Chega em abril
Ao volante do novo T-Cross, o mais pequeno SUV da Volkswagen
A mais recente aposta da Volkswagen entre os SUV dá pelo nome de T-Cross. Fomos até Palma de Maiorca para o ficar a conhecer.

Apresentado no ano passado em Amesterdão, o T-Cross é a resposta da Volkswagen ao sucesso de modelos como o C3 Aircross ou até do “primo” SEAT Arona, com o qual partilha a plataforma MQB A0.
Mais pequeno que o T-Roc, o T-Cross vem juntar-se ao modelo produzido em Palmela e aos Tiguan, Tiguan Allspace e Touareg na gama SUV da Volkswagen, inserindo-se numa estratégia que, de acordo com a marca, se iniciou em 2016 com o lançamento da atual geração do Tiguan.
Com chegada ao mercado português prevista para abril e disponível com três motorizações, três níveis de equipamento e 12 cores à escolha, fomos até Palma de Maiorca para descobrir o que é que o mais pequeno SUV da Volkswagen tem para oferecer.
VÊ TAMBÉM: O Renault Twingo foi renovado, mas será que detetas as diferenças?
Espaço não falta
Apesar de apenas medir 4,11 m de comprimento (menos 12 cm que o T-Roc), 1,58 m de altura e de ter uma distância entre eixos de 2,55 m, ao vivo o T-Cross parece maior do que realmente é, dando ares de uma versão miniaturizada do seu “irmão” mais velho, o Tiguan.
Tendo em conta que a secção frontal mantém o “ar de família” da Volkswagen, com a grelha de grandes dimensões a integrar os faróis, é na traseira que surge a principal novidade estética do T-Cross com a faixa refletora que atravessa todo o portão traseiro.
VÊ TAMBÉM: A Ford Ranger foi renovada e traz mais potência e tecnologia
No interior do T-Cross, destaca-se o visual próximo ao do Polo (com o ecrã tátil do sistema de infotainment a surgir por cima das colunas de ventilação). Em termos de qualidade de construção, apesar do recurso a materiais duros a montagem mostra-se robusta.
VÊ TAMBÉM: MINI Cooper D 1.5 116 cv. Neste caso, o Diesel ainda compensa?
Quanto ao espaço, a adoção da plataforma MQB A0 permitiu à Volkswagen oferecer quotas de habitabilidade bastante aceitáveis, com o T-Cross a oferecer espaço mais que suficiente para quatro passageiros. Já a bagageira oferece até 455 l de capacidade.
VÊ TAMBÉM: SEAT Ibiza MK5. Qual é a melhor versão?
Diesel? Sim, tem
Inicialmente, o T-Cross só vai estar disponível com versões a gasolina assentes no 1.0 TSI em dois níveis de potência. Para maio, está planeada a chegada do único motor Diesel da gama, o 1.6 TDI (que ainda está em processo de homologação) e em 2020 deverá chegar o 1.5 TSI de 150 cv (apenas com a caixa DSG).
O 1.0 TSI surge nas variantes de 95 cv e 115 cv ambas com 175 Nm de binário. Na versão menos potente, surge associado à caixa manual de cinco velocidades, passando a seis velocidades na versão de 115 cv, que pode ser associada à caixa DSG de sete velocidades.
VÊ TAMBÉM: Fica a conhecer o novo motor 1.3 TCe do Renault Mégane
Na versão menos potente do 1.0 TSI, os consumos anunciados ficam-se pelos 4,9 l/100 km, com a Volkswagen a afirmar que, com este motor, o T-Cross cumpre os 0 aos 100 km/h em 11,5s e alcança os 180 km/h.
Os mesmos 4,9 l/100 km são anunciados para a versão de 115 cv, apesar de ter mais potência e melhores prestações: alcança os 100 km/h em 10,2s e os 193 km/h de velocidade máxima.
Quanto ao 1.6 TDI, para já só se sabe que vai oferecer 95 cv e 250 Nm de binário, estando disponível com caixa manual ou DSG, sendo preciso esperar pela homologação para ficarmos a conhecer dados relativos aos consumos e prestações.
VÊ TAMBÉM: A Suzuki renovou o Vitara e nós já o fomos conhecerAo volante do T-Cross
Neste primeiro contacto, tivemos oportunidade de testar o T-Cross nas variantes a gasolina de 95 cv e 115 cv, ambas equipadas com caixa manual. Na maioria das situações os 95 cv se mostram suficientes, imprimindo um ritmo bastante aceitável ao T-Cross e observámos consumos na casa dos 5,6 l/100 km.
Já ao volante da versão de 115 cv a diferença faz-se sentir na forma como a potência é entregue, notando-se um maior vigor na subida de rotação, algo que é ajudado pela caixa manual de seis velocidades, com uma sexta pensada para as tiradas mais longas em autoestrada e que permite consumos na casa dos 5,5 l/100 km.

