Parece uma consola de jogos mas é o interior do Bugatti Bolide

O Bugatti Bolide é o primeiro modelo da era moderna da marca a ser inteiramente desenvolvido para uma utilização em pista.

Já vimos as linhas extravagantes do Bolide que são dignas de uma fantasia de ficção científica e ouvimos o grave W16 tetraturbo em eventos como as 24 horas de Le Mans ou o Festival de Velocidade de Goodwood, por exemplo. O interior, contudo, permanecia teimosamente em segredo… Até agora.

As primeiras imagens do habitáculo do Bugatti Bolide acabaram de ser reveladas e mostram a visão da marca para o que parece ser um luxuoso modelo de competição.

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O ambiente de competição está mais do que garantido, onde a fibra de carbono abunda, mas que contrasta com os revestimentos têxteis a azul. O tema decorativo “X-Theme” faz com que o motivo em “X” defina o estilo de várias partes, como acontece no exterior

É o caso dos assentos do Bolide, que parecem esculpidos à medida do monocoque em fibra de carbono e são compostos por várias áreas almofadadas.

Ao contrário do que acontece com os restantes Bugatti, a posição do assento é fixa. Apenas a coluna da direção e os pedais podem ser regulados. No entanto, há quatro tamanhos de assento disponíveis e as partes almofadadas serão ajustadas à medida de cada proprietário.

Para facilitar o acesso, as almofadas exteriores do encosto do assento e do apoio de cabeça abrem em conjunto com a porta e estão fixos com a ajuda de uma estrutura conseguida através da tecnologia de impressão 3D.

Goodwood FOS 2023

Bugatti Bolide à solta em Goodwood com «ronco» demolidor

O Bugatti Bolide mostrou-se na rampa do Goodwood Festival of Speed e não desiludiu. Rápido, agressivo e com um «ronco» imponente.

Miguel Dias

Volante ou obra de arte?

Num misto de comando de consola de jogos com um volante de Fórmula 1, o “X-Theme” também está presente no volante do Bugatti Bolide, mas com um resultado que se assemelha ao de uma obra de arte, que ficaria bem em qualquer sala.

Aliás, foi precisamente esta a linha de raciocínio da marca, pois o volante pode ser retirado e facilmente transportado, podendo ser exposto como qualquer obra de arte.

O desenho do volante foi informado também pelo testemunho valioso dos pilotos de testes da marca, tendo em conta uma utilização a velocidades muito elevadas e, muitas vezes, com forças G mais agressivas. Por causa disso, os oito botões e os dois comandos rotativos contam com um acesso simples e rápido.

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Logo atrás do volante, a instrumentação tem dois modos de visualização distintos. Um inclui um conjunto de informações mais técnicas e complexas, mais uma vez, escolhidas com a ajuda dos pilotos de testes da Bugatti. O segundo modo é mais «amigo» do utilizador e engloba as principais funções relacionadas com a condução.

Competição de luxo

A consola central do Bugatti Bolide está longe de incluir a elegância dos modelos de estrada produzidos em Molsheim. Mesmo ao centro estão 10 botões de visual mais rudimentar que dão acesso às funções principais.

Mais abaixo, há dois enormes comandos vermelhos, destinados à uma paragem de emergência e à ativação do extintor.

A consola central é ladeada por quatro enormes saídas circulares em alumínio (duas de cada lado dispostas verticalmente), que são inspiradas nas quatro saídas de escape traseiras do Bolide.

Estão destinadas, naturalmente, às saídas de ar da climatização, uma vez que os clientes da marca podem querer usar o Bolide em dias de mais calor. Afinal, este pode ser um modelo de competição, mas ainda é um Bugatti.

Esgotado

O preço do Bugatti Bolide foi um dos «detalhes» que já conhecemos há uns meses: quatro milhões de euros para início de conversa.

No entanto, mesmo com um valor semelhante na conta bancária a pedir para ser gasto num único automóvel, o Bugatti Bolide já não poderia ser uma das escolhas. É que as 40 unidades que a marca vai produzir já têm uma «morada» atribuída.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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