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Renault e Nissan «equilibram» Aliança. O que muda?

A Aliança entre a Renault e a Nissan tem passado por um período mais difícil, mas ambas chegaram agora a um novo entendimento.

Renault Mégane E-Tech com Nissan Ariya de frente
© Razão Automóvel

Depois de um período mais tenso, a Renault e Nissan chegaram a um novo entendimento sobre a Aliança que as une desde 1999.

Relembramos que a Renault detém 43% da Nissan enquanto o construtor japonês tem uma participação de apenas 15% da Renault. Uma situação que gerou um «desiquilíbrio» de poderes e um período conturbado na existência da Aliança.

O acordo agora alcançado entre as duas partes vai permitir voltar a «equilibrar» esses poderes, com a Renault a reduzir a sua participação na Nissan para 15%. E ficou estabelecido que 15% é a percentagem máxima que cada um dos construtores pode deter um do outro.

Nissan Ayira vista dianteira 3/4
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel Baseado na plataforma CMF-EV, a mesma do Renault Mégane E-Tech Electric, o Ariya é um bom exemplo dos resultados da aliança entre a Nissan e a Renault.

Quanto aos restantes 28,4% das ações da Nissan que o Grupo Renault detém, estas serão transferidas para para um fundo francês.

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Apesar de ambos os construtores terem chegado a um entendimento, o acordo ainda terá de ser aprovado pelos conselhos de administração da Nissan e da Renault.

Igual direito de voto, mas lucros para a Renault

Ao passar os 28,4% restantes que detém da Nissan para um fundo de investimento, a Renault vai «equilibrar» os direitos de voto dentro da Aliança.

Desta forma, Nissan e Renault passam a poder influenciar de igual forma os destinos uma da outra e, por conseguinte, da respetiva Aliança.

Porém, os direitos económicos (dividendos e receitas de venda de ações) decorrentes dos 28,4% que o Grupo Renault detém da Nissan, continuam a beneficiar totalmente o construtor francês. Ou seja, parte dos dividendos dos lucros da Nissan continuarão a ir para os cofres do Grupo Renault.

Caso o Grupo Renault decida vender estes 28,4% que detém da Nissan, garantiriam-lhe atualmente um «extra» de 3,8 mil milhões de euros.

Juntos para um novo futuro

Segundo os dois construtores, o acordo agora alcançado permite que estes se foquem em “fortalecer os laços da Aliança e maximizar a criação de valor para todos os parceiros”.

Na prática isto deverá traduzir-se não só em novos projetos-chave na América Latina, na Índia e na Europa nas áreas do mercado, veículos e tecnologias, como em novos investimentos.

Um deles passa pelo investimento da Nissan na Ampere, a divisão do Grupo Renault dedicada aos elétricos e software.

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