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Luca de Meo: “elétricos vão continuar mais caros que automóveis a combustão”

Segundo Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, o preço constante das baterias não permite que o preço dos automóveis elétricos se aproxime dos de combustão.

Renault 5 no Salão de Paris
© Miguel Dias / Razão Automóvel

Foi à margem do Salão de Paris que Luca de Meo, o diretor executivo do Grupo Renault, traçou um cenário pouco otimista para quem espera que os automóveis elétricos se tornem tão acessíveis como os com motor de combustão.

Segundo de Meo, a paridade de preços entre automóveis elétricos e automóveis a combustão não está para breve, afirmando: “não vejo os preços de ambos a aproximarem-se”.

Em causa estão os preços das baterias, com o diretor executivo do Grupo Renault a relembrar que há oito anos (2014) a indústria esperava que no prazo de cinco anos (2019) o preço por kWh descesse dos 100 dólares, mas tal não se verificou.

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Luca DE MEO
Luca de Meo, diretor executivo do Grupo Renault.

Redução de custos não chega

A Renault é um dos fabricantes automóveis que se prepara para lançar em 2024 e em 2025 dois elétricos «acessíveis» — os Renault 5 e Renault 4 —, mas apesar de se prever um preço mais baixo (comparando com o atual Zoe, por exemplo), estes continuarão a ser mais caros que os modelos equivalentes com motor de combustão interna.

A plataforma CMF-BEV a que ambos vão recorrer permite «cortar» os custos entre 30% a 35% em relação à base usada pelo Mégane E-Tech, mas há um fator que não permite baixar mais os custos: o preço das matérias primas.

Luca de Meo recorda que as matérias primas correspondem a 80% do custo das baterias e reforça: “posso melhorar a química das baterias e os componentes eletrónicos, mas esses ganhos desaparecem quando o preço do cobalto duplica em apenas seis meses”.

Desta forma, o diretor executivo do Grupo Renault aponta para um futuro que poderá passar por baterias mais pequenas apoiadas por uma melhor rede de carregamento, afirmando que “do ponto de vista ambiental, ter baterias com 150 kWh ou 200 kWh é um absurdo ambiental”.

Eletrificação total nas «mãos» do mercado

Apesar da Renault planear tornar-se 100% elétrica na Europa já em 2030, Luca de Meo admite que essa transformação também vai depender do mercado.

Afirmou: “estou a levar a marca por esse caminho, mas, no final, será o mercado, os clientes, que vão decidir se querem apenas modelos elétricos”.

Renault 4Ever Trophy vista dianteira 3/4
A aposta da Renault na eletrificação é cada vez maior, mas a marca gaulesa acredita que é o mercado que vai ditar uma transição absoluta para esta solução.

Contudo, tendo em conta as decisões políticas tomadas na União Europeia — e já muito criticadas por Carlos Tavares, diretor executivo da Stellantis — o mercado poderá não ter, no final, um «grande peso» nesta decisão.

Fonte: Automotive News Europe

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