Nova geração de elétricos da Lexus promete quase duas vezes mais autonomia

Aproveitando o Salão de Tóquio como palco, a Lexus mostrou o que reserva o seu futuro elétrico, através de dois novos protótipos, o LF-ZC e o LF-ZL.

O primeiro é uma berlina — uma espécie de IS futurista elétrico —, que se vai «transformar» num futuro modelo de produção, com apresentação prevista para 2026. Já o segundo é um SUV topo de gama de grandes dimensões (5,3 m de comprimento) e destina-se apresentar a visão do que será a marca num futuro próximo.

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Em ambos os casos, a construção é baseada numa nova plataforma dedicada a automóveis 100% elétricos, que será usada também pela Toyota.

A bordo dos dois novos protótipos, um dos maiores destaques apontados pela Lexus vai para o novo sistema operativo, o Arene OS. Segundo a marca, este será capaz de proporcionar experiências de condução melhoradas, com uma integração perfeita entre software e hardware e à medida dos gostos de cada condutor.

Além disso, este sistema também permitirá a adoção de um ambiente totalmente digital a bordo, com novas formas de entretenimento e conectividade.

Também no habitáculo, a Lexus dá continuidade ao trabalho efetuado com base no tradicional conceito de hospitalidade japonês — Omotenashi —, mas agora, com a utilização de materiais de origem mais sustentável. E no caso do Lexus LF-ZL, o segundo “L” é mesmo de Luxury, pelo que os artesãos da marca não pouparam esforços.

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Por causa disso, foram desenvolvidas novas tecnologias de produção, que vão permitir usar materiais como o bambu, quase como uma assinatura de marca. Além do rápido crescimento, o bambu também permite uma boa absorção de CO₂. Já para não falar da enorme ligação à cultura japonesa e à sua beleza intemporal, tal como referido pela Lexus.

Lexus será 100% elétrica em 2035

O ano 2035 foi a data definida como prazo para a Lexus se tornar numa marca 100% elétrica. Por isso, estes dois novos protótipos ganham particular relevância pelas soluções que «trazem para a mesa».

Uma das novidades está relacionada com as baterias, que serão prismáticas, e prometem uma eficiência energética muito superior.

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Em conjunto com uma aerodinâmica muito superior, anunciando um coeficiente (C_x) abaixo de 0,2, a autonomia será bastante beneficiada, com a marca a afirmar que será praticamente o dobro dos elétricos atuais — se o RZ 450e declara 440 km, os novos modelos ultrapassarão os 800 km?

Parte desse aumento da eficiência aerodinâmica advém do recurso de baterias de altura reduzida, originando maior flexibilidade no design e na otimização das silhuetas (mais baixas). O centro de gravidade também fica mais baixo e, sendo uma plataforma dedicada, o capô dianteiro pode ser mais curto e baixo.

Tudo elementos que melhoram a imagem de cada modelo, mas também o prazer de condução. E esta é uma das principais metas da Lexus para os seus futuros modelos.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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