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Falta de apoios na Europa pode levar fábrica de baterias da Volkswagen para os EUA

A falta de apoios na Europa pode levar o Grupo Volkswagen a transferir a construção de uma fábrica de baterias para os EUA.

Volkswagen ID.3 linha de produção
© Volkswagen

O Grupo Volkswagen colocou «em pausa» os planos para uma nova fábrica de baterias na Europa de Leste, segundo noticia o Financial Times, ponderando a sua construção nos EUA.

Tudo por causa dos apoios concedidos ao abrigo do “Inflation Reduction Act” (IRA), um pacote de medidas que visa fomentar a produção de baterias e outras tecnologias nos EUA.

Caso opte por construir a nova fábrica naquele país, o Grupo Volkswagen poderá receber entre nove mil milhões de euros e 10 mil milhões de euros em subsídios por parte do governo norte-americano.

Produção de baterias
© Volkswagen A falta de apoios na União Europeia pode levar o Grupo Volkswagen a apostar na produção de baterias nos EUA.

Um porta-voz do Grupo Volkswagen afirmou que ainda não foi tomada qualquer decisão e que o grupo está a avaliar as duas opções, em reação à notícia do Financial Times.

À espera da resposta europeia

A decisão do Grupo Volkswagen parece estar dependente da apresentação do “Net Zero Industry Act”, um pacote de medidas da União Europeia que se espera que venha a ter efeitos semelhantes ao IRA.

O Grupo Volkswagen afirmou, na passada quarta-feira: “continuamos a planear a construção de várias fábricas na Europa até 2030”. Contudo, o grupo alemão deixou claro que para isso acontecer “é preciso ter as condições certas. É por isso que estamos à espera do que pode trazer o “Green Deal” europeu”.

Um alerta que não é novidade

Foi em 2021 que o Grupo Volkswagen anunciou, ainda com Herbert Diess à frente do grupo, a construção de seis fábricas de baterias na Europa, com a primeira a iniciar atividade em 2023, na Suécia.

A não perder: O preço das baterias dos automóveis elétricos subiu pela primeira vez em 2022

Outras duas já estão confirmadas, na Alemanha e em Espanha, e deverão começar a produção de baterias em 2025 e 2026, respetivamente. Das restantes três, apenas se sabe que uma delas deveria abrir algures na Europa de Leste, mas por agora, essa decisão está em suspenso.

Thomas Schafer, CEO Volkswagen
© Volkswagen Thomas Schafer, diretor executivo da Volkswagen.

A falta de apoios pode vir a provocar uma mudança de planos e é algo para que o diretor executivo da Volkswagen, Thomas Schäfer, já tinha deixado o alerta em novembro de 2022: “é alarmante que a União Europeia com o seu quadro regulamentar não esteja bem posicionada para a transformação da indústria (eletrificação) que já está a ocorrer”.

Thomas Schäfer até foi mais longe. Deu como um «bom exemplo» o IRA e criticou as “regras de apoios estatais obsoletas e burocráticas que promovem regiões em vez da preservação e transformação de áreas industriais inteiras”, em vigor na Europa.

Na altura, o diretor executivo da Volkswagen traçou um cenário preocupante que parece estar a confirmar-se, afirmando que “a União Europeia precisa urgentemente de novos instrumentos para evitar uma desindustrialização insidiosa e manter a Europa atraente como local para futuras tecnologias e empregos”.

Fontes: Financial Times e Automotive News Europe

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