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Pilha de Combustível

CaetanoBus. A primeira a fabricar autocarros a hidrogénio na Europa

Aproveitando os estreitos laços que mantém com a Toyota, a CaetanoBus vai ser a primeira empresa na Europa a fabricar autocarros movidos a hidrogénio.

O anúncio foi feito, esta quarta-feira, pela Toyota Caetano Portugal, a qual integra, juntamente com a divisão de autocarros CaetanoBus, o grupo Salvador Caetano.

Aproveitando a passagem por águas portuguesas do Energy Observer, a primeira embarcação movida a hidrogénio de forma autónoma e sem emissões de gases poluentes, a Toyota Caetano Portugal revelou que a CaetanoBus será a primeira empresa europeia não só a produzir, como também a comercializar na Europa, autocarros de passageiros equipados com a tecnologia de pilha de combustível a hidrogénio da Toyota Motor Company.

No comunicado, a Toyota Caetano Portugal revela ainda que, graças ao acordo alcançado, o fabricante automóvel nipónico passará a fornecer a sua “tecnologia líder de pilha de combustível”, “tanques de hidrogénio e outros componentes chave”, à CaetanoBus, de forma a que “os primeiros autocarros de pilha de combustível com zero emissões comecem a sair das linhas da CaetanoBus no final do próximo ano, com destino ao mercado europeu”.

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Com esta parceria a Toyota reforça o seu contributo para a criação de uma sociedade baseada no hidrogénio, promovendo a tecnologia de pilha de combustível aplicada a outros meios de transporte que não apenas os veículos ligeiros de passageiros.

Toyota Caetano Portugal

“Hidrogénio é uma ótima solução para os autocarros”

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Salvador Caetano Indústria, José Ramos, afirmou estar “muito orgulhoso” pelo facto da empresa que lidera ser “a primeira na Europa a beneficiar da tecnologia líder de pilha de combustível da Toyota”, garantindo, em seguida, que a empresa portuguesa tudo fará para “demonstrar as capacidades de excelência” reunidas ao longo de mais de 60 anos no fabrico de autocarros. Até porque, acrescentou, “acreditamos que o hidrogénio é uma ótima solução para os autocarros com zero emissões”.

Já o presidente executivo da Toyota Motor Europe, Johan Van Zyl, afirmou que “estamos realmente animados com a perspetiva de ver os primeiros autocarros do nosso parceiro de longa data nas estradas europeias”, não deixando de recordar que “os autocarros a hidrogénio têm vantagens significativas em comparação com outros veículos de emissão zero, nomeadamente, uma autonomia superior e um tempo de reabastecimento reduzido”. Facto que lhes permite, por exemplo, “operar em rotas mais longas”, com “uma maior utilização”.

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No evento de apresentação do projeto, a Toyota Caetano Portugal revelou ainda que a aposta agora assumida, a que foi dado o nome de Fuel Cell Bus, pretende ser uma resposta às metas ambientais impostas pela União Europeia às cidades, até 2050. Sendo igualmente um passo mais nos esforços de descarbonização das cidades, “o grande tema deste século”, defendeu o secretário de Estado do Ambiente, José Mendes, também presente na iniciativa.

Governo português quer transportes públicos descarbonizados

Recordando que o setor dos transportes é responsável, hoje em dia, por “15% das emissões de CO2”, o responsável governativo defendeu ainda que, “se nada for feito, facilmente podemos passar das atuais oito gigatoneladas a nível mundial, para 15 ou 16. Isto, apesar do Acordo de Paris prever uma redução de sete vezes nas emissões”.

Da parte do Governo português, as medidas de combate a esta ameaça deverão passar pela “racionalização do transporte, atraindo mais utilizadores para os transportes públicos”. Medida que deverá ser acompanhada da “disponibilização de transportes públicos com motorizações descarbonizadas”, acrescenta o secretário de Estado.

Entretanto, o Governo adquiriu já “10 navios novos e menos poluentes para a Transtejo”, ao mesmo tempo que, “a partir de 2030, deixarão de existir veículos novos na Administração Pública a funcionar a combustíveis fósseis”. “É certo que vamos continuar a viver com o Diesel mais alguns anos, após os quais seguir-se-á um processo de fasing out. Algo que, ainda assim, deverá demorar mais do que uma década”.
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Mobi.e — eletricidade vai começar a ser paga em novembro

Quanto à mobilidade elétrica, anunciado foi ainda que a Mobi.e passará a cobrar a eletricidade disponibilizada através dos seus postos de carregamento de veículos elétricos, já a partir do próximo mês de novembro.

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Em outubro, arrancará a divulgação dos operadores e as condições em que funcionará o mercado.

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