Golf GTI demasiado “soft”? Golf GTI Clubsport de 300 cv é a resposta

A Volkswagen não quer perder tempo e pouco depois de ter dado a conhecer o novo Golf GTI traz-nos o Volkswagen Golf GTI Clubsport, a versão (ainda) mais desportiva do seu hot hatch que volta a usar uma designação já conhecida no seio da marca, tomando o lugar do anterior GTI TCR.

Distinguir o GTI Clubsport do GTI não é tarefa difícil. Na frente temos um para-choques com um novo spoiler, uma nova grelha a toda a largura preenchida com um padrão em favo de mel, acabamentos em preto mate e as cinco luzes LED (em cada lado) que marcam o GTI “normal” desapareceram.

Na lateral destacam-se as novas saias laterais e as novas jantes de 18” ou 19”. Por fim, na traseira, apesar do novo spoiler captar todas as atenções, há ainda a destacar a adoção de um difusor redesenhado e saídas de escape ovais (em vez das redondas usadas pelo GTI).

Já no interior, as novidades são bem mais escassas, resumindo-se aos bancos com um novo padrão, mantendo-se tudo o resto na mesma.

Mais cavalos, é claro

Como seria de esperar, para criar esta versão mais radical do Golf GTI a Volkswagen começou por fazer o habitual: aumentar a potência.

Desta forma, o 2.0 l turbo de quatro cilindros (EA888 evo4) vê os seus números subirem dos 245 cv e 370 Nm no GTI para os 300 cv e 400 Nm no GTI Clubsport. Estes valores foram conseguidos graças à revisão do sistema de gestão do motor, à adoção de um intercooler maior e de um novo turbo da Continental em vez do Garrett usado no GTI.

Há ainda a ressalvar o facto de que estes valores de potência apenas são possíveis quando o Volkswagen Golf GTI Clubsport consome gasolina de 98 octanas, o seu “alimento” de eleição.

A potência é enviada às rodas dianteiras exclusivamente por intermédio de uma caixa DSG de sete relações (a Volkswagen afirma que o GTI Clubsport é mais rápido com esta transmissão) que, neste caso, passa a ter relações de caixa mais curtas.

Tudo isto permite ao novo Volkswagen Golf GTI Clubsport cumprir os 0 aos 100 km/h em menos de 6s e atingir os 250 km/h de velocidade máxima (limitada eletronicamente).

As ligações ao solo não foram esquecidas

Além do aumento de potência, o Golf GTI Clubsport também viu o capítulo dinâmico ser reforçado, recebendo melhorias ao nível do chassis, suspensão e sistema de travagem.

Começando por este último, o GTI Clubsport recebeu discos perfurados e viu o ABS e o controlo de estabilidade serem afinados especificamente para reduzir (ainda mais) a distância de travagem e aumentar a estabilidade em travagem.

A distância ao solo foi reduzia em 10 mm mais baixa em relação ao Golf GTI. Além do mais, o novo Volkswagen Golf GTI Clubsport conta com o sistema DCC (Dynamic Chassis Control) com um total de quinze configurações (entre mais confortável e firme).

Passa a haver até um modo de condução adicional, designado “Special”, pensado propositadamente para quando os donos do Golf GTI Clubsport visitarem o “Inferno Verde” — a Volkswagen diz que o GTI Clubsport consegue retirar 13s por volta no Nürburgring-Nordschleife ao GTI regular.

O bloqueio de diferencial eletrónico XDS foi substituído por um bloqueio eletromecânico VAQ. O controlo deste sistema passa a ser integrado no gestor de dinâmica de condução do carro que permite que este seja menos “agressivo” nos modos de condução mais suaves e vice-versa.

Por fim, o eixo dianteiro viu o camber “aumentar significativamente” e no eixo traseiro temos uma nova configuração das molas, assim como componentes otimizados no esquema da suspensão.

Quando chega e quanto vai custar?

Com o arranque das encomendas previsto para novembro, resta saber quanto é que o Volkswagen Golf GTI Clubsport deverá custar em Portugal e quando é que cá chegará.

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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