Ensaio Volkswagen Golf eHybrid testado. O Golf híbrido plug-in que devem comprar?

Desde 40 055 euros

Volkswagen Golf eHybrid testado. O Golf híbrido plug-in que devem comprar?

O Volkswagen Golf eHybrid junta-se ao GTE na oferta de híbridos plug-in, mas oferece maior autonomia em modo elétrico. A escolha sensata?

Volkswagen Golf eHybrid
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Esta versão eHybrid oferece ao Volkswagen Golf ainda mais versatilidade, acrescentando uma alternativa híbrida plug-in, que se junta à mais potente (e desportiva) variante GTE.

O GTE (245 cv) é o grande protagonista, mas este Golf eHybrid (204 cv) é cerca de 4500 euros mais barato — 40 055 euros do eHybrid contra 44 610 euros do GTE — e promete 72 km de autonomia em modo 100% elétrico contra os 64 km do GTE.

Mas será que isso chega para fazer deste eHybrid o Golf híbrido plug-in a escolher? A resposta a esta pergunta está nas próximas linhas.

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Volkswagen Golf ehybrid
Nesta oitava geração o Volkswagen Golf continua a destacar-se por ter uma imagem bastante sóbria, longe das linhas mais agressivas de outros rivais. © Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Potência mais do que suficiente

O Volkswagen Golf eHybrid apresenta-se com um sistema híbrido plug-in que junta um bloco a gasolina (turbo) de 1,4 litros e quatro cilindros com 150 cv, com um motor elétrico de 80 kW (109 cv).

Combinadas, estas duas unidades conseguem entregar uma potência máxima de 204 cv e 350 Nm. Estamos a falar de um défice de 41 cv para o Golf GTE, cujo motor elétrico é ligeiramente mais potente: 85 kW (116 cv).

Volkswagen Golf ehybrid
O logótipo eHybrid no portão traseiro não engana: este é o Golf híbrido plug-in menos potente da gama, mas os 204 cv de potência máxima combinada são mais do que suficientes. © Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Animado e preciso

Mas nem por isso o Golf eHybrid deixa de anunciar um tempo no sprint dos 0 aos 100 km/h de 7,4s e uma velocidade máxima de 200 km/h, números mais do que suficientes para que ele se mostre sempre muito despachado, seja em cidade, para «furar» entre o trânsito, ou longe dela, quando adotamos uma postura mais desportiva.

Não me interpretem mal, o Golf eHybrid tem muito poucas (ou mesmo nenhumas) responsabilidades desportivas, mas consegue ser muito divertido e reconfortante de conduzir.

Quando a capacidade da bateria o permite e os dois motores unem esforços, este Golf tem um «poder de disparo» muito satisfatório e mostra-se muito energético logo a partir dos regimes mais baixos. E aqui, nota positiva para a caixa DSG de seis velocidades, que nunca revela hesitações e cumpre sempre com o esperado.

A somar a isto, há ainda a destacar a boa calibragem do pedal do acelerador, a direção muito precisa e o bom comportamento (sempre equilibrado) do chassis, que ajudam a que a dinâmica deste Golf seja sempre tão afinada.

Capaz de bons consumos

Comum entre as duas versões híbridas plug-in do Golf é a bateria de iões de lítio com 13 kWh, que permite ao Golf eHybrid circular em modo totalmente elétrico durante mais de 70 km.

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Este é o valor anunciado pela marca de Wolfsburgo, ainda que durante este ensaio não tenha conseguido alcançar esse número. Mesmo assim, uma coisa é certa: fazer 50 km «livres de emissões» entre carregamentos é uma meta tranquilamente alcançável.

Quando aos consumos médios, enquanto houve energia nas baterias e com o sistema a fazer uma gestão automática, estes andaram ligeiramente acima dos 2,5 l/100 km.

Quando dispensei a máquina elétrica — seja porque fiquei sem bateria ou porque ativei a opção de guardar a energia para usar mais tarde — obtive do Golf eHybrid consumos médios ligeiramente abaixo dos 7 l/100 km.

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Simples e eficaz

Apesar de nunca se mostrar muito «guloso», é quando carregamos frequentemente este Golf eHybrid que, naturalmente, faz mais sentido e permite aproveitar o potencial de poupança em combustível.

