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Mercedes-Benz Classe A acaba de ganhar mais uns anos de vida

O final da produção do Mercedes-Benz Classe A já não será este ano, como inicialmente previsto. É uma das consequências do abrandamento da procura por elétricos.

Mercedes-Benz A250e 3/4 de frente
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel

A marca de Estugarda continua a afinar a sua estratégia, desta vez, mais em particular, a prevista para os seus modelos de entrada de gama. E por isso, o Mercedes-Benz Classe A ganha agora, literalmente, mais uns anos de vida.

Com os últimos desenvolvimentos a referirem um abrandamento na procura de automóveis 100% elétricos, a Mercedes-Benz optou por tirar o «pé do acelerador» da eletrificação e um dos beneficiados foi o Classe A.

Mercedes-Benz Classe A hatchback e sedã vista dianteira 3/4

O mais compacto dos Mercedes, cuja produção estava prevista acabar ainda em 2024, vai agora manter-se em produção até 2026, em simultâneo com a próxima geração de modelos compactos da marca.

Recordamos que essa nova geração começa a chegar em 2025, com a versão de produção do Concept CLA. Este vai estrear a nova plataforma MMA, que capaz de acomodar várias soluções motrizes — só a combustão, híbridos plug-in ou 100% elétricos.

É precisamente a partir desta plataforma que serão desenvolvidos os membros da futura gama “Entry Luxury” da Mercedes-Benz. Além do novo CLA, estão já previstos os sucessores — ou modelos equivalentes — dos CLA Shooting Brake, GLA e GLB.

Com os novos planos, a fábrica alemã de Rastatt foi restruturada para que possa fabricar modelos com a plataforma MFA (a atual usada pelo Classe A) e a futura MMA.

Futuro da Mercedes-Benz

O prolongar da produção da atual geração do Classe A é apenas uma pequena parte de uma revisão estratégica maior da Mercedes-Benz no seu percurso em direção à eletrificação total.

Agora o fabricante alemão, pela voz do seu diretor executivo, Ola Källenius, diz que a produção de automóveis com motores de combustão poderá estender-se para lá de 2030. O foco quase exclusivo dos modelos 100% elétricos abranda um pouco, mostrando mais «flexibilidade» na sua estratégia.

“Não creio que alguém tenha pensado que a transformação da indústria automóvel, que ocorre uma vez em cada século, fosse uma linha reta. Haverá sempre altos e baixos”.

Ola Källenius, CEO da Mercedes-Benz

Uma das principais razões apontadas por Källenius está relacionada com a disparidade de preços que ainda existe entre os modelos equipados com motores de combustão e os 100% elétricos.

Além disso, o CEO da Mercedes diz que a procura por automóveis 100% elétricos será mais evidente nos modelos de tamanho mais compacto e médio.

As mais recentes projeções da marca dizem que o objetivo de ter 50% de vendas em elétricos e 50% em híbridos plug-in só deverá acontecer em 2030. Inicialmente estava previsto acontecer já em 2025.

Fonte: Autocar