Em termos dinâmicos, a verdade é que se fechássemos os olhos ao volante do T-Cross (algo que, como é óbvio, não devemos fazer) íamos ter algumas dificuldades em distingui-lo de outras propostas do Grupo Volkswagen tais são as parecenças entre o tato dos comandos do novo SUV e outras propostas do grupo.
Com um comportamento seguro, estável e previsível, o T-Cross é bastante fácil de conduzir, cumprindo com tudo o que lhe pedimos. No entanto, falta um certo je ne sais quoi em termos dinâmicos para atingir os níveis de eficácia e divertimento que, por exemplo, o Mazda CX-3 oferece.
VÊ TAMBÉM: Este é o novo Volkswagen T-Roc. Todos os detalhes e imagensTrês níveis de equipamento
O T-Cross vai estar disponível em três níveis de equipamento: Base (ou como a Volkswagen lhe chama, T-Cross), Life e Style. O primeiro surge associado ao 1.0 TSI e ao 1.6 TDI, o nível Life pode ser associado a todas as motorizações e, por fim, o nível de equipamento Style só vai ser oferecido com o motor 1.0 TSI de 115 cv e com o 1.6 TDI.
Todos os T-Cross contam com os sistemas de série Front Assist e Lane Assist, pela primeira vez no segmento. Também de série é oferecido o sistema Volkswagen Connect (exceto na versão Style que por ter sistema de navegação surge com o sistema Car-Net), que permite usar a aplicação My Volkswagen que nos dá informações sobre o carro ou o estilo de condução praticado.
VÊ TAMBÉM: Podes arrancar em segunda velocidade? Depende…
No nível base, o T-Cross surge com computador de bordo, ar condicionado manual e Bluetooth, no nível Life juntam-se a estes equipamentos o volante multifunções, cruise control adaptativo, sensores luz e chuva e jantes de liga leve de 16”. No nível Style, surgem os faróis dianteiros em LED, sensores e câmara traseira, sistema de navegação e as jantes de 17”.
VÊ TAMBÉM: Este é o STI S209, só não lhe chamem Subaru
Os preços do T-Cross
Com início de comercialização previsto para as primeiras semanas de abril, ainda só são conhecidos os preços das versões a gasolina, sendo que a partir de maio vai ser possível encomendar a versão Diesel, não sendo ainda conhecido o seu preço.
Versão | Potência | Preço |
---|---|---|
T-Cross 1.0 TSI | 95 cv | 18 771 € |
T-Cross 1.0 TSI Life | 95 cv | 21 131 € |
T-Cross 1.0 TSI Life | 115 cv | 22 264 € |
T-Cross 1.0 TSI Style | 115 cv | 25 620 € |
T-Cross 1.0 TSI Life DSG | 115 cv | 23 859 € |
T-Cross 1.0 TSI Style DSG | 115 cv | 27 215 € |

Conclusão
Quando o T-Cross foi apresentado, o diretor do projeto, Felix Kaschützke, admitiu que a marca chegou tarde a esta franja de mercado. No entanto, na altura afirmou à Autocar que isso não era um problema, dizendo que “por norma não somos os primeiros a chegar a um segmento mas quando chegamos, somos os melhores”.
Agora, depois de termos tido a oportunidade de experimentar o mais recente SUV da Volkswagen, e perante as afirmações do diretor do projeto, não podemos deixar de pensar que essa afirmação talvez seja excessivamente otimista.
Apesar de surgir bem equipado, ser económico, versátil e espaçoso, revelando-se positivamente homogéneo, o T-Roc não se destaca em nenhum campo em particular, apresentando uma dinâmica previsível e segura mas onde o divertimento foi posto de parte e um interior que apesar de bem montado, peca pelo uso excessivo de materiais duros.
Primeiras impressões
Habitabilidade
Disponibilidade do motor 1.0 TSI
Consumos
Plásticos duros em todo o habitáculo
Comportamento pouco interativo
Preço
Sabe responder a esta?
Qual é a potência do Volkswagen Golf GTI TCR?
Em cheio!!
Vá para a próxima perguntaou leia o artigo sobre este tema:
Volkswagen Golf GTI TCR. Despedida em grandeMais artigos em Testes, Primeiro Contacto
©2022 RAZÃO AUTOMÓVEL