Renault à conquista do mundo: ofensiva de 8 modelos fora da Europa

A Renault apresentou recentemente o seu plano de expansão internacional (fora da Europa) até 2027, que inclui oito novos modelos, entre eles o novo Kardian, um pequeno SUV que vai dar início a esta ofensiva.

Para se perceber o nível de compromisso que a Renault tem para com esta estratégia, importa dizer que o investimento é de aproximadamente três mil milhões de euros, a somar ao plano Renaulution que já está em marcha.

Recorde-se que a Renault está atualmente presente em 80 países fora da Europa, que representam 43% das vendas globais da marca francesa, uma quota que em 2022 se traduziu em 634 124 veículos.

Agora, a Renault não só quer aumentar estes números como quer subir, de forma significativa, o lucro com cada carro vendido: o objetivo é que em 2027 o lucro por unidade seja duas vezes superior a 2019.

Para o conseguir, a Renault quer simplificar a oferta de plataformas nos mercados fora da Europa e consolidar a sua gama de modelos com base em duas novas plataformas modulares.

Oito novos modelos até 2027

Dessas duas novas plataformas vão nascer oito novos modelos para mercados globais até 2027, sendo que cinco estarão posicionados nos segmentos C e D.

Já o mencionado Kardian (o único conhecido), vai posicionar-se mais abaixo, no segmento B, sendo que haverá pelo menos um modelo (dois dois que restam) de maiores dimensões, no segmento E (acima do Espace).

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Quanto aos tipos de carroçaria, ainda não foram divulgados muitos detalhes. Porém, a avaliar pelas pequenas silhuetas que a marca mostrou durante a apresentação desta estratégia, é possível perceber que um deles parece ser um hatchback e cinco vão ser SUV.

A juntar a isso, haverá um veículo comercial e uma pick-up, que já foi antecipada pelo protótipo Niagara (vejam na galeria abaixo).

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Quanto às motorizações, a ambição da Renault é que em 2027 um em cada três carros vendidos fora da Europa sejam híbridos ou 100% elétricos.

Parceria com a Geely na Coreia do Sul

Tal como referimos acima, o construtor francês quer assentar esta ofensiva de modelos para os mercados globais em duas novas plataformas. A primeira delas resulta de uma parceria entre a Renault e a Geely para a Coreia do Sul.

Trata-se da conhecida CMA (Compact Modular Architecture), uma plataforma já usada por vários modelos de marcas que estão sob a alçada da Geely, tais como a Volvo, Polestar e Lynk & Co. É a base de modelos como o Volvo XC40 ou o Polestar 2.

No caso da Renault vai permitir que o lançamento de modelos com motorizações híbridas e que podem ter tração dianteira ou integral.

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Os modelos construídos sobre esta plataforma vão ser construídos na fábrica da Renault Korea Motors, em Busan, na Coreia do Sul.

E a segunda plataforma?

A segunda plataforma vai chamar-se Renault Group Modular Platform — é a base do pequeno Kardian —, e será extremamente flexível, como explica o construtor gaulês: vai permitir acomodar carroçarias entre os quatro e os cinco metros de comprimento, com três medidas diferentes de distâncias entre eixos.

A somar a isso, esta plataforma vai ser compatível com motorizações a gasolina, GPL, flex fuel (muito comum no Brasil, por exemplo), mild-hybrid e full-hybrid, além de permitir configurações com tração dianteira ou integral.

Os modelos construídos sobre esta plataforma vão ser construídos nas fábricas do grupo francês que tem na Índia, Marrocos, Turquia e América Latina.

Miguel Dias

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