Ensaio Testámos o renovado Hyundai Tucson 1.6 CRDi. Quais os seus novos argumentos?

Desde 34 835 euros

Testámos o renovado Hyundai Tucson 1.6 CRDi. Quais os seus novos argumentos?

O Tucson viu os seus argumentos renovados no ano passado e entre as novidades destaca-se o 1.6 CRDi. Para saber o que vale o novo motor, pusemo-lo à prova.

Hyundai Tucson
© Raul Mártires / Razão Automóvel

Nome bem conhecido do segmento dos SUV (a primeira geração remonta a 2004), o Hyundai Tucson conta já com três gerações (a segunda foi vendida por cá como ix35) e com cerca de 390 mil unidades vendidas na Europa — é um dos best-seller da marca sul-coreana.

Ora, para manter o sucesso que o modelo tem conhecido no Velho Continente (e para garantir que este se mantém atual num segmento em que a vitalidade e a rápida renovação são uma constante), a Hyundai fez com o Tucson o mesmo que a Kia fez com o Sportage, ou seja, aplicou-lhe alguns retoques estéticos e ofereceu-lhe o novo 1.6 CRDi.

Esteticamente, o Tucson pouco mudou face ao modelo lançado em 2015, recebendo grelha, faróis e pára-choques redesenhados. O resultado final, apesar de discreto, na minha opinião acabou por ser bem sucedido, com o Tucson a manter um visual atual num segmento onde concorrência não lhe falta.

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Hyundai Tucson
© Raul Mártires / Razão Automóvel

No interior do Hyundai Tucson

No interior do Tucson as mudanças foram bem menos discretas, com o SUV sul-coreano a contar com um tablier novo onde a ergonomia se apresenta em alta. Infelizmente, o sistema de infotainment, apesar de ser fácil de usar, apresenta um grafismo desatualizado (bem longe, por exemplo, do usado no Skoda Karoq).

Hyundai Tucson
A decoração bicolor do interior, na minha opinião, resulta bem em termos estéticos, se bem que me traz à memória alguns modelos dos anos 90. © Raul Mártires / Razão Automóvel

Quanto à qualidade de construção, o interior é robusto, oferecendo uma mistura de materiais macios no topo do tablier e duros na parte inferior. Por falar em plásticos, não deixa de ser difícil de compreender porquê que o plástico usado nos botões do habitáculo do Tucson aparenta ser de qualidade inferior aos do Kia Sportage.

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Hyundai Tucson
O grafismo do sistema de infotainment é algo antiquado. © Raul Mártires / Razão Automóvel

Quanto ao espaço, tal como seria de esperar num modelo com as famílias como público alvo, o Tucson revela-se mais do que capaz de transportar, confortavelmente, quatro pessoas e a respetiva bagagem com os 513 litros de capacidade da bagageira a revelarem-se bastante aceitáveis (o Renault Kadjar, por exemplo, só oferece 472 litros).

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Ao volante do Hyundai Tucson

Uma vez sentados aos volante do Tucson, a boa ergonomia salta à vista, com todos os comandos a surgirem no local onde por norma esperamos encontrá-los. Nota ainda para o facto de as palas pára-sol contarem com uma extensão que lhes permite ficarem mais compridas e que é uma mais valia nas viagens ao pôr do sol.

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Já em andamento, o Tucson surpreende pela positiva. Dotado de uma direção bastante direta e até comunicativa (bem longe daquilo que oferece o Qashqai), o SUV sul-coreano acaba por se revelar até divertido de conduzir numa estrada mais sinuosa com suspensão a revelar-se mais que capaz de suster os movimentos da carroçaria.

Nós aqui na redação já lhe chamamos o efeito Biermann, o chefe da divisão N da Hyundai, cuja influência faz-se sentir muito para lá dos modelos N. Sobretudo no que toca à direção e à resposta do eixo dianteiro, com ambos a revelarem-se precisos e obedientes, incutindo enorme confiança numa condução mais ao “ataque”, mesmo tratando-se, neste caso, de um SUV familiar.

Ainda assim, nem tudo são rosas a nível dinâmico, com o tato do travão a revelar-se algo esponjoso. Quanto ao conforto, apesar de se apresentar em bom plano, sai algo prejudicado pelas jantes de grandes dimensões.

