Lancia prepara Mundial de Ralis mas há outra novidade importante

Nós sabemos que os italianos são emotivos. Não é uma crítica, é um elogio. Mas na indústria automóvel moderna há cada vez menos espaço para romantismos.

Ainda assim, na Lancia, parece que a centelha dos ralis, dos carros desportivos e da paixão pelo automóvel resistiu ao ventos provocados pelas folhas de Excel. De uma assentada, Luca Napolitano, CEO da Lancia, lançou duas bombas: o regresso dos Lancia HF e a confirmação de um programa de ralis.

O anúncio não podia ter sido feito nem noutra altura, nem num local mais à «italiana»: à porta de uma sala de cinema, após a estreia do filme “Race for Glory”, que retrata o confronto entre a Audi e a Lancia no Mundial de Ralis. Ou seja, mesmo à italiana.

Duas decisões muito importantes que seguramente contaram com o apoio total de Carlos Tavares, CEO da Stellantis, grupo ao qual pertence a Lancia. Por isso, vamos aos detalhes?

Lancia pode ser competitiva

Agora que a marca italiana está inserida no universo Stellantis, terá uma importante vantagem neste regresso ao Mundial de Ralis: pode contar com todo o savoir-faire da Stellantis Motorsport.

Recordamos que é a Stellantis Motorsport que agrega as antigas divisões desportivas da Citroën e da Peugeot. Por isso, não faltarão seguramente nos corredores da Stellantis Motorsport engenheiros, técnicos e mecânicos a abrir garrafas de champanhe ao ouvirem estas palavras:

“Voltaremos aos ralis? Estamos a trabalhar nisso.”

Luca Napolitano, CEO da Lancia

Naturalmente que este regresso aos ralis terá de ser acompanhado por modelos mais desportivos. Caso contrário não haveria como capitalizar esta presença. E é precisamente isso que vai acontecer.

Lancia HF também vai voltar

As cores da bandeira italiana vão regressar ao mundial de ralis e a divisão Lancia HF também. Uma sigla que foi apresentada pela primeira vez em 1960, que significa High Fidelity, e que três anos depois deu origem à equipa oficial da Lancia no Mundial de Ralis.

Pois bem, a sigla HF agora vai surgir num novo modelo desportivo, 100% elétrico com 240 cv de potência que terá por base o novo Lancia Ypsilon. A marca italiana promete uma aceleração dos 0-100 km/h em 5,8 segundos.

Trata-se de uma sigla que tem no elefante a sua mascote. Reza a lenda que este animal foi o escolhido porque os elefantes, uma vez em movimento, são muito difíceis de parar. É assim que os responsáveis da Lancia querem encarar este regresso: imparável.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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