Mamma Mia! Este Ferrari Testarossa tem o motor elétrico de um Tesla

Símbolo dos “loucos” anos 80, o Ferrari Testarossa não só foi um carro aspiracional para toda uma geração como é, ainda hoje, um ícone no universo da “casa” de Maranello.

A “culpa” é em grande parte do motor V12 naturalmente aspirado com 4.9 litros de capacidade que o “anima”. Se ainda não ouviram este bloco italiano, convido-vos a fazerem-no: é uma autêntica sinfonia.

Escusado será dizer que falar do Testarossa — e do seu imponente doze cilindros — é entrar num território sagrado dos petrolhead. Pelo que imaginá-lo sem esse motor é, para muitos, um exercício impossível.

Mas porque há sempre quem pense diferente, o Testarossa que aqui vos mostramos acaba de passar pela maior transformação da sua vida: perdeu o motor V12 e ganhou o motor elétrico de um Tesla.

A transformação ficou a cargo da Electric Classic Cars, uma empresa britânica dedicada à conversão de automóveis clássicos com motor de combustão em elétricos, e a explicação para este sacrilégio prende-se com a difícil e dispendiosa manutenção de um clássico como o Testarossa.

Mais de 500 cv de potência

Não sabemos qual o Tesla em específico que terá servido de “dador”, mas durante os vários episódios — publicados no canal de YouTube da Electric Classic Cars — em que podemos acompanhar esta transformação é possível perceber que o motor elétrico usado debita 400 kW (cerca de 544 cv) de potência máxima e 600 Nm de binário máximo.

São números impressionantes, sobretudo quando comparados com os 390 cv e 480 Nm que eram entregues pelo motor V12 original. Recorde-se que de série o Testarossa chegava aos 290 km/h de velocidade máxima e acelerava dos 0 aos 100 km/h em 5,8s.

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Não sabemos que impacto é que esta conversão terá tido nas performances deste “Cavallino Rampante“, nem tampouco a autonomia elétrica entre carregamentos. Sabemos, isso sim, que conta com um pack de baterias com 62,4 kWh.

Ao todo, este Testarossa (perdão, Teslarossa) conta com três packs de baterias: um deles, com 10,4 kWh, montado sob o capô dianteiro; outro ao centro, onde por norma estaria o depósito de combustível, também com 10,4 kWh; e outro (o principal) atrás dos bancos, com 41,6 kWh.

As três baterias, bem como a “máquina” elétrica, foram montadas o mais baixo possível, para que isso não afetasse o centro de gravidade deste Ferrari Testarossa elétrico, que de acordo com a empresa britânica, tem agora uma melhor distribuição de peso do que tinha quando saiu de Maranello.

Não temos dúvidas de que graças a esta conversão é mais fácil e barato usar este Ferrari Testarossa elétrico. Mas que é uma heresia e um sacrilégio, lá isso é.

Fonte: Electric Classic Cars

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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