As 10 empresas que lideram a produção mundial de baterias

Não há carros elétricos sem baterias. Ok, talvez esta afirmação não esteja totalmente correta se pensarmos que também existem os veículos elétricos a hidrogénio. No entanto, mesmo estes recorrem a baterias, ainda que mais pequenas.

Seja como for, nesta transição energética que o setor automóvel está a atravessar — com alguns avanços e muitas hesitações — são os elétricos a bateria (BEV) que ainda dominam.

Pois bem, como o próprio nome indica, nos BEV, um dos elementos fundamentais é precisamente esse: a bateria. E neste tabuleiro de xadrez que é a produção mundial de baterias para os carros elétricos há 10 empresas que lideram.

Japão e China na liderança

As vendas de carros elétricos estão a aumentar, ano após ano, e a produção mundial de baterias reflete esse mesmo crescimento. Vamos aos números:

A procura por baterias de iões de lítio no setor automóvel cresceu cerca de 65% no ano passado: um salto de 330 GWh (Gigawatts hora) em 2021 para 550 GWh em 2022.

Um crescimento massivo, que está a ser suportado em grande por um grupo minoritário de empresas:

Como seria de esperar, nesta lista surge de forma destacada a CATL — sobre a qual podem encontrar mais artigos na Razão Automóvel — que é a empresa chinesa líder mundial de baterias.

Em termos percentuais, face a 2021, a CATL perdeu 2% de quota de mercado, no entanto continua a uma distância confortável da LG Energy Solutions, que detém 20% de quota. No sentido oposto, encontramos a BYD, que continua a ganhar terreno: de 2021 para 2022 subiu a sua quota de mercado de 13% para 19%.

Fora do pódio, encontramos a Panasonic (10%) e a SK Innovation (7%), que fecham o TOP 5. Estas cinco empresas congregam mais de 85% da produção mundial de baterias. Os restantes 15% são divididos pela Samsung SDI, CALB, Farasis e Envision AESC, de acordo com os dados da CleanTechnica.

Produção não vai abrandar

Com o mercado de veículos elétricos a crescer a dois dígitos em mercados como a Europa e a China, prevê-se que nos próximos anos não haja nenhum abrandamento. A maior ameaça ao crescimento desta indústria é mesmo a capacidade de mineração dos materiais que são necessários para a sua produção.

A expectativa é que o mercado das baterias continue com taxas de crescimento em torno dos 50% em cada ano.

Fonte: CleanTechnica

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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