzidas dimensões típicas de um segmento A.
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Equipamento, equipamento por todo o lado
Como te dissemos, uma das características que mais impressionam no novo Hyundai i10 é mesmo a sua dotação de equipamento. A sério, é difícil encontrar um equipamento que o pequeno i10 que tivemos oportunidade de testar neste primeiro contacto não tivesse.
Ao nível da segurança, o sistema Hyundai SmartSense oferece: assistente anti-colisão frontal (com deteção de peões); sistema de manutenção na faixa de rodagem, alerta de fadiga do condutor; máximos automáticos, cruise control e limitador de velocidade, alerta do limite de velocidade e até um sistema que nos avisa quando o veículo da frente arranca!
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No que diz respeito ao conforto, o Hyundai i10 apresenta-se com equipamentos que mais facilmente encontramos noutros segmentos. Senão vejamos, para além de contar com quatro vidros elétricos, câmara traseira e ar condicionado automático, o pequeno i10 oferece ainda “luxos” como o volante e bancos… aquecidos!
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Por fim, também a oferta tecnológica está em alta no novo Hyundai i10. Para começar, o citadino sul-coreano estreia a nova geração do sistema de infotainment da Hyundai, recorrendo a um ecrã tátil de 8” que se revelou fácil e intuitivo de usar (muito graças às teclas de atalho) e pode até contar com um carregador de smartphone wireless.
Ainda neste capítulo, o i10 conta com o Apple Car Play e Android Auto, e ainda com o sistema Bluelink, que oferece uma série de serviços de conetividade através de uma app que nos relembra informações tão distintas como as datas da manutenção do i10 ou o local onde o estacionámos.
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E ao volante?
Uma vez sentados ao volante do i10 há duas coisas que saltam à vista. A primeira, é a ergonomia bem conseguida; a segunda é o facto de a posição de condução ser de “carro adulto”, ou seja, não vamos sentados muito alto ou “encostados” à porta como acontece em alguns citadinos.
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Quanto à qualidade, esta apresenta-se em bom plano com a montagem a não merecer reparos, algo comprovado pela quase total ausência de ruídos parasitas, mesmo em pisos (muito) degradados.
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Em andamento, naturalmente o 1.0 l de 67 cv e 96 Nm (o único motor com que o i10 vai estar disponível em Portugal) prefere ritmos mais calmos, sendo que, quando queremos “espicaçá-lo” encontramos na caixa manual de cinco velocidades uma boa aliada, que se revelou bem escalonada e com um tato agradável.
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Económico por natureza, numa condução mais “entusiasmada” e sem preocupações economicistas, o tricilíndrico atmosférico conseguiu consumos na casa dos 5,5 l/100 km. Por fim, onde este mais surpreendeu foi em autoestrada, onde não só consegue manter com facilidade boas velocidades de cruzeiro (120 km/h), como oferece consumos na casa dos 5,1 l/100 km.
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Por falar em autoestradas, talvez o tipo de via menos indicado para um citadino, o i10 revelou-se estável e composto — próximo do típico segmento B (utilitários) —, resistindo bem aos ventos laterais. Já dinamicamente, o i10 continua a ser ágil em circuito urbano, mas perdeu um pouco do “nervosismo” típico dos citadinos, adotando uma postura mais madura, visível no seu comportamento, mais estável, progressivo e seguro.
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Pequeno por fora, grande por dentro?
Sim e… não. Dizemos isto porque apesar de a fita métrica teimar em relembrar-nos que o Hyundai i10 pertence ao segmento A, a sensação que temos a bordo do citadino sul-coreano é de que este possui espaço suficiente para transportar, com conforto, quatro adultos (se bem que a sua lotação seja de cinco lugares).
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Há espaço q.b. ao nível dos ombros e até nos lugares traseiros não vamos demasiado acanhados (ou com os joelhos junto ao queixo). Já a bagageira com 252 litros é mais do que suficiente num citadino — entre as melhores do segmento —, sendo ainda auxiliada pelo rebatimento assimétrico dos bancos traseiros.
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Quando chega e quanto vai custar?
Com chegada prevista ao mercado nacional para março, o Hyundai i10 vai contar apenas com uma motorização — 1.0 l de 67 cv com caixa manual de cinco velocidades ou, por mais 1000 euros, com caixa semi-automática também com cinco relações —, e um nível de equipamento (que traz tudo aquilo de que te falámos).
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Quanto ao preço, o novo Hyundai i10 vai estar disponível a partir de 14 100 euros, um valor já próximo do pedido por um segmento B (até mais elevado em alguns casos) mas que se justifica quando olhamos para a muito completa dotação de equipamento (de série).
Ainda para mais, na fase de lançamento, o pequeno citadino sul-coreano vai estar disponível com uma campanha de financiamento que lhe corta o preço para os 12 200 euros. Já a garantia é de sete anos sem limite de quilómetros, um forte argumento a favor do pequeno i10.
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A acrescentar a isto, a Hyundai conta ainda com uma campanha pré-vendas através da qual é possível comprar o i10 com uma mensalidade de 99 €/mês em “Open Drive”, uma modalidade que permite, ao fim de quatro anos, manter o carro ou trocar por outro.
Conclusão
A Hyundai aposta forte no novo i10, apontando ao topo de um segmento de onde muitas marcas decidiram sair. O resultado final é um modelo que vem provar que as notícias da “morte do segmento A” talvez sejam exageradas.
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Após ter conduzido o novo Hyundai i10, não só fiquei com a sensação de que a marca sul-coreana tem no seu novo citadino um modelo à altura das suas expetativas, como não consegui deixar de considerar que o i10 tem qualidades que lhe permitem até incomodar alguns modelos de segmento B, sendo, provavelmente, o melhor citadino à venda atualmente.
Primeiras impressões
Oferta de equipamento de segurança/tecnológico
Consumos
Qualidade geral
Facilidade de condução
Preço sem campanha
Prestações modestas (sempre são só 67 cv)
Preço
Data de comercialização: Março 2020
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Testámos o Hyundai i30 N Line. O que vale a “vitamina N”?Em cheio!!
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