Governo «congela» aumentos no carregamento de automóveis elétricos

Não são só os condutores com automóveis a combustão que beneficiam de «ajudas» estatais na hora de abastecer. O Governo também tomou medidas para «congelar» o aumento das tarifas de carregamento dos automóveis elétricos nos postos públicos.

Segundo avança o ECO, citando uma fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, o executivo liderado por António Costa vai investir 700 mil euros em 2023 com o objetivo de anular o aumento das tarifas da Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica, a Mobi.E.

Este valor está previsto no Fundo Ambiental e, segundo o Governo, durante o ano este apoio poderá ser reforçado “em função das disponibilidades do Fundo Ambiental”.

O apoio em vigor

Desde 1 de janeiro que está em vigor um apoio de 19,02 cêntimos por carregamento na tarifa paga aos comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica, também conhecidos como CEME.

Caso este apoio do Fundo Ambiental não estivesse em vigor a tarifa paga pelos CEME à Mobi.E subiria 57%, o que se refletiria nos valores pagos pelos consumidores.

Ainda assim, o apoio dado pelo Governo decresceu em 2023 face a 2022. No ano passado a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) definiu uma tarifa de 29,64 cêntimos, e o apoio era de 26,14 cêntimos, o que correspondia a 88,2% da tarifa.

Já em 2023 a tarifa definida pela ERSE é de 26,08 cêntimos, o que faz com que o apoio em vigor corresponda apenas a 72,9% da tarifa.

Recorde-se que este é o segundo ano consecutivo em que o Fundo Ambiental apoia os carregamentos de automóveis elétricos e híbridos plug-in.

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As razões por trás deste apoio são apresentadas num despacho assinado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

Neste pode ler-se que “na atual conjuntura de evolução da tarifa de energia no setor elétrico, importa manter alguma estabilidade nos preços de carregamento na rede de mobilidade elétrica nacional, através de um apoio aos utilizadores de veículos elétricos que ajude a promover a adoção deste tipo de veículos”.

Fonte: Eco

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