E o seu funcionamento não podia ser mais simples. Arrancamos sempre em modo elétrico e passa de forma automática ao modo híbrido quando a carga da bateria desce de um determinado nível ou quando o pedal do acelerador é pisado com maior convicção.

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Quando a bateria se esgota, é bom saber que um carregamento numa wallbox de 3,6 kW demora aproximadamente quatro horas a ser finalizado, um número que sobe para perto das seis horas se usarmos uma tomada de 2,3 kW.

É o carro certo para si?

O Volkswagen Golf eHybrid apresenta-se com uma filosofia de utilização em tudo semelhante à do GTE, mas por cerca de 4500 euros a menos.

É certo que não é tão potente e não está tão focado no comportamento dinâmico, mas perfila-se como a opção híbrida plug-in mais racional da gama do utilitário alemão.

É equilibrado e interessante de conduzir, ao mesmo tempo que mostra genica e agilidade em doses mais do que satisfatórias. E tudo isto enquanto é capaz de nos brindar com consumos baixos e com uma gestão eficiente de toda a unidade híbrida.

Bagageira
A bateria está “arrumada” por baixo do piso da bagageira, o que rouba algum espaço de carga à mala. Ao todo temos um volume disponível de 272 litros, menos 108 litros do que nas versões exclusivamente com motorizações térmicas. © Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Mas claro, tal como qualquer outro híbrido plug-in, só é mesmo uma mais valia se for carregado regularmente. E aí mostra-se uma «arma» muito interessante para os percursos semanais, deixando-nos andar (de forma tranquila) durante pelo menos 50 km sem gastar uma única gota de combustível.

Volkswagen Golf eHybrid testado. O Golf híbrido plug-in que devem comprar?

Volkswagen Golf eHybrid 1.4 TSI DSG 204 cv

8/10

O Volkswagen Golf dispensa apresentações, afinal é o automóvel mais vendido na Alemanha há 40 anos e frequentemente o mais vendido na Europa desde a década de 80. Pode não ser tão arrojado quanto outras propostas, mas é um valor muito seguro. E a versatilidade que sempre o caracterizou faz ainda mais sentido para descrever as suas versões híbridas plug-in, nomeadamente esta eHybrid com 204 cv que testámos.

Prós

  • Autonomia em modo elétrico
  • Consumos e eficiência
  • Versatilidade de utilização
  • Compromisso conforto/dinâmica

Contras

  • Capacidade da bagageira
  • Sistema multimédia

Versão base:€40.055

IUC: €137

Classificação Euro NCAP: 5/5

€42.657

Preço unidade ensaiada

  • Arquitectura:4 cilindros em linha
  • Capacidade: 1395 cm3 cm³
  • Posição:Dianteira transversal
  • Carregamento: Injeção direta + Turbo + Intercooler
  • Distribuição: 2 a.c.c., 4 válvulas por cilindro (16 válvulas)
  • Potência:
    Motor combustão: 150 cv
    Motor elétrico: 80 kW (109 cv)
    Potência máxima combinada: 204 cv
  • Binário:
    Motor combustão: 250 Nm entre 1500-3500 rpm
    Motor elétrico: 330 Nm
    Binário máximo combinado: 350 Nm

  • Tracção: Dianteira
  • Caixa de velocidades:  Automática (DSG, de dupla embraiagem) de 6 velocidades

  • Comprimento: 4284 mm
  • Largura: 1789 mm
  • Altura: 1456 mm
  • Distância entre os eixos: 2636 mm
  • Bagageira: 272 litros
  • Jantes / Pneus: 205/55 R16
  • Peso: 1658 kg

  • Média de consumo: 0,9 l/100 km; Autonomia elétrica: 72 km
  • Emissões CO2: 21 g/km
  • Velocidade máxima: 200 km/h
  • Aceleração máxima: >7,4s

Pintura na cor Azul Atlantic — 575 €
Câmera traseira Rear Assist — 315 €
Teto panorâmico com abertura elétrica — 1016 €
Sistema Keyless Access sem Safelock — 431 €
Vidros traseiros escurecidos — 263 €.

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