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Hyundai Tucson
As jantes de 18” acabam por prejudicar um pouco o conforto. © Raul Mártires / Razão Automóvel

Já o 1.6 CRDi, aqui na versão de 116 cv revela-se agradável de usar, sendo suave e progressivo. Ainda assim, nas rotações mais baixas o motor revela alguma “falta de pulmão” nas rotações mais baixas obrigando a recorrer mais vezes à caixa de velocidades.

Por fim, se em condução citadina os consumos andam na casa dos 7,5 l/100 km, em estrada estes descem para perto dos 6 l/100 km, revelando a utilização preferencial para o SUV sul-coreano, longas viagens a ritmos moderados.

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Hyundai Tucson
O 1.6 CRDi apresenta um rendimento bastante aceitável sem se revelar “guloso”. © Raul Mártires / Razão Automóvel

É o carro certo para mim?

Bem construído, bem equipado e com uma dinâmica surpreendentemente envolvente (e até divertida), o Tucson mantém-se cerca de quatro anos depois do seu lançamento como uma opção a ter em conta entre os SUV.

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Hyundai Tucson
No exterior as diferenças são difíceis de detetar. © Raul Mártires / Razão Automóvel

Dotado de um motor que se revela solícito e económico q.b, o modelo sul-coreano faz da homogeneidade a sua principal arma, sendo o modelo ideal caso procures um SUV confortável, bem equipado, discreto mas que te permita “tirar algum gozo” da condução depois de deixares os miúdos na escola.

Testámos o renovado Hyundai Tucson 1.6 CRDi. Quais os seus novos argumentos?

Hyundai Tucson 1.6 CRDi Premium 116 cv

7/10

O Hyundai Tucson é daqueles carros que é preciso conduzir para se apreciar. É que apesar do visual discreto, o SUV sul-coreano surpreende pelas melhoradas qualidades dinâmicas, acima de tudo pela direção direta e precisa o que,
aliado ao solícito e económico 1.6 CRDi, acaba por tornar a condução do Tucson bem mais interessante do que seria de esperar e faz com que o modelo da Hyundai se mantenha como uma opção a ter em conta num segmento muito concorrido.

Prós

  • Comportamento
  • Consumos
  • Direção

Contras

  • Qualidade de alguns plásticos
  • Tato do travão

Versão base:€34.835

IUC: €181

Classificação Euro NCAP: 5/5

€36.135

Preço unidade ensaiada

  • Arquitectura: 4 cilindros em linha
  • Capacidade: 1598 cm3 cm³
  • Posição:Dianteira transversal
  • Carregamento: 2 a.c.c., 4 válvulas por cilindro
  • Distribuição: Injeção Direta Common Rail + Turbo de Geometria Variável + Intercooler
  • Potência: 116 cv às 4000 rpm
  • Binário: 280 Nm entre as 1500 e as 2750 rpm

  • Tracção: Dianteira
  • Caixa de velocidades:  Manual de seis velocidades

  • Largura: 4480 mm
  • Comprimento: 1850 mm
  • Altura: 1645 mm
  • Distância entre os eixos: 2670 mm
  • Bagageira: 513 l
  • Jantes / Pneus: 225/55 R18
  • Peso: 1664 kg

  • Média de consumo: 5,6 l/100 km
  • Emissões CO2: 154 g/km
  • Velocidade máxima: 175 km/h
  • Aceleração máxima: >11,8s

    Tem:

    • Acabamento "Soft Touch" na parte superior das portas
    • Ar condicionado automático dual zone
    • Chave Inteligente (Smart Entry & Start)
    • Estofos em pele
    • Sistema de navegação com ecrã tátil de 8''
    • Câmara auxiliar ao estacionamento traseiro
    • Sensor de luz
    • Sensores de estacionamento traseiros
    • Vidros traseiros escurecidos
    • Teto de abrir panorâmico
    • Jantes em liga leve de 18''
    • Entrada USB para os bancos traseiros
    • Travão de estacionamento elétrico
    • Alerta de baixa pressão dos pneus
    • Dupla ponteira de escape
    • Cruise Control

Estofos em pele e tecido com opção de cor interior (650 euros)
Premium + Pack Pele (650 euros)

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