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Estamos a formar mecânicos suficientes para um futuro de automóveis elétricos?

No Reino Unido estima-se que em 2030 haja uma escassez de 25 000 mecânicos qualificados para reparar automóveis elétricos.

Opel Mokka-e
Thomas van Esveld

O fim do motor de combustão na Europa já tem data definida, 2035, e a eletrificação do automóvel já é uma certeza, mas há uma questão que ninguém parece estar a considerar: será que teremos mecânicos suficientes para os automóveis elétricos do futuro?

De acordo com o mais recente estudo da Social Market Foundation (SMF) — formado por um grupo de peritos britânicos focado na política pública —, citado pela Bloomberg, a resposta é simples: não. Pelo menos no Reino Unido.

O estudo da SMF diz que o número de mecânicos qualificados para reparar automóveis elétricos não está a acompanhar o número de elétricos que está a chegar às estradas do Reino Unido.

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Elétricos

“Até ao final da década o Reino Unido ficará sem mecânicos para tratar do número crescente de automóveis elétricos que está a chegar às estradas”, pode ler-se no relatório da SMF, que vai mais longe e antecipa uma escassez de 25 000 mecânicos qualificados para reparar automóveis elétricos em 2030.

Este estudo, que foi feito com base em entrevistas a mecânicos, técnicos e especialistas da indústria automóvel no Reino Unido, antecipa ainda possíveis consequências na manutenção deste tipo de automóveis, bem como custos associados mais elevados.

“A escassez de técnicos qualificados aumenta o risco dos custos de manutenção serem maiores e de potencialmente alguns condutores ficarem impedidos de fazer uma manutenção adequada dos seus automóveis”, pode ler-se.

Realidade válida para o resto da Europa?

Como referimos acima, este é um relatório que trata apenas a realidade do Reino Unido. Contudo, é impossível não fazer a ponte para o resto da Europa, uma vez que este é o mercado mundial que está mais comprometido com esta transição energética que está a afetar a indústria automóvel.

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Não existem ainda estudos específicos para o mercado europeu que permitam traçar, com precisão, o cenário que a SMF acaba de fazer para o Reino Unido. Porém, e a avaliar pelo crescimento rápido que os automóveis elétricos têm tido na Europa, este é um problema afetar mais países europeus.

Em qualquer dos casos, e tal como defende a SMF, é preciso formalizar a preparação de novos técnicos e credenciar a reparação e a manutenção de veículos elétricos, que obrigam a conhecimentos bem diferentes face aos veículos com motor de combustão interna, até porque implicam o trabalho com eletricidade de alta tensão.

Fonte: Bloomberg e Social Market Foundation

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O sistema START-STOP já era utilizado pelo FIAT Regata ES em…